Fugas - Motores

  • Denis Balibouse/Reuters
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Salão de Genebra: Toyota abre novo capítulo dos crossovers com C-HR

Por João Palma

Um carro que não é carne nem peixe, mas que se arrisca a criar uma nova subcategoria entre os SUV, aproximando-se dos familiares sem abandonar os utilitários.

O novo crossover C-HR (Coupe High-Rider), com o qual a Toyota brilhou em Genebra, surge com um visual ao mesmo tempo, arrojado, dinâmico e elegante. Um passo em frente na estética, num domínio em que a marca nunca se mostrou muito confortável para os gostos europeus.

Além disso, com cada vez mais marcas a apostarem no subsegmento dos crossovers, onde a concorrência é no mínimo vigorosa, faltava à Toyota um carro com o qual pudesse reclamar uma fatia das crescentes vendas. A entrada tardia, justificou a Toyota durante a apresentação do C-HR em Genebra, prendeu-se com o facto de pretender criar um crossover diferente, que se distinguisse pela tecnologia, mecânica e design. Facto é que parece ter conseguido: o C-HR não só é bonito, tendo mantido as linhas angulares e as pronunciadas cavas das rodas do protótipo apresentado há um ano, como funcional.

Com dimensões que o aproximam do Nissan Qashqai, poder-se-ia ficar tentado a integrá-lo entre os SUV do segmento C. No entanto, a lutar por um lugar neste campeonato já está o RAV4, que evoluiu de um jipe, tal como se apresentava em 1994, para um SUV e cujo sistema híbrido foi lançado este ano. A verdade é que o C-HR leva o conceito crossover mais longe e consegue encaixar-se num domínio novo que se situa na fronteira entre os SUV utilitários, como o Nissan Juke ou o Mazda CX-3, e os maiores Honda CR-V, Qashqai e CX-5, e onde também podemos integrar o Honda HR-V — não à toa são anunciados pela imprensa especializada como os principais inimigos.

Construído sobre a nova plataforma TNGA, estreada no Prius, e com cinco lugares, vai chegar com duas motorizações: a mesma híbrida gasolina/eléctrica do Toyota Prius com 122cv e outra, a gasolina, com um bloco 1.2 de 116cv já conhecido do Auris. A chegada a Portugal está prevista para o último trimestre deste ano.

Outra novidade no stand da Toyota passa pela nova geração da conhecida pick-up Hilux, que mantém as suas aptidões todo-o-terreno, mas está tecnologicamente mais sofisticada, com nítidos progressos na segurança, conforto e vida a bordo. Ainda no capítulo das estreias, destaque para o MPV Proace Verso, com três carroçarias (Compacta, Média e Longa), três níveis de equipamento (Shutle, Family e VIP), motorizações diesel entre 90 e 180cv, podendo transportar entre seis e nove pessoas.

Na Lexus, a divisão de luxo do grupo Toyota, o protagonista é o coupé desportivo LC 500h, baseado no protótipo LF-LC. Visto pela primeira vez no Salão de Detroit, foram agora revelados mais pormenores deste veículo, cuja comercialização está prevista para a Primavera de 2017.

Na tradição da marca de Nagoia, dispõe de um conjunto propulsor formado por um motor V6 3.5 a gasolina e um eléctrico alimentado por uma bateria de iões de lítio. No total, debita 354cv e o LC 500h acelera dos 0 aos 100 km/h em menos de 5,0s.

Este desportivo estreia uma nova plataforma global mais rígida e mais leve, que irá ser usada em outros modelos de tracção traseira da Lexus. Além disso, integra o Multi Stage Hybrid System: a caixa CVT, de variação contínua, está associada a uma caixa automática de quatro relações, oferecendo em modo manual (patilhas no volante) um total de dez velocidades. Tanto a nova plataforma como esta transmissão contribuem para melhores performances e menores consumos, defende a marca.

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