Decorre tão-só do nome do proprietário, Modesto Castro, que decidiu dedicar-se à produção de vinhos verdes na sub-região de Basto, com um pequena propriedade com cerca de seis hectares.
Apesar do nome, pode, no entanto, ter algum orgulho na produção, uma vez que viu logo nas primeiras colheitas a qualidade daquilo que faz, contando para tal com o apoio e direcção enológica do reconhecido Jorge Sousa Pinto. A propriedade foge ao estereótipo da região: estando implantada na encosta sul voltada ao Tâmega, fica protegida da aqui habitual influência Atlântica.
É nestas condições que melhor se dá a casta Azal, que em terrenos secos e bem expostos consegue a maturação ideal, expressando as suas características de intensos aromas frutados de limão e maçã verde. Embora associada à casta Arinto em quantidade reduzida, parecem ser aquelas as características que conferem ao Modestu’s um toque especial, que não deixa indiferente o provador.
Por isso chamou a atenção do painel internacional de provadores que no concurso anual da região dos Vinhos Verdes o destacou entre os vinhos premiados. É a escolha dos melhores entre os melhores (o chamado Best Of), ou seja, um conjunto de vinhos escolhidos por provadores dos mercados de exportação, que os seleccionam entre os que foram os mais pontuados pelo júri nacional.
Com base de Arinto, o Modestu’s cativa pelos seus aromas frescos e sabor intenso, onde se misturam as notas frutadas e florais. Há por ali aromas de tília, de flores brancas e limonados, sempreà mistura com frescura e intensidade marcantes. O final tenso e algum vegetal convidam ao acompanhamento com comidas igualmente leves mas de sabores intensos e marcados. Não será um vinho fácil ou consensual, mas cativa pela diferença.