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Linha do Tua vai ter um comboio dos filmes de índios e cowboys

Mas já quanto à locomotiva, António Brancanes diz que o desenho escolhido não tem nada a ver com Portugal, nem sequer com a Europa. “É uma máquina tipicamente americana e teria sido bom que fosse feita uma opção por um material que tivesse uma maior aproximação à identidade do que foram as locomotivas portuguesas”, diz.

“Compreendemos que as locomotivas existentes da CP que poderiam ser utilizadas no Tua têm uma idade e custos de manutenção muito elevados para uma exploração turística regular, mas esta proposta da Douro Azul não será a melhor”, acrescentou.

A polémica extravasou os círculos dos entusiastas da ferrovia que, naturalmente, se manifestam contra aquilo que apelidam de comboio da Disneylândia e nas redes sociais insistem que uma locomotiva americana nada tem a ver com a cultura ferroviária europeia e portuguesa.

Mesmo os mais leigos distinguem as velhas máquinas a vapor americanas das europeias. As americanas têm uma chaminé invulgarmente alta e larga, um pavilhão (cabine) bastante grande e possuem na frente o típico cows away (aparta vacas). “Constam na nossa memória colectiva pelos filmes de índios e cowboys. Mas na América. Não em Trás-os-Montes”, diz o presidente da APAC.

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