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Em Buñol, é olho por olho e tomate por tomate

Por Fugas

A Tomatina 2012 realizou-se esta quarta-feira e bateu recordes: mais de 50 mil visitantes lançaram pelos ares mais de 120 mil quilos de tomates. O detalhe está no lucro turístico: contas feitas, serão mais de 300 mil euros a entrar naquela pequena cidade espanhola graças à guerra dos tomates.

A tradição voltou a repetir-se, tal como sucede há quase sete décadas. A pequena cidade de Buñol, perto de Valência, tornou-se na manhã de quarta-feira no epicentro de uma agendada guerra de tomates. Apesar de outras batalhas similares pelo mundo, foi esta Tomatina, sempre marcada para a última quarta-feira de cada mês de Agosto, que se tornou um fenómeno de celebridade mundial.

Este ano, segundo dados já adiantados pelos organizadores da vermelha festa, bateram-se recordes: cerca de 50 mil visitantes (mais dez mil do que no ano passado) e pelo menos 120 mil quilos de tomates esborrachados. A cidade calcula também ter lucrado pelo menos 300 mil euros com a visita de tantos turistas, chegados dos mais diversos pontos do mundo (o "livro de visitas" dá Coreia do Sul, Japão ou Nova Zelândia como bons e longínquos exemplos).

Ao bater das 11h, a Plaza del Pueblo, com os seus prédios cobertos de plástico ou as lojas protegidas com madeira, voltou a ser cenário da batalha. Durante uma hora, toda a gente é livre de lançar os tomates que chegaram em cinco camiões pelos ares (madurinhos, madurinhos...), tornando as ruas, paredes e corpos num quadro único atomatado.

"Tomate! Tomate!", vão gritando os participantes, vestidos apenas de calções ou biquíni e pouco mais, tirando os que optam por proteger-se com capacetes - e até foram avistados alguns japoneses com capacetes em forma de... tomate. Os camiões cheios vão chegando e vão distribuindo "as armas".  

A "guerra" pode demorar só uma hora mas é, resume a organização, uma "microcultura, um espírito tomatino que se sente durante toda a semana", cheia de concertos, música, bailes, atracções e "muita festa" - até porque, pela mesma altura, há festejos em honra dos santos padroeiros da cidade, desfiles, concursos gastronómicos e actividades culturais. No final, o centro da cidade é um rio de tomate e, como muito bem resume a AFP, um verdadeiro gaspacho humano.

Apesar da dimensão que a festa atingiu este ano, não houve grandes problemas a registar entre os participantes. Contam-se apenas, informa a Europa Press, oito pessoas atendidas no centro de saúde com problemas considerados ligeiros, como pequenas contusões (apenas uma pessoa foi encaminhada para o hospital devido a uma lesão num pé).

A Tomatina começou por acaso, em 1945, quando um grupo de jovens decidiu intrometer-se num desfile de artistas. Um deles caiu e, em fúria, começou a agredir a vizinhança que, em resposta, acorreu a uma banca de legumes e começou a disparar tomates. Os resultados só podem ter sido bons porque no ano seguinte os jovens voltaram para mais uma divertida luta.

Na década de 1950 as autoridades começaram a franzir a testa ao crescimento da iniciativa, que chegou a ser proibida. Mas foi sol de pouca dura. Os tomates contestatários voltaram em força e nascia um evento que hoje em dia recebe tanta gente que o alojamento tem de ser reservado quase com um ano de antecedência.  

Este ano, as receitas geradas pela festa estão estimadas pela autarquia em cerca de 300 mil euros. A fazer contas apenas à quantidade de tomate "vendida", daria algo algo como 2,5€ por quilo...


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