Um “ambiente romântico e mágico”. “Luzes e sombras, plantas raras e exóticas”, “caminhos sinuosos e vistas de tirar o fôlego”. Quem o diz é o júri dos European Garden Awards que não foi também indiferente aos mais recentes desenvolvimentos do Parque de Monserrate. Integrado no património de Sintra classificado pela UNESCO, venceu uma das três categorias destes prémios europeus para jardins, anunciados na sexta-feira.
O galardão para Melhor Desenvolvimento de um Parque ou Jardim Histórico foi conseguido, explica a Parques de Sintra, que gere o espaço, graças à boa avaliação do júri internacional feita a partir de critérios como “métodos inovadores, sustentabilidade, qualidade no restauro e manutenção, envolvimento da comunidade”.
Nos prémios, atribuídos pela European Garden Heritage Network (EGHN) em parceria com a Fundação Schloss Dyck, Monserrate concorria com mais dois finalistas: o Jardim de Verão de São Petersburgo, Rússia, e o Jardim do Castelo de Gunnebo, na Suécia. Desta 4.ª edição dos prémios, saíram ainda vencedores o Queen Elizabeth Olympic Park de Londres (na categoria Conceito Contemporâneo Inovador ou Design de um Parque ou Jardim) e o Realdania de Copenhaga (prémio especial Fundação Schloss Dyck).
A EGHN é uma rede que abrange cerca de 150 parques em dez países e esta foi a 4.ª edição dos European Garden Awards. Os prémios destinam-se a distinguir locais com "resultados excepcionais na cultura de jardins", que tenham sido sujeitos a medidas de restauro, sejam contemporâneos "de alta qualidade" ou que integrem actividades relacionadas com a inclusão social, educação ou ambiente.
Entre “exuberantes” jardins e palácio, Monserrate, “testemunho dos ecletismos do século XIX”, tem sido alvo de recuperação e desenvolvimento pela empresa Parques de Sintra - Monte da Lua (que também gere outros espaços como a Pena, Convento dos Capuchos, o Palácio Nacional de Sintra ou o Castelo dos Mouros). É, referem, um "dos mais ricos jardins botânicos portugueses", embora deva quase tudo à tradição britânica: a construção deve-se a Francis Cook, milionário inglês, sublinhando-se a “intervenção do paisagista William Stockdale, do botânico William Neville e do mestre jardineiro James Burt”.
Segundo empresa gestora, o parque, onde recentemente foram renovados o Jardim do México e o Roseiral, tem recebido cada vez mais visitantes: em 2012, adiantam, recebeu quase 100 mil visitas (14,26% mais que no ano anterior).
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Infos
O parque pode ser visitado diariamente das 9h30 às 20h (último bilhete às 19h) e o palácio das 9h30 às 19h (último bilhete: 18h15) – horários relativos à época alta, de 23 de Março a 25 de Outubro. O bilhete geral para jardins e palácio custa 7€ (adulto) – jovens até 16 anos pagam 6€, seniores (+65) pagam 6,5€, crianças até 5 anos não pagam, bilhete família (2 adultos, 2 jovens) por 25€. Mais informações no site da P