Audi A6, BMW Série 5, Mercedes Classe E. Estes são alguns dos concorrentes mais directos do novo S90. Por isso, e tendo em conta o facto de ser um nicho dominado sobretudo pela indústria alemã, a política do preço não é de desprezar. Para conseguir colocar o valor em linha — e até abaixo — dos seus pares, a Volvo optou por criar um modelo menos potente e com apenas tracção dianteira. O resultado não desilude: o S90 D4 FWD continua a ser um desinibido, confortável e seguro automóvel, em que quase nada é deixado ao acaso.
É, aliás, no capítulo da segurança que a Volvo se coloca cada vez mais na dianteira daquilo que é feito, procurando cumprir a premissa de que em 2020 não haverá acidentes mortais, nem sequer feridos graves, com os seus carros. E para isso a marca pretende explorar ao máximo o conceito da condução autónoma. E aqui consegue surpreender-nos quando subitamente percebemos que quem está a controlar não só a velocidade como os movimentos do carro é o próprio e não nós. O piloto automático adaptativo, que já tinha sido integrado no XC90, está agora mais desenvolto e pode ser usado a velocidades até 130 km/h. Além de assumir a distância do carro da frente como a sua guia, lê as faixas de rodagem e mantém a trajectória do veículo dentro destas. É, claro, necessário que os riscos estejam bem definidos, o que nas nossas estradas nem sempre acontece. E não é uma função permanente, desligando-se automaticamente e exigindo a atenção por parte de quem segue aos comandos. Mas, ainda assim, é um passo importante para colocar a condução autónoma ao serviço dos automobilistas.
Ainda no que diz respeito à segurança, o equipamento de série do nível Inscription inclui aviso de saída involuntária de faixa, ajuda de permanência na faixa de rodagem, alertas de colisão, assistente de distância segura em relação a outros carros, chassis dinâmico, sensores de estacionamento, cruise control adaptativo, distribuição electrónica da força da travagem ou reconhecimento dos sinais de trânsito. No caso da viatura ensaiada, cujo valor com extras ascendia a 76.623€, tínhamos ainda à nossa disposição a assistência em viagem Volvo On Call (1046€), o aviso de presença de viaturas no ângulo morto (615€) e suspensão Four-C (2030€).
Os extras, porém, não se esgotam na segurança e, neste caso, conseguiam tornar o carro ainda mais habitável: ar condicionado automático de quatro zonas (738€), vidros laterais laminados (923€), leitor de CD (111€), carplay (369€) e apoio lateral do banco eléctrico (431€). A isto, é importante juntar o equipamento que chega em pacote: Business Connect que, por 3997€, inclui premium sound, sistema de navegação, piloto de parqueamento e som de luxo Bowers and Wilkins; Winter Pack (369€), com bancos dianteiros e agulhetas do pára-brisas aquecidos; Light Pack (910€), com lava faróis, espelhos retrovisores exteriores e interior anti-encandeamento e faróis de LED High; Xenium Pack (4305€), com tecto de vidro elétrico, head up display, cortinas nos vidros traseiros, painel de bordo e painéis das portas com inserções em couro e câmara traseira; Versatily Pack (1205€), portão da bagageira eléctrico, tomada de 12V, rebatimento eléctrico dos bancos traseiros e entrada sem chave na mão. A cor azul mágico faz a conta subir 1027€ e as jantes em liga leve de 20’’ em 1845€.