Fugas - notícias

  • Ler Devagar, a famosa
    Ler Devagar, a famosa "bicicleta voadora" DR
  • Em 2013, com a livraria como cenário de um ensaio para um concerto colectivo de tributo a Joni Mitchell
    Em 2013, com a livraria como cenário de um ensaio para um concerto colectivo de tributo a Joni Mitchell Tiago Machado
  • Ler Devaga
    Ler Devaga José Sarmento Matos
  • Ler Devaga
    Ler Devaga José Sarmento Matos
  • Ler Devagar
    Ler Devagar José Sarmento Matos
  • Parte
    Parte "museológica" da antiga gráfica Pedro Cunha
  • Parte
    Parte "museológica" da antiga gráfica Pedro Cunha
  • Ler Devagar
    Ler Devagar DR

Livraria de Lisboa em top 10 mundial do 'industrial-chic'

Por Fugas

Jornal Guardian escolheu 'dez dos espaços industriais mais chiques em todo o mundo'. A Ler Devagar, na Lx Factory, em Lisboa, é uma delas. A "bicicleta voadora" ajuda.

Foram armazéns, parques de estacionamento subterrâneos, garagens, fábricas e até uma piscina. Agora são "espaços conceptuais cool", onde "o design é tão atraente como o que têm para oferecer enquanto lojas, salas de exposições, restaurantes ou bares". Ou mesmo livrarias.

E entre os dez eleitos pelo mundo fora – de França aos Estados Unidos, do Japão à Sérvia –, há duas casas de livros: a Librairie Avant-Garde, instalada num antigo parque de estacionamento subterrâneo em Nanjing, China; e a lisboeta Ler Devagar, livraria independente que abriu em 1999 no Bairro Alto e que, depois de sucessivas mudanças de casa, parece ter assentado as suas estantes infinitas de livros na Lx Factory (desde 2009).

Foi esta enorme sala de pé alto, antiga casa de impressão - a gráfica Mirandela, onde chegou a ser impresso o Público, cujas páginas ainda se viam por ali nas máquinas -, que encheu de literatura e lombadas coloridas o olho do jornal britânico. "Se sempre quis ver uma imensa parede de livros, a Ler Devagar é um bom sítio" a ir, garantem os autores do artigo.

É que, por aqui, "os livros estão empilhados quase até ao topo do tecto alto [o equivalente a três pisos], enquanto as metálicas escadas e varandas de ar industrial o levam ao primeiro andar e em redor da loja". Não tem aquele ambiente "bolorento" e "escuro" das livrarias antigas que "preenchem a maioria das fantasias literárias" mas, defende o Guardian, "em muitos aspectos, o interior reaproveitado provoca a imaginação exactamente como uma livraria deve fazê-lo".

Além dos livros expostos, destaque ainda para as esculturas, "sendo a mais proeminente uma bicicleta voadora pendurada no tecto" – e que já se tornou imagem de marca da loja – e para os dois bares, que lhe conferem um "bonito ambiente social e criativo".

Entre os outros espaços eleitos no artigo estão
La Sucrière, em Lyon, França (antigo armazém de açúcar, hoje "espaço de artes e música")
Basilica Hudson, em Nova Iorque, Estados Unidos (antigo armazém, hoje "espaço para 'experiências artísticas não convencionais'")
Freegan Pony, em Paris, França (outro armazém transformado num restaurante contra o desperdício de comida)
Librairie Avant-Garde, em Nanjing, China (antigo parque de estacionamento subterrâneo tornado livraria)
Hotel de Goudfazant, em Amesterdão, Holanda (antiga garagem, hoje um restaurante)
The Spinnerei, em Leipzig, Alemanha (antigo complexo industrial de fiação de algodão transformado em espaços de exposições e galerias de arte)
Mikser House, em Belgrade, Sérvia (ex-armazém, agora centro de artes)
Russell Industrial Centre, em Detroit, Estados Unidos (antiga fábrica, hoje uma “vila criativa”)
The Pool, em Tóquio, Japão (uma antiga piscina transformada em concept store).

--%>