Na apresentação da 5.ª geração do Astra, os responsáveis da Opel mostraram uma foto de porcas e parafusos, dizendo serem essas as únicas peças que tinham transitado do anterior Astra. Não andaram longe da verdade: para além do sistema de conectividade e segurança Opel OnStar, já estreado mas pela primeira vez disponível no lançamento de um novo carro, novos motores 1.4 turbo e 1.6 turbo a gasolina, um sistema de iluminação Matrix LED até aqui só existente em carros de luxo e mais, muito mais.
Tanto a berlina de 5 portas e 5 lugares, que será lançada em Portugal em meados de Novembro, como a carrinha Sports Tourer, prevista para Abril de 2106, têm como modelo o protótipo Monza Concept, exibido no Salão de Frankfurt de 2013. O novo Astra, 11.º de uma longa linhagem de veículos compactos da Opel, iniciada em 1936 com o Opel Kadett, inaugura uma nova concepção de eficiência, design e conectividade da marca alemã.
Comecemos pelos motores: 5 a gasolina e 3 a gasóleo. Mais eficientes, com melhores performances, são todos de nova geração da Opel e cumprem a norma de emissões Euro 6, verificando-se a estreia absoluta dos 1.4 Turbo de 125cv e 150cv e 1.6 Turbo de 200cv a gasolina. As transmissões também têm melhor comportamento, servidas por uma caixa manual de 5 velocidades (1.4 100cv e 1.0 Turbo 105cv a gasolina) ou 6 velocidades (restantes motores). Para o 1.0 Turbo de 105cv é ainda proposta uma caixa manual pilotada Easytronic de 5 relações. Os 1.4 Turbo de 150cv a gasolina e 1.6 CDTI diesel de 136cv podem dispor de uma caixa automática de 6 relações.
Mais aerodinâmico (Cd 0.285 contra o anterior Cd 0.325), com linhas mais fluidas e elegantes, a berlina Astra V, ao contrário da actual tendência, encolheu 49mm no comprimento, 25mm na altura e 5mm na largura (4370mm de comprimento, 1485mm de altura e 2042mm de largura). No entanto, segundo a Opel, o espaço aumentou por dentro e o facto é que 4 adultos com mais de 1,80m se sentam à vontade no habitáculo (já o lugar do meio atrás é mais estreito, embora o túnel central seja pouco saliente). Importante é também a redução de peso, que pode ir até 200kg (consoante as versões), graças a uma nova arquitectura e ao maior uso de aços de alta resistência. Todos estes factores contribuem para uma melhoria nos desempenhos, maior estabilidade e resposta mais rápida às manobras do volante.
No interior, onde se nota uma melhoria nos materiais utilizados, nos acabamentos e nos confortáveis bancos ergonómicos, verifica-se que a Opel ouviu clientes e jornalistas que se queixavam da profusão de botões existentes na consola e no tablier. Estes foram agora substituídos em grande parte por um ecrã táctil de 7’’ ou 8’’, integrado no centro do tablier, entre duas saídas de ar. O tablier com linhas onduladas e inserções cromadas tem um visual mais moderno e atraente.
Os responsáveis da Opel proclamam que a marca tem como filosofia democratizar tecnologias e inovações de segmentos superiores e também que o novo Astra é o mais “conectado” de todos os compactos existentes no mercado. Essas duas afirmações têm vários fundamentos. Um deles é o Opel OnStar, com funcionalidades únicas e exclusivas que nem veículos topos de gama disponibilizam e assistência personalizada 24h/365 dias (serviço gratuito no primeiro ano e com um custo de cerca de 90€/ano depois). Este sistema é de série no nível superior Cosmo e em opção (490€) no resto da gama. Outro são duas versões de nova geração do sistema de infoentretenimento Intellilink, Apple CarPlay e Android Auto, com transposição das funções e aplicações de smartphones para o ecrã táctil a cores do carro.