Depois de ter sido eleito pela terceira vez como o melhor destino europeu, chegam mais boas notícias para o sector turístico do Porto. Desta vez, para os hotéis.
Um estudo divulgado pela consultora PwC (PricewaterhouseCoopers), “European cities hotel forecast” (“Previsão hoteleira nas cidades europeias”), revela que o Porto vai a ser a cidade que mais vai crescer no que a receitas hoteleiras diz respeito em 2017 e 2018: 14,8% e 12,8%, respectivamente (sendo em 2018 a única cidade a ter um crescimento de dois dígitos), segundo o RevPar, o indicador do rendimento por quarto disponível, utilizado como medida de comparação de rentabilidade entre hotéis. Estes valores vão fazer o Porto ocupar o 15.º e o 14.º lugares no ranking RevPar. Actualmente, diz o relatório, existem 5700 quartos no Porto, distribuídos por 77 hotéis – para os próximos três anos está prevista a abertura de 20 novos hotéis que representarão um acréscimo de 1108 quartos.
A PwC passa em revista os vários prémios turísticos que a cidade tem recebido nos últimos ano e sublinha o património da UNESCO, o vinho do Porto, a gastronomia e a riqueza cultural da cidade como fontes de atracção da cidade que tem vindo a viver anos de crescimento turístico ímpar.
Em 2016, passaram 1,2 milhões de hóspedes pelos hotéis portuenses, sendo 72% estrangeiros, o que representou um aumento da taxa de ocupação de 4,3%, para 73,5%, um “novo recorde”. A taxa média diária (ADR) teve um salto de 12,1% para 81 euros e fez subir a RevPar 17%, para 59 euros – espera-se este ano um ADR de 90 euros e em 2018 de 100 euros e um RevPar de 68 euros em 2017 e de 77 em 2018 que colocarão o Porto nos mesmos lugares em ambos os rankings: 15.º este ano e 14.º em 2018.
No mesmo relatório, a PwC aponta as oportunidades que continuarão a dar visibilidade à cidade como destino turístico, de conferências e de negócios e, consequentemente, contribuirão para manter o crescimento sustentável do sector hoteleiro. Entre estas estão os diversos eventos que vão acontecer na cidade este ano e no próximo – o São João, o NOS Primavera Sound, o NOS em D’Bandada, a maratona, e uma série de conferências e simpósios. Também o número de passageiros do Aeroporto Francisco Sá Carneiro – 9,4 milhões em 2016 com 14 novas rotas e com as 12 novas esperadas em 2017 – contribuem para a previsão optimista da consultora.
Em resumo, “o mercado hoteleiro do Porto demonstrou a sua resiliência face a condições macroeconómicas desfavoráveis e a outros factores externos com crescimento de dois dígitos em três anos consecutivos". "Espera-se que as nova rotas aéreas e os programas diversos de eventos internacionais e conferências que surgiram nos últimos anos continue a levar mais turistas ao Porto, fazendo crescer tanto a taxa média diária como os níveis de ocupação."
De notar que Lisboa também surge nesta lista que inclui 17 grandes cidades europeias com expectativas de crescimento no RevPar: 5,6% este ano e 6,8% em 2018 asseguram à capital portuguesa o 5.º lugar no ranking das cidades com maior crescimento de rentabilidade hoteleira. Em 2017 e 2018 Lisboa deverá ficar no 11.º lugar tanto no ranking RevPar (subindo dois lugares relativamente a 2016) como no ADR (sem alteração). De referir que em taxa de ocupação o Porto deverá ultrapassar este ano Lisboa (75,7% contra 75%, tendência que se acentuará em 2018, com 77,6% contra 76,1%: 8.º e 9.º lugares no respectivo ranking, liderado por Dublin, cidade com “oferta insuficiente”, sublinha o relatório).
No mesmo estudo, Genebra, seguida por Zurique, Paris, Londres e Roma surgem como as cidades com o preço médio por noite mais alto (ADR) e novamente as quatro primeiras cidades, seguidas por Dublin, nas mais rentáveis tendo em conta a receita por quarto disponível (RevPar).