Atenção aos viajantes: se pensam em viajar nos próximos tempos, e se o dinheiro não abunda, talvez seja importante dar uma vista de olhos ao relatório Worldwide Cost of Living do Economist Intelligence Unit. Foram reveladas as cidades mais caras – e mais baratas – para 2017 e a Ásia domina o top 10. De ambos os rankings. Estes analisam mais de 150 diferentes compras em 133 cidades de todo o mundo e são um bom barómetro na altura de decidir qual a próxima aventura. Mas sem ortodoxias, até nas cidades mais caras se pode sobreviver com um orçamento mais austero.
Entre as cidades mais caras, o número um continua a pertencer, pelo quarto ano consecutivo, a Singapura. Segue-se Hong Kong e salta-se à Europa, a Zurique, para fechar os três primeiros lugares. Depois regressa-se à Ásia: ao Japão, com Tóquio e Osaka, e à Coreia do Sul, com Seul, a seguirem-se. De volta à Europa, é novamente a Suíça que encontramos, Genebra, que está a par com Paris; Nova Iorque intromete-se, antes de se fechar o top 10 com Copenhaga. Ou seja, entre as 10 cidades mais caras do mundo, apenas quatro são europeias o que, de acordo com o responsável pelo estudo, Jon Copestake, representa “uma mudança significativa desde há 10 anos, quando as cidades europeias ocupavam oito posições no top 10”.
Um dos dados mais significativos deste estudo é o “tombo” de Londres, que passou de sexta cidade mais cara do mundo em 2016 para a 24.ª em 2017. Tudo devido à desvalorização que a libra tem tido desde que o Brexit foi votado (e aprovado). Aliás, a maior queda no ranking é de uma cidade britânica: Manchester caiu do 26.º posto para o 51.º. A conclusão é fácil: este é um bom ano para visitar o Reino Unido. Também Buenos Aires perdeu 20 lugares (ocupa a 82.ª posição) e em várias cidades da China os preços caíram a pique, incluindo na capital, Pequim (passou de 31.ª para 47.ª).
No movimento inverso, temos duas cidades brasileiras, que foram as que mais subiram nos rankings do custo de vida: São Paulo (78.ª, subindo 29 posições) e Rio de Janeiro (86.ª, mais 27 do que em 2016). Também várias cidades dos antípodas saltaram: Wellington e Auckland (Nova Zelândia) e Brisbane e Adelaide (Austrália) seguem-se nos rankings das que mais subiram. Reiquejavique também assistiu a uma subida de preços, galgando 13 lugares que a colocam como 16.ª cidade mais cara, a sétima da Europa – Lisboa desceu sete lugares e ocupa a 29.ª posição (ou seja, a 11.ª mais barata da Europa), atrás de Istambul, por exemplo.
No final do ranking, ou seja, entre as cidades mais baratas, Almaty (Cazaquistão) bateu Lagos (Nigéria) na primeira posição. A Índia surge com quatro cidades entre as 10 mais baratas – Bangalore, Chennai, Bombaim e Nova Deli – que se completam com Argel, Kiev e Bucareste.
Cidades mais caras do mundo
Singapura
Hong Kong (China)
Zurique (Suíça)
Tóquio (Japão)
Osaka (Japão)
Seul (Coreia do Sul)
Genebra (Suíça)
Paris (França)
Nova Iorque (EUA)
Copenhaga (Dinamarca)
Cidades mais baratas do mundo
Almaty (Cazaquistão)
Lagos (Nigéria)
Bangalore (Índia)
Karachi (Paquistão)
Argel (Argélia)
Chennai (Índia)
Bombaim (Índia)
Kiev (Ucrânia)
Bucareste (Roménia)
Nova Deli (Índia)
Cidades mais caras da Europa
Zurique (Suíça)
Genebra (Suíça)
Paris (França)
Copenhaga (Dinamarca)
Oslo (Noruega)
Helsínquia (Finlândia)
Reiquejavique (Islândia)
Viena (Áustria)
Frankfurt (Alemanha)
Londres (Reino Unido)
Cidades mais baratas da Europa
Bucareste (Roménia)
Kiev (Ucrânia)
São Petersburgo (Rússia)
Sófia (Bulgária)
Belgrado (Sérvia)
Budapeste (Hungria)
Varsóvia (Polónia)
Moscovo (Rússia)
Praga (República Checa)
Atenas (Grécia)