Fugas - Motores

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As duas faces do novo Citroën C3

Por João Palma

A nova geração do utilitário da Citroën tem objectivos ambiciosos e aponta a públicos distintos. Para empresas, visual mais conservador e motores diesel; para particulares, um design com espírito jovem, herdando os airbumps do Cactus.

O C3 é o modelo mais vendido da Citroën desde a sua primeira geração, em 2002. Mas a ambição da marca francesa do grupo PSA vai mais além: pretende colocar a terceira geração deste utilitário entre os três veículos mais vendidos nesse segmento. Para isso, aponta a dois tipos de clientes com perfis opostos. Para frotas de empresas oferece um carro mais conservador e motorizações diesel; ara particulares, um visual mais arrojado, de espírito jovem inspirado no Cactus, e motores a gasolina.

A terceira geração do Citroën C3 estará à venda em Portugal a partir de 17 de Novembro, com três variantes de 68cv, 82cv e 110cv do motor tricilíndrico a gasolina de 1199cc e duas declinações do motor 1.6 HDi diesel com 75cv e 100cv. Estes motores vêm acoplados a uma caixa manual de cinco velocidades, mas no caso do 1.2 de 110cv a gasolina, por mais 2000€, em Fevereiro de 2017 estará disponível uma caixa automática de seis relações.

Os níveis de equipamento (dependentes das motorizações) são três, Live, Feel e Shine, e os preços começam nos 12.650€ do C3 Live 1.2 a gasolina de 68cv e vão até aos 20.950€ do 1.6 HDi de 100cv no nível Shine. A Citroën prevê que as versões mais vendidas serão o 1.2 a gasolina de 82cv, nível Feel (14.350€), para particulares e 1.6 HDi a gasóleo de 75cv, nível Feel (18.250€), para empresas.

Outras previsões apontam para uma repartição de 65% / 35%, em gasolina/gasóleo, e 70%/30%, em níveis de equipamento Feel/Shine. Os responsáveis da marca não incluíram o Live nas estimativas de vendas por considerarem que a procura desse nível de equipamento será residual.

No segmento B, predominam os propulsores a gasolina – há marcas que nem sequer têm oferta de motores a gasóleo. Um pouco ao invés dessa tendência, o Citroën C3 disponibiliza duas variantes do motor a gasóleo de 1560cc, com 75cv e 100cv. O alvo é um universo até agora pouco explorado pela marca – as frotas de empresas, onde os propulsores a gasóleo ainda imperam. Também a pensar nesse mercado, a Citroën propõe um visual menos arrojado, com ausência dos airbumps (almofadas de ar nas portas) herdados do Cactus.

São, porém, esses mesmos airbumps que personalizam o C3 e o distinguem dos outros veículos. E se nas motorizações e transmissões não há novidades – tanto os propulsores como as caixas de velocidades já são usadas em vários veículos do grupo PSA, no que se refere a equipamento e possibilidades de decoração do C3 elas são várias. A mais visível são os airbumps, de série no nível Shine e opção por 200€ no Feel. Outra novidade (segundo a marca, em estreia mundial) é a ConnectedCAM Citroën (opcional nos níveis Feel e Shine), uma câmara digital que regista tudo o que acontece à frente do veículo, permitindo a partilha de vídeos e fotos nas redes sociais. Em caso de impacto, a câmara regista automaticamente os 30s antes e os 60s depois do acidente. E graças a uma função de geolocalização é possível salvaguardar a sua posição e encontrar mais facilmente o carro.

Outras novidades (de série ou em opção e consoante o nível de equipamento) face à anterior geração são alerta por mudança involuntária de faixa de rodagem, reconhecimento de sinais de trânsito, detector de veículos em ângulo morto ou alerta de fadiga do condutor (de série em toda a gama). Ainda de série é o cruise control e o auxílio ao arranque em subida. De série no nível Shine ou em opção no Feel (300€), há um ecrã táctil de 7’’ multifunções com mirror link (emparelhamento de um smartphone). Sistema de navegação, sensores de luz, de chuva e câmara de visão traseira ou arranque por mãos livres são alguns de outros itens disponíveis no C3.

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