O problema é colher as uvas das duas castas na mesma altura, porque o Chardonnay amadurece sempre mais cedo do que o Arinto. O segredo está em compensar na medida certa a madureza da variedade francesa com a frescura ácida do Arinto.
No caso deste reserva, essa compensação foi bem conseguida, apesar dos 13,5% de álcool (o ideal era ter menos meio grau). Até por ter fermentado e estagiado durante quatro meses em madeira, o vinho está gordo e bem estruturado, assentando num fundo muito fresco, que faz realçar a fruta e o fumado da barrica.