Fugas - Motores

  • DR
  • DR

Compacto coreano renova 2.ª geração em operação de estética

Por Carla B. Ribeiro

A mesma filosofia de design, mas ainda mais vincada. O Hyundai i30 renovou a imagem da sua 2.ª geração no que se traduz numa operação de maquilhagem. E aproveitou para apresentar motores mais potentes como é o caso do 1.6 CRDi de 136cv.

Três anos após a apresentação da 2.ª geração de um veículo que veio cimentar a já certeza de que os carros coreanos têm atributos para se colocarem de igual para igual entre os grandes fabricantes automóveis, o i30 surge revisto e melhorado. Um facelift de meio de geração que trouxe também novidades nas motorizações.

É o caso do bloco 1.6 diesel ensaiado que viu a sua potência aumentada para 136cv. A diferença é facilmente detectada em estrada, com o carro a mostrar-se mais disponível, sobretudo a rotações baixas - o binário máximo, de 280 Nm, pode ser usado logo a partir das 1500rpm, sendo a sua disponibilidade alargada até às 3000 rotações. Mas também em cidade, notando-se uma redução no ruído do motor e nas vibrações, sobretudo se comparado com outro bloco diesel disponível: o 1.4 CRDi de 90cv.

Claro que não há bela sem senão. E se a resposta do bloco de 136cv é mais eficaz e efusiva, os seus consumos são menos eficientes e na hora de abastecer é provável que a euforia se esfumasse. É que o consumo oficial situa-se nuns optimistas 4,0 l/100km e no nosso caso não conseguimos colocar a fasquia do consumo médio abaixo dos sete litros. Claro que os consumos oficiais são recolhidos em situações óptimas e Lisboa, devido à sua geografia acidentada, está longe de ser uma cidade amiga das carteiras dos automobilistas.

Há ainda outra novidade ao nível dos propulsores: o novo i30 Turbo 1.6 T-GDI de 186 cv. Mas este está longe de se destinar ao público preferencial do  compacto coreano: as famílias. Para estas será a carrinha (SW) a versão mais procurada, sobretudo em Portugal onde as preferências do condutores apontam nesse sentido. Ao nível de carroçarias, o i30 está ainda disponível nas versões de três e cinco portas.
Seja qual for a carroçaria eleita, as mudanças estéticas são notórias e, segundo a marca, não são coisa de somenos importância.

Afinal, foi o design da 2.ª geração do i30 que foi mencionado como o motivo número um de compra. Por isso, apesar das muitas mudanças, a filosofia de design Fluidic Sculpture não foi  sequer beliscada, mantendo as formas fluidas e uma presença tridimensional, que lhe angariaram elogios como “elegante e moderna”, ou mesmo “atraente”.

As diferenças no exterior começam logo por ser evidentes à frente com a nova grelha hexagonal que, de acordo com o designer-chefe do Centro de Design da Hyundai Motor Europe, Thomas Bürkle, “transmite a expressão de design da Hyundai e define o i30 como sendo um membro da família Hyundai”. Ainda na parte dianteira, destacam-se os grupos ópticos que “transmitem uma imagem de atenção ao detalhe e requinte”, atesta o mesmo responsável. Por fora, as mudanças alastram-se às jantes, com novo design e de liga leve, podendo o i30 ser equipado com jantes de 16, 17 ou 18 polegadas. A completar a renovação estética, há três novas cores para a carroçaria: Polar White, Orange Caramel, Jet Black.

No interior há poucas mudanças significativas, sendo evidente a opção da Hyundai por manter o i30 com um visual sóbrio e funcional. O conforto oferecido pelos assentos é o suficiente para se conseguir viagens pouco cansativas e os lugares dianteiros são fáceis de regular. No banco traseiro, dois encontram conforto, enquanto três terão de fazer alguma ginástica para conseguirem arranjar uma posição que não os coloque uns em cima dos outros.

--%>