Berço e bandeira dos vinhos frescos e delicados com que os Verdes foram conquistando consumidores, os Alvarinho daquela sub-região foram também pioneiros no enorme salto qualitativo qque tem beneficiado os brancos portugueses.
Vinhos diferenciadores como os Parcela Única, Contacto ou Muros de Melgaço, de Anselmo Mendes, ou os distintos Soalheiro, de Luís Cerdeira, mas também de outros enólogos que assinam mais um punhado de vinhos capazes de fazer figura em qualquer parte do mundo.
É o caso deste Casa do Capitão-mor, um vinho que diríamos mesmo de prova obrigatória para quem queira perceber a marca genética que faz a diferença nos Alvarinho da sub-região de Monção e Melgaço.
Na descrição do enólogo, Rui Cunha, “o vinho parece inicialmente estar escondido por detrás de um bloco de granito, mas depois os sabores explodem através da rocha, de forma viva, limpa e oceânica”.
E, parecendo embora um tirada de natureza poética, o certo é que depois da prova ela acaba por irremediavelmente se agarrar à nossa memória, tornando falha e insuficiente qualquer outra adjectivação. À limpidez e delicadeza extraordinárias, este Reserva de 2013 associa sabor e textura firme, mas o que mais sobressai é finura e frescura da sua pureza mineral.
Proveniente de uma vinha com solos de origem granítica e cobertura de calhau rolado, só é engarrafado como Reserva em anos de qualidade suprema. Aconteceu em 2011 e, agora, com a colheita do ano passado.
Pouco mais de dois mil litros com maceração pelicular, fermentação em inox e estágio com borras finas até ao engarrafamento. Uma parte também em garrafas Magnum (1,5l/24€), para que nem tudo se esgote no prazer imediato.