O lote que compõe este tinto do Douro — Touriga Nacional, Tinta Francisca, Donzelinho Tinto e Sousão — não é muito comum na região, mas a sua originalidade sai prejudicada com os 15,5% de álcool que o vinho tem.
É uma pena, porque o vinho revela excelentes atributos gustativos (fruta muito definida, taninos sedosos, final bastante longo).
Só que o excesso de álcool acaba por prejudicar um pouco o conjunto, tornando o vinho algo pesado ao fim do segundo copo.
Pode ter resultado assim por contingências da vindima, mas a empresa responsável pela enologia da Quinta dos Poços, a Duplo PR, tem tendência para fazer vinhos muito alcoólicos. O exemplo mais flagrante é o Bafarela 17, um tinto da casa Brites Aguiar com 17% de álcool e que é um sucesso comercial.