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  • Paulo Calisto/Revista Todo o Terreno
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Aventura Lisboa-Dacar-Bissau em 3008 já está na estrada

Por Fugas

Ir de Lisboa a Bissau, com paragem cheia de simbolismo em Dacar, e voltar: são quinze mil quilómetros, entre dois continentes e sete países, a bordo de um Peugeot 3008. A expedição Lisboa-Dacar-Bissau, que sai da sede do ACP, em Lisboa, esta segunda-feira de manhã, descreve-se como "uma aventura, um desafio e uma homenagem".

Dez anos depois de o último rali Lisboa-Dacar se ter cumprido (em 2008 foi cancelado por razões de segurança e no ano seguinte transferido para a América do Sul, onde se tem vindo a realizar), são muitas as viagens que recriam o mítico percurso. Mas esta tem um sabor especial já que, como o jornalista Alexandre Correia explica, foi com a prova que afirmou a sua carreira. Por isso, não é de estranhar que a chegada a Dacar, no Senegal, tenha uma enorme importância. Até aqui, a viagem é feita sobretudo pela costa, mas sempre que possível fora do asfalto: depois da entrada em território marroquino via Tânger, é contabilizar os quilómetros que se somam às passagens por Rabat, Casablanca, Sidi Ifni, cruzando o Sara Ocidental, via Laayoune, até Dakhla. Deste ponto até à Mauritânia é um saltinho — e uma sempre demorada fronteira —, onde há paragens em Nouadhibou e Nouakchott, para depois haver uma escapada até ao interior: Atar e Chinguetti. Para atingir o Senegal, há ainda que cruzar Wadan e Rosso. o Senegal, com entrada por Diama, o objectivo é passar por St Louis e Thies até chegar a Dacar.

A partir daqui, deixam-se as memórias do rali para trás, mergulhando-se numa África diferente, onde a agrura do deserto e as areias são trocadas por estradões onde o asfalto ainda não chegou e onde "não há meio termo: lama, na época das chuvas, ou buracos que parecem crateras, na estação seca".

Depois de Kaolack, no Senegal, enfrenta-se a sempre complicada Gâmbia: Barra, Banjul, Jiboro, Farafenni, para voltar a entrar no Senegal, até Ziguinchor e Cap Skirring. Por fim, o país-destino: Guiné-Bissau, onde o jornalista espera explorar as memórias portuguesas por São Domingos, Ingoré, Safim, Bissau, Quinhámel, Ondame, Cacheu, Bissora, Mansaba e Farim. O regresso faz-se pelo interior do Senegal (Kolda, Velingara eTambacounda), regressando na Mauritânia às já visitadas Nouakchott e Nouadhibou. Com paragem em Dakhla, o resto de Marrocos volta a ser uma nova viagem: El-Aaiún, Tarfaya, Tan-Tan, Guelmim, M'hamid, Arfoud, Midelt.

Sendo sempre uma aventura percorrer África, o jornalista decidiu apimentar a odisseia. Por um lado porque parte sem veículo de apoio, por outro porque optou por seguir viagem num veículo de tracção dianteira, uma forma de provar que estes trajectos são mais acessíveis do que muitas vezes se faz crer. Como equipamento de socorro leva uma pá, sempre que for necessário desatascar, e um compressor de ar para voltar a encher os pneus após a baixa pressão necessária para enfrentar pistas de areia.

O Peugeot 3008 escolhido é um modelo de série, sem qualquer preparação específica. A única alteração passou pela troca de pneus, mudando os de asfalto com que é fornecido em Portugal por uns mistos, mais robustos e próprios para enfrentar estradas e pistas com pisos duros. A ideia passa por testar o slogan do modelo — "Nunca um SUV foi tão longe!" — que, este ano, tem somado títulos (Carro do Ano nacional e internacional, por exemplo).

As histórias da viagem, que conta com o apoio do Turismo de Marrocos, do Governo da Guiné e do Automóvel Clube de Portugal, podem ser acompanhadas na Revista Todo o Terreno ou via Facebook

 

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