Fugas - Viagens

The White House/Cecil Stoughton

A “plácida aldeia” onde os Kennedy encontravam refúgio

Por Cristina Ferreira

O porto piscatório de Hyannis, na requintada península de Cape Cod (Cabo do Bacalhau), Massachusetts, é um bom exemplo de uma localidade que, sem possuir nenhuma particularidade que a torne especial e que a distinga de todas as outras da costa leste norte-americana, atrai anualmente milhares de turistas. A explicação está no efeito Kennedy, que 50 anos depois ainda perdura. Hyannis foi o epicentro das vitórias e dos dramas da família Kennedy. Só por isso merece uma visita.

Nove de Novembro de 1960, bairro de Hyannisport. Quartel-general do clã Kennedy, conhecido por Kennedy Compaund. John Kennedy senta-se ao lado do motorista que o vai conduzir até ao Armory Hyanis, onde fará o seu discurso de aceitação da nomeação presidencial. Até lá, o White Lincoln que o transporta terá de percorrer mais de dois quilómetros. Nas bermas da estrada a multidão amontoa-se. As câmaras fotográficas disparam e as televisões seguem em matilha a viatura. JFK sorri e acena aos apoiantes. Antes de entrar no pavilhão, seguido de toda a família, aperta mãos e deixa-se fotografar. Daí a minutos realiza a sua primeira intervenção histórica enquanto presidente eleito. Avisa os americanos que os próximos quatro anos serão difíceis e exigirão sacrifícios a todos para garantir a segurança dos EUA. E promete que "todos os seus esforços" terão por objectivo "assegurar os interesses de longo prazo" do país "e a causa da liberdade em todo o mundo."

Esse dia marcou um ponto de viragem na vida do pequeno porto piscatório que desde aí passou a atrair multidões de visitantes de todos os pontos dos EUA. O turismo foi incrementado em toda a Península de Cape Cod e o comércio expandiu-se, com o aparecimento de novos negócios.

Mas já antes da eleição de JFK para a Casa Branca a presença assídua em Cape Cod dos membros da família, a que muitos chamaram os príncipes da América, atraía o interesse dos media.

Na biografia "Uma vida Inacabada", de R. Dallek, Arthur Schlesinger Jr., assessor pessoal de JFK e autor dos seus discursos, relata uma visita ao feudo dos Kennedy: "A outrora plácida aldeia de Cape Cod perdera a contemplativa tranquilidade. Parecia mais uma povoação sob ocupação militar, ou um lugar onde andassem à solta criminosos perigosos ou animais selvagens. Havia por todo o lado barreiras nas estradas, cordões policiais, fotógrafos com máquinas a tiracolo". Premonitório. O registo é feito em Junho antes de o senador ser eleito pelos democratas para se candidatar à presidência.

É por isso que viajar até Hyannis é engraçado, porque é um encontro com a História. De carro fica a hora e meia de Boston, havendo voos directos de Nova Iorque.

Durante a contagem dos votos da sua eleição presidencial, em que bateu Nixon por uma diferença de 0,02 por cento, JFK preferiu o feudo da família em Hyannisport para se refugiar. A 8 de Novembro soube dos resultados. E no dia seguinte efectuou o seu primeiro discurso como chefe de Estado indigitado na vila. Em Novembro, Hyannis celebra a memória do ex-presidente. A próxima segunda-feira será um dia especial, pois comemoram-se 50 anos da sua eleição. JFK tinha 43 anos e desde os 10 anos que passava férias em Cape Cod.

Espírito relaxado

A presença na vila desde 1927 do clã Kennedy transformou o bairro residencial de Hyannisport, onde está o Kennedy Compaund (50,Marchant Avenue), numa zona chique. No bairro, a maioria das casas são residências de Verão. E é nessa altura que a população aumenta dos 100 habitantes para mais de 600, onde se incluem as novas gerações Kennedy.

Com o tempo, a localidade de Hyannisport passou a fazer parte do roteiro dos que enaltecem a memória do mítico presidente americano. E para conhecerem melhor a vida de JFK os turistas podem visitar o Museu JFK (397 Main Street), o reservatório de milhares de fotografias, de filmes e de objectos que pertenceram a membros da família.

Na generalidade, as fotos expostas têm como cenário a propriedade de Hyannisport, que JFK dizia ser o único local onde podia estar sozinho. Os momentos registados em Cape Cod mostram cenas de JFK em criança, em adolescente, já atormentado pela doença de Addison, e depois em adulto. O seu amigo Schelessinger recorda uma tarde passada a velejar ao largo da costa, com "Martha"s Vineyard delineada à distância". "Nunca o tinha visto em tão boa forma, mais relaxado, mais divertido, mais solto." As fotografias dão conta de uma família aparentemente descontraída, competitiva, jogando à bola na praia privativa, ou nadando no oceano e na piscina. As águas do Atlântico foram palco para passeatas de barco ao largo de Cape Cod. Em contraponto, vê-se uma Jackie discreta e afastada do alvoroço dos Kennedy. De certo modo, as imagens fotográficas dos Kennedy transmitem o espírito relaxado que se respira em Cape Cod. E que podiam ser reeditadas em catálogos de uma marca de roupa informal americana. JFK aparece vestido de forma desleixada, a caminhar no areal, com camisolões e fralda da camisa de fora, mas sorridente. Descalço ou de ténis brancos, sempre de óculos escuros Ray Ban. Sentado nas cadeiras de madeira do relvado da mansão a ler o jornal ou a bronzear-se. Com Jackie e os dois filhos.

Em 2004, a população de Hyannis reconheceu o contributo dado pela fama do clã à vila e ofereceu ao museu uma estátua em bronze de JFK. A figura foi colocada em frente da porta do museu e apresenta um presidente pensativo, de calças arregaçadas e pólo de manga curta a caminhar pela praia, com os pés enterrados em areia verdadeira e capim. Outro ponto de paragem obrigatório do itinerário é o John Kennedy Memorial (Main Street), um lugar tranquilo voltado para a baía cheia de barquinhos. O monumento de pedra ostenta de um lado o selo presidencial e do outro um escudo com o perfil do presidente. À frente tem uma fonte com espelho de água. Está localizado junto a um jardim que liga ao Memorial dos combatentes da Guerra da Coreia.

Capital recreativa

Por mar também se vai no encalço do passado de JFK. No porto de Hyannis há veleiros antigos e iates que realizam pequenos "giros" comerciais de hora e meia pela costa. Enquanto a embarcação avança, deixando para trás o cais, os viajantes podem ver as tradicionais casas rústicas de Cape Cod, revestidas de telhas finas de madeira (shingles), aparentemente negligenciadas, porque os jardins são requintados. Edificadas em cima da arriba, ou nos areais.

Já do lado da costa atlântica, e com a ajuda de binóculos, consegue-se vislumbrar o Kennedy Compound. Um conjunto de edifícios revestidos a madeira parcialmente encobertos pela vegetação e pelas nuvens. A mansão inicial construída pelo patriarca em 1929 sobressai. O Atlântico está a alguns metros do casarão à beira-mar, que ao longo dos anos tem sofrido alterações. Uma estrutura branca de três pisos, três telhados e múltiplas varandas e telheiros. Uma cerca de madeira branca protege a casa do relvado, onde pousava o helicóptero presidencial, e que está separado das falésias de dunas por capim. Um pier, onde atracam os iates e veleiros do clã, liga a propriedade ao mar.

Mas as memórias públicas do clã Kennedy em Hyannis não se esgotam em JFK. O senador Ted Kennedy isolou-se em Hyannisport após lhe ter sido diagnosticado cancro e acabou por morrer em casa. A mãe, Rose Kennedy, estava lá quando soube do assassinato de John. Mais tarde contou: "Nessa tarde passei muito tempo na praia, andei, andei e rezei, rezei". "A luz do dia era dourada."

À primeira vista, Hyannis não entusiasma, apesar de ser considerada a "capital recreativa" e comercial de Cape Cod. Ela é procurada pelos seus inúmeros campos de golfe (o Hyannisport Club) e pelas suas praias destinadas à prática de windsurf, sendo a mais conhecida a de Kalmus Beach, no final da Ocean Street. As regatas de barcos à vela são habituais na região, havendo várias competições na Primavera e no Verão.

A vila é também considerada como o centro nevrálgico dos transportes de Cape Cod pois é lá que fica o aeroporto. E é do porto de Hyannis que partem os ferries e os catamarãs que fazem as ligações entre a península e as ilhas da costa leste: Nantucket; Martha"s Vineyards.

As viagens para Nantucket, um centro da indústria baleeira nos séculos XVIII e XIX, que inspirou Herman Melville a escrever Moby Dick, demoram cerca de duas horas e meia. No museu de Nantucket há um esqueleto de uma baleia com 13 metros. Já Martha"s Vineyards ficou conhecida por ser o local escolhido para o presidente Clinton passar férias. E era para esta ilha que John Kennedy Jr., filho de JFK e de Jackie, se dirigia quando o avião pilotado por si, com destino a Hyannis, e paragem na ilha, se despenhou no Atlântico. As mortes de Ted Kennedy e de John Kennedy Jr. arrastaram de novo a Cape Cod um batalhão de jornalistas e turistas. As suas vidas estão registadas no Museu de Hyannis.

E foi em Chappaquiddick, na ilha satélite de Martha"s Vineyard, que o senador Ted Kennedy perdeu as suas aspirações a candidatar-se à presidência dos EUA. Em 1969, a viatura que conduzia caiu de uma ponte matando uma antiga colaboradora de Bob Kennedy que o acompanhava. Ted Kennedy só se entregaria às autoridades na manhã seguinte.

Bacalhau e cranberries

Para muita gente, a sofisticada e tranquila península de Cape Cod continua a ser sinónimo de Hyannis. É verdade que uma visita à vila piscatória está carregada de História. Mas quem estiver em Boston tem bons motivos para dar um salto à península da costa leste americana, que deve o seu nome há abundância de bacalhau nas suas águas. No início do século, os emigrantes portugueses provenientes dos Açores que se instalaram em Provincetown dedicavam-se à pesca de bacalhau. Com apenas três mil habitantes, Provincetown fica no extremo de Cape Cod, e é considerada a cidade mais agitada da península. Provincetown, que tem vestígios da presença portuguesa, foi descoberta no início do século pelos intelectuais que para ali se dirigem ao longo do ano.

O cabo não é propriamente uma ilha em forma de braço, pois, em 1914, foi separada artificialmente do continente por um canal de 28 quilómetros. A obra encurtou em mais de 62 quilómetros a rota comercial por barco entre Boston e Nova Iorque. Três pontes (uma delas ferroviária) ligam-na ao continente. De carro, partindo de Boston, são cerca de 100 quilómetros (e mais 50 quilómetros para chegar a Hyannis), o percurso demora cerca de uma hora

A meio caminho (a 62 quilómetros de Boston), fica a pequena cidade de Plymouth, muito importante na História da Nova Inglaterra. Foi aí que atracou o Mayflower em 1620, levando a bordo 120 Pilgrims (peregrinos), que fugiram da Europa em ruptura com a igreja oficial de Inglaterra. Para os americanos, a pequena cidade tem duas atracções a não perder: a primeira pedra pisada pelos Pilgrims, e que está protegida por um pequeno mausoléu de colunas de pedra, o Plymouth Memorial; e uma réplica em tamanho real do Mayflower ancorada no cais e que pode ser visitado. Nas ruas da cidade há pequenas casas de madeira construídas na época e que ainda são habitadas.

À medida que nos aproximamos da ponte de Sagamore, que liga a península ao continente, vêem-se canais artificiais com barquinhos e pescadores. A forma do cabo é motivo para discussão. A alguns lembra uma banana, a outros sugere uma quilha de um barco viking. E muitos vêem ali um sinal: os EUA a fazer um manguito à Europa. Seja qual for a imagem, Cape Cod é conhecida como destino de Verão das elites americanas de Massachusetts. O seu ponto mais alto tem 93 metros e a costa de 900 quilómetros dispõe de centenas de praias a perder de vista, imaculadas, e de ondas que aliciam os surfistas.

Mas estas não serão certamente razões para um português visitar Cape Cod, onde todos os meses chove, nem que seja apenas um dia. Apesar de ficar à mesma latitude do Porto, a costa leste americana é banhada por correntes de água fria. E no Inverno cai neve na península.

Os que conhecem bem a região aconselham os turistas a alugar um carro e dar uma escapadela pela route 6A, que oferece vistas sinuosas. A paisagem alterna entre o mar, lagos, dunas, pântanos, matas e casas grandiosas. A península tem grandes zonas classificadas durante a presidência Kennedy como reservas nacionais e, nalguns casos, vedadas ao público. A região tem mais de 14 milhas de vias para bicicletas.

Fundada em 1639, e localizada no noroeste da costa da península, a cidade de Sandwich é a mais antiga de Cape Cod. É a primeira cidade que encontramos quando nos dirigimos para Hyannis. Uma pequena volta dá a impressão de que entrámos dentro de uma revista, seja ela de decoração ou de moda. Com excepção de alguns edifícios construídos em tijolo vermelho, a maior parte das casas tem um ar tosco, revestidas a madeira (shingles) e pintadas de branco, cinzento e bege. Mas o ambiente é requintado, com os pequenos jardins "manufacturados" de flores e relva variando com matas e cemitérios abertos. Não se vêem grades. Há bandeiras nacionais hasteadas junto às casas e às campas dos mortos. Nas garagens de porta aberta vislumbram-se canoas e pequenas embarcações. Há jardins com cadeiras de madeira colocadas ao lado de braseiras de ferros. Respira-se uma atmosfera tranquila e segura. Sem stresses. De certo modo, até é fiel às origens.

Nas ruas das cidades do cabo encontramos muitas lojinhas de madeira que vendem "antiguidades", que mais parecem quinquilharia, bijutaria, aguarelas e postais. Uma das principais actividades económicas da península é o turismo, nomeadamente o doméstico, que para ali se desloca aos fins-de-semana e no Verão (os meses mais caros são Julho e Agosto). A ausência de grandes hotéis e das principais cadeias é notada. Mas os ambientalistas travaram a sua construção e, em seu lugar, surgiram unidades mais simpáticas.

A existência junto à costa de campos alagados cobertos de frutos vermelhos (do tamanho de cerejas) deixa o europeu perplexo. À primeira vista parecem os mirtilos que se cultivam nas matas europeias. Mas não são. Esta baga vermelha, amarga, é chamada de cranberry e possui três vezes mais vitamina C que a laranja. Os americanos fazem compotas, pickles e sumos. E usam-na como medicamento natural para combater as infecções urinárias. A sua cultura foi durante muitos anos o sustento dos portugueses que emigraram para Massachusetts e que, não arranjando trabalho, eram contratados para a colheita do fruto (que se faz uma vez por ano), que prospera em solos húmidos e em zonas com temperaturas baixas no Inverno.

BOSTON também é uma cidade JFK

Para se conhecer melhor John Fitzgerald Kennedy (JFK) é necessário ir a Boston, a capital do Massachusetts, pois é lá que se encontra a maior parte do acervo relacionado com o seu curto mandato presidencial. Eleito a 8 de Novembro de 1960 (mas só tomou posse a 21 de Janeiro), seria assassinado a 22 de Novembro de 1963, com 46 anos. JFK nasceu em Boston, cresceu e viveu em Boston, estudou advocacia em Harvard (que, tal como o MIT, está separada de Boston pelo rio Charles).

Uma ida à Biblioteca Presidencial e ao Museu John F. Kennedy (em Columbia Point), no bairro de Dorchester, junto ao porto de Boston e ao campus da Universidade de Massachusetts, permite ao visitante retroceder 50 anos e viajar pela História. Estão documentados os principais acontecimentos registados nos dois anos e meio da presidência de JFK. A 25 de Maio de 1961, JFJ fez um discurso histórico, onde declarou que o espaço era a última fronteira e que os EUA teriam de a ultrapassar. O país teria de se preparar para, no final da década de 60, colocar na Lua o primeiro astronauta. Questionado sobre a razão por que colocava o desafio tão alto, JFK respondeu: "Porque é difícil." A consulta dos relatos sobre a preparação da viagem à Lua, que só se realizaria cinco anos depois da sua morte, é facultada pela Biblioteca & Museu JFK, que expõe material recolhido por Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar solo lunar.

O museu possui mais de 400 mil fotos, 8,4 milhões de documentos e milhares de horas de conversas desgravadas, para além de entrevistas realizadas a centenas de pessoas que privaram ou se cruzaram com JFK. E expõe ainda trajes de Jackie Kennedy. O chinês I.M. Pei (autor da Pirâmide do Louvre) foi o arquitecto que projectou a Biblioteca & Museu JFK. Pei nasceu no mesmo ano que JFK e, tal como o ex-presidente, também estudou em Harvard na década de quarenta. Os jardins do Museu foram concebidos para homenagear a matriarca da família, Rose Kennedy, que morreu com 104 anos.

Cheers, onde é que já vimos este bar?

No coração de Boston (84 Beacon St), em frente ao jardim público, há um prédio de tijolo vermelho, parcialmente revestido de pedra branca, com janelas de vãos altos e estreitos. À primeira vista, nada o distingue dos restantes. Mas durante o dia há quem pare para fotografar a fachada e muitos acabam por entrar. Um gradeamento típico do século XIX pintado de preto dá acesso, através de uma pequena escada, a um pátio estreito rebaixado e longitudinal à fachada. A entrada é discreta. O guarda-vento separa a porta de madeira do bar mais famoso do mundo, que serviu de inspiração à sitcom de humor da NBC: Cheers, aquele bar. É um típico bar de bairro.

Fundado em 1969 com o nome d Bull & Frich Pub, só mais tarde, já com a série a correr, seria rebaptizado com a designação de Cheers. Mas, dezoito anos depois de ter saído do ar, a série televisiva continua a atrair fãs ao local. Quem não se lembra do dono, Sam Malone (representado pelo actor Ted Danson), um jogador de basebol reformado dos Boston Red Sox, com fama de possuir uma lista com os nomes das suas conquistas?

Mal descemos os três degraus que dão entrada ao bar, os mais jovens são interpelados por um empregado descontraído: "Show me your ID, please?" À nossa espera está o índio afável que nos habituámos a ver na televisão. Nas paredes, ora brancas, ora de tijolo vermelho à vista, intercaladas por lambris e roda tectos de madeira escura envernizada, estão penduradas fotos de actores que participaram na série, de jogadores de basebol e tacos de madeira. Há posters, placas de madeiras e de metal. Há janelas com vitrais de cor, iguais aos candeeiros. O ambiente é acolhedor. Mas em simultâneo temos uma sensação de estranheza. E com razão. Ao contrário da fachada do prédio, que é a mesma que nos habituámos a ver na televisão, o interior do bar surpreende. Em vez do balcão central que na série televisiva funcionava como uma ilha, para permitir aos espectadores que assistiam em directo verem os actores em acção, no bar original está encostado à parede e separado das mesas onde se sentam os clientes por uma baia formada por estreitas colunas.

No bar de Beacon Street não existe uma mesa de bilhar à volta da qual os clientes de Sam Malone discutiam os temas quentes do dia: o desporto, as finanças e a política. Mas, tal como acontece nos bares ingleses, o elemento principal da decoração é mesmo a madeira de que é feito o balcão e os 20 bancos altos que o rodeiam. O espaço é pequeno. À volta das 13 mesas quadradas, separadas por grupos de três por baias e prumos estreitos, há cadeiras redondas e de braços. Ao fundo, uma loja de venda de lembranças, desde copos a garrafas de cerveja, bonés, canecas, cerveja, ursos de peluche, até fatos de bebés.

A Fugas viajou a convite da Liberty Seguros

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