Segue-se um robalo grelhado com tártaro de carabineiro, espargos brancos e espuma de champanhe, que é acompanhado com um Reserva de 2015 de Foral de Monção que fez o estágio em barricas de carvalho francês; um Reguengo de Melgaço (2015) que tem sido premiado nos últimos anos; e um Terras de Monção (2014) muito fresco e que Bruno Almeida diz ser “best of dos vinhos verdes”.
A refeição termina duas horas depois com uma sobremesa de chocolate, fava tonka, caramelo e flor de sal e com uma aguardente gelada da Quinta de Alderiz com dez anos.
Ao longo do almoço foi possível provar nove vinhos, todos de casta Alvarinho e diferentes, do rosé ao espumante passando pela aguardente. Aqui também se ouve uma sugestão: esquecer as aguardantes em balão e servidas com o café para as consumir a baixa temperatura e com sobremesa.
E assim começa a campanha de promoção de Monção e Melgaço – “o desafio é grande, mas temos um grande aliado que é o vinho”, defende Manuel Pinheiro. Recorde-se que embora se chame vinho verde, este é branco, tinto, rosado e a sua aceitação tem vindo a crescer no mercado externo – já não apenas no chamado “mercado da saudade” – quem não se lembra de Paulo Alexandre, que cantava “Vamos brindar com vinho verde que é do meu Portugal”; mas para países que vão da vizinha Espanha ao Japão. Em 15 anos, as exportações subiram de 15% para 43%.
Se a região do vinho verde é demarcada desde 1908 e nessa altura Monção e Melgaço foram identificados como sub-regiões; agora o objectivo é promovâ-las, ligando o produto ao território, atraindo os turistas para ficar, comer e, claro, beber.