De acordo com o último relatório da Organização Internacional da Vinha e do Vinho, Portugal é o país com maior consumo per capita de vinho do mundo, com 54 litros anuais por habitante. Este dado não significa que os portugueses estejam a beber mais. Na verdade, se olharmos para uma série estatística mais longa, o consumo até tem estado a recuar ligeiramente. Em Portugal e no grosso dos países com maior tradição no consumo de vinho. Do chamado Velho Mundo do Vinho, a excepção é a Itália, que registou em 2016 um acréscimo no consumo. Em termos absolutos, os Estados Unidos da América são o verdadeiro motor do consumo mundial de vinho, liderando o ranking, com 38,1 milhões de hectolitros, logo seguidos da França, Itália, Alemanha e China. Portugal surge no 12.º lugar, com 4,8 milhões de litros. O segmento que mais cresce é o dos vinhos efervescentes (espumantes, champanhe, etc), com um aumento de 7,5%.
A China também está a crescer ligeiramente no consumo, mas é na superfície de vinha a na produção de vinho que os chineses mais se têm destacado. Sem tradição vitivinícola, a China tem crescido todos os anos e possui já a segunda maior área de vinha do mundo (847 mil hectares). Só é suplantada pela Espanha (975 mil hectares). Apesar de continuar a deter a hegemonia, a Europa está a perder vinha todos os anos. Uma tendência que se estende também à Turquia e ao Irão, 5.º e 8.º, respectivamente, no ranking dos países com maior superfície de vinha. Nos Estados Unidos (6.º), a área de vinha está estável, assim como na maioria dos países da América do Sul. Com 195 mil hectares, Portugal ocupa o 10.º lugar.
Em produção, o líder é a Itália, com 50,9 milhões de hectolitros. Portugal surge em 11.º lugar, com 6 milhões de hectolitros. O desempenho é melhor nas exportações de vinho. Numa tabela liderada pela Espanha, Portugal ocupa o 8.º lugar, com 2,8 milhões de hectolitros de vinho e uma receita de 734 milhões de euros.