Nos seus 336 hectares, dos quais 133 estão ocupados com vinha, há diferentes exposições, a altitude varia entre os 130 e os 530 metros, as castas foram plantadas depois de aturadas experiências para confirmar as suas aptidões a cada uma das facetas da quinta.
É dali que saem os Porto vintage com a marca Vesúvio que, depois de 1989, criaram um grupo de adeptos fervorosos. Depois de 2007 a quinta começou a produzir os seus primeiros DOC em duas marcas, a Pombal do Vesúvio, para uma gama média do mercado, e a Quinta do Vesúvio para os segmentos mais altos.
Apesar da juventude da marca, é possível desde já notar que nas edições recentes se tem verificado, por parte da equipa de enologia dirigida por Charles Symington, a procura de um refinamento dos seus vinhos, introduzindo-lhes um carácter mais austero, mais clássico. O Pombal de 2010 está aí a provar essa mudança, tornando-se um vinho absolutamente extraordinário para a gama de preços em torno dos 14/15 euros. E o Vesúvio seguiu esses passos, sendo hoje um vinho mais enxuto, mais seco, mais vegetal, com a doçura da fruta mais contida e integrada no conjunto.
Claro que o extraordinário ano de 2011 ajuda a dar uma dimensão e profundidade ao Vesúvio raras. Mas, para lá da dádiva da natureza, há aqui uma procura de identidade que acaba por confirmar o Vesúvio na primeira linha dos grandes tintos do Douro.
Um tinto com aromas quentes de esteva e violeta, madeira muito discreta e integrada, um enorme volume de boca sustentado em taninos sedosos mas com vigor, deixando no final de boca uma secura fresca e vegetal que o tornam particularmente apto para a mesa. O melhor Vesúvio de sempre pode ser já consumido, mas tem estrutura e nervo para se aprimorar na garrafa durante muitos mais anos.