Fugas - Viagens

Nelson Garrido

Viajar à boleia de postais

Por Maria João Lopes

Criado por um português, o site do "postcrossing" permite mais do que trocar postais. É uma forma de conhecer pessoas, culturas e até de calcorrear o globo. A Fugas foi falar com "postcrossers" que dizem já ter família no mundo inteiro

Fernando Ferreira é um postcrosser. Não é só um adepto da troca de postais, mas alguém que viaja cada vez que põe um postal no correio e recebe outro. Sempre com selo de colar com a língua, à moda antiga, nada de autocolantes. Para este designer de 39 anos, natural de Coimbra, o postcrossing é uma maneira de "conhecer pessoas e viajar sem sair do sítio". "É uma forma barata de conhecer outras culturas", diz.

Apesar de nunca ter viajado para o estrangeiro à boleia dos postais que enviou e recebeu, Fernando Ferreira conta que há muita gente que o faz. Felice Hutchings, que vive nos Estados Unidos, é apenas um dos exemplos de uma viajante que já percorreu a Europa a visitar outros postcrossers. "Conhecer pessoas é o que realmente ilumina a experiência da viagem. Experimentar como vivem outras pessoas e perceber a visão que têm do mundo é mais importante do que ver uma catedral famosa", explica à Fugas, por email.

Todas as histórias começam com alguém a teclar www.postcrossing.com. Este é o nome do site, um projecto concebido pelo português Paulo Magalhães. Uma vez lá, basta registar-se, criar um perfil, incluir nele gostos e preferências e começar a comunicar através de postais, com gente de todo o mundo.

Fernando Ferreira foi um dos primeiros membros do postcrossing. Descobriu o site por acaso, numa das constantes navegações que faz na Internet. Inscreveu-se, colocou os seus dados e "gostos", no caso a cultura nipónica, e deixou-se ir: "Depois tudo é gerado automaticamente pelo site", explica o também proprietário da Dr. Kartoon, livraria de Coimbra especializada em banda desenhada.

A partir do momento em que se registam, os utilizadores só têm que comprar os postais sim, estamos a falar de postais a sério, não de postais electrónicos , colocarlhes um selo de preferência não dos autocolantes, escrever algo que não seja apenas happy postcrossing e esperar pela volta do correio. "No início, temos direito a enviar cinco postais, depois vai aumentando. Nós só dizemos que queremos enviar um postal e o site escolhe um utilizador", explica Fernando Ferreira, um estudioso do Japão que, para além de ser autor do livro 108 termos do Japão contemporâneo, e dinamizador do site clubotaku.org, tem ainda a Mimi Records, editora de música portuguesa e japonesa.

Depois de enviarmos o postal, alguém noutro ponto do globo o vai acusar. No site, aparecerá a indicação de que certa pessoa o recebeu (cada postal tem um código que permite saber de que país foi enviado e quantos já foram enviados daquele ponto do globo). "Dependendo do interesse que se tem nos postais, a seguir podemos digitalizá-los e pô-los lá no site", diz Fernando Ferreira, que já enviou 88 postais e recebeu cerca de 100, em maior número da Finlândia (14) e também vários da Alemanha. Foi também para a Finlândia que enviou a maior parte deles, cerca de 20. Nos últimos tempos, tem recebido alguns da Rússia. "Também se pode pôr a opção de receber postais do nosso país", acrescenta.

No site, para além de estatísticas, os utilizadores têm acesso à distância que os postais já percorreram, vendo num mapa personalizado as rotas dos postais que já enviaram, assinaladas a vermelho, e a azul as dos postais que já receberam.

Autoria portuguesa

Paulo Magalhães, que já viveu nos Estados Unidos e na China, e agora está na Eslovénia, é o criador deste projecto, do postcrossing. Por e-mail, diz que sempre gostou de "receber correio e postais em particular". "Quanto mais distantes e aleatórios, melhor. Sabia que existiam outras pessoas com o mesmo interesse, mas não existia ainda nenhuma plataforma para juntar estas pessoas em diversos pontos do mundo. Foi daí que surgiu a ideia de criar o postcrossing como sendo uma plataforma online para um passatempo off-line. Os detalhes de como iria funcionar vieram depois", conta.

Na equipa que faz a gestão do site está também a namorada, Ana Campos: "Foi das primeiras pessoas a colaborar no projecto. Foi ela que inicialmente desenhou o logótipo e o design do site. Os restantes membros da equipa vieram quando o site já estava on-line", recorda. "São todos utilizadores activos do postcrossing que, como gostam do projecto, voluntariam o seu tempo para ajudar no seu funcionamento, em particular para manter o fórum de discussão, que é bastante participado", acrescenta Paulo Magalhães, frisando que os membros da equipa estão espalhados "um pouco por todo mundo", pela Austrália, Holanda, Finlândia, Portugal e Estados Unidos.

Para além do fórum, o site tem também um blogue, no qual não faltam histórias a comprovar as amizades que se fazem através do postcrossing. Há até quem já se tivesse apaixonado através da troca de postais. No blogue podemos ler a história de um casamento entre um australiano e uma finlandesa que se encontraram através deste projecto.

No mesmo blogue, ficamos também a conhecer um pouco mais sobre a viagem que Felice Hutchings, dos Estados Unidos, fez pela Europa, a visitar postcrossers. "Viajar tem sido uma das minhas paixões nos últimos 30 anos, na maior parte das vezes pela Europa. Também já visitei a Turquia, Marrocos, Tailândia, Quénia, Israel, Peru, México e Canadá. Viajei sozinha para Itália, França e Holanda. Prefiro viajar com amigos, mas se quiser ir e ninguém estiver disponível, costumo ir sozinha", conta esta postcrosser de 50 anos, que vive em Chicago, é artista de vitrais e trabalha numa empresa ligada à moda.

Nestas viagens, Felice Hutchings usufruía dos lugares "como turista". "Antes de aderir ao postcrossing, não conhecia ninguém na maioria destes países e, portanto, sempre experimentei e usufruí de cada lugar como turista, explorando os lugares com um livro de viagens e, por vezes, com recomendações de outras pessoas", revela.

Apesar de ter aderido ao postcrossing por gostar de "escrever cartas e cartões", e não porque tivesse pensado em usar o projecto como "ferramenta para encontrar pessoas" em viagem, o certo é que a forma de viajar de Felice Hutchings mudou e as amizades que fez levaram-na a visitar essas pessoas nos seus países de origem. Primeiro, o postcrossing era apenas um hobby engraçado, diferente: "Tornou-se um desafio divertido escrever algo de real dentro do espaço pequeno que um cartão oferece. Tento sempre contar uma história sobre o lugar que está no postal ou sobre algo da minha vida", explica. Foi assim que fez "amizade" com várias pessoas que, de outra forma, nunca teria conhecido" e que começou a correr mundo à boleia de postais.

De postal pela Europa

Em Dezembro de 2008, foi a Colónia, na Alemanha, com um amigo, e visitou a primeira postcrosser com quem se correspondeu. "Entrei em contacto com Isabelle, a pessoa a quem eu tinha enviado o meu primeiro postal através do postcrossing. Ela organizou uma reunião oficial de postcrossers alemães. Acho que estavam lá umas 10 pessoas. Reunimo-nos ao lado da catedral, fomos comprar postais e depois fomos a um café para conversar e escrever. Foi o ponto alto da nossa viagem", recorda.

A volta à Europa de postal estava só a começar. Em Maio e Junho do ano passado, Felice Hutchings planeou uma viagem. Afinal, fazia 50 anos. A ideia era "visitar os melhores amigos que tinha feito através dos postais". "Passei o meu aniversário em Paris com três dos meus melhores amigos de Chicago. Depois, viajei sozinha para Antuérpia, onde me encontrei com Isabelle e com o seu marido. A seguir, voei para a Dinamarca, onde me encontrei com a Anya, de 24 anos", precisa.

Passou três dias em Copenhaga e fez uma pequena viagem até Malmö, na Suécia. "Voei então para Tallinn, na Estónia, para ver Loona (25 anos), durante cinco dias. Fiquei numa pousada na primeira noite e, depois, ela convidou-me para ficar em casa dela. Também fomos para a ilha de Kihnu dois dias com duas amigas", conta.

Finalmente, foi a Inglaterra, onde foi convidada para ficar em casa de Suzanne (51 anos), com a sua família, em Hampshire, durante quatro dias. "Depois fui para a costa da Cornualha sozinha antes de regressar a casa. Foi a primeira vez que planeei uma viagem em que me encontrei com amigos que só conhecia por correspondência. Foi uma bela experiência. Todos foram maravilhosos e hospitaleiros comigo", garante. Por ter sido tão interessante, Felice Hutchings resolveu em Dezembro voltar à Europa. Desta vez foi até Alicante, em Espanha, para visitar "um outro postcrosser e a sua família". Alugou um apartamento por dois dias e, garante, "também foi uma visita mágica".

Felice Hutchings sente agora que tem "família" em todo o mundo e que "o mundo se tornou uma cidade pequena". "Estou ansiosa pelo dia em que algumas destas pessoas maravilhosas me virão visitar à minha cidade", diz.

Mas o postcrossing também permite viajar sem sair do bairro, garante Fernando Ferreira, enquanto folheia o dossier no qual tem todos os postais guardados, dentro de capas plásticas. É como um álbum de fotografias, através do qual vai recordando as "viagens" que fez. "Este é o postal número 54 enviado na Nova Zelândia", mostra. Neste dossier está também o postal que já recebeu do Japão e o que uma japonesa dos Estados Unido lhe enviou. Quando pode, Fernando Ferreira comunica mesmo em japonês e, em troca, recebe elogios pelo domínio da língua. Apesar de o inglês ser o idioma dominante, é costume pôr-se, nos postais, uma frase na língua original de cada postcrosser: "Muitas vezes, as pessoas pedem uma frase na nossa língua, escrever só happy postcrossing não tem piada...", diz.

Aprender com os postais

Uma forma de aprendizagem que não se fica por aqui: "Há escolas nos Estados Unidos que usam o postcrossing para ensinar às crianças onde são os países, como são as culturas, que monumentos têm, que animais há lá", conta Fernando Ferreira, que já criou, em conjunto com Sara Peres (também postcrosser), um blogue exclusivamente dedicado à troca de postais. Chama-se girlpostboycross.blogspot.com.

"A ideia do blogue foi dar conteúdo aos postais, digitalizá-los, e juntar-lhes três itens: uma pequena descrição do postal e de quem mandou, a seguir uma receita, para se conhecer a gastronomia típica de cada país e, em terceiro lugar, uma curiosidade de cada local", explica Fernando. Um exemplo: sabendo do "interesse" de Fernando Ferreira "pela cultura do Sol Nascente", Wu (Jannes) enviou-lhe um "bonito postal" com uma pintura japonesa. A esta informação, Fernando Ferreira junta a digitalização do postal (frente e verso) e ainda uma receita de sopa de gotas de ovos. Finalmente, uma nota sobre Pequim, "uma das mais populosas cidades do mundo, com os seus 15 milhões de habitantes".

Quando diz que o postcrossing "é uma forma barata de conhecer outras culturas", Fernando Ferreira não deixa de sorrir. É que às vezes não é bem assim. O hobby pode ser tão estimulante que há quem gaste 80 a 100 euros por mês em postais, garante.

Apesar de ainda não ter ido visitar postcrossers ao estrangeiro, Fernando Ferreira já recebeu dois finlandeses em Coimbra. Heidi Manninen, de 29 anos, técnica de raio-X num hospital da Finlândia e coleccionadora de postais desde os nove, foi uma dessas visitas.

Passou duas semanas de férias em Portugal, com o namorado, entre 23 de Janeiro e 6 de Fevereiro. Visitaram Lisboa, Coimbra, Guarda, Porto, e Sintra e conheceram dez postcrossers portugueses "formidáveis". Heidi Manninen diz que "através dos postais" se conhecem "sítios, pessoas e culturas" de todo o mundo.

Na Finlândia, em encontros organizados, já tinha tido contacto com muitos postcrossers não só finlandeses, mas de outras nacionalidades. "Mas também tenho contacto com outros postcrossers nas viagens que faço. A primeira vez que estabeleci esse contacto foi na Alemanha, em 2008, em Colónia, onde conheci Nane85 e Kasi0408 [nicknames].

Também perguntei a postcrossers húngaros se me queriam conhecer numa viagem que fiz a Budapeste no ano passado", conta. Em Março, Heidi Manninen que, só em trocas oficiais pelo postcrossing, já recebeu mais de 800 postais foi também até Viena, onde passeou com outros postcrossers; acabaram a jantar em casa de um deles. Em todos estes encontros, fizeram visitas, tomaram café e, claro, foram às "compras" de postais.

Sucesso-surpresa

Paulo Magalhães conta que também tem conhecido postcrossers nos encontros que são organizados "frequentemente". Quando estava na China, conheceu vários membros de Xangai: "É das melhores formas para conhecer outras culturas, pois estas são pessoas tipicamente interessadas em partilhar e conhecer culturas diferentes", defende.

"No ano passado houve um encontro internacional na Finlândia onde eu e a Ana tivemos oportunidade de estar. O encontro foi de dois dias em Helsínquia e teve quase 50 participantes", recorda. Lá tiveram oportunidade de conhecer vários membros e dedicar-se à actividade de que tanto gostam. "Nestes encontros é habitual enviarem-se muitos postais, 545 só neste, em que todos os participantes assinam cada postal enviado para outros postcrossers no outro lado do planeta", conta Paulo Magalhães.

Fernando Ferreira, que também já participou em encontros, sabe que, depois das "amizades" que se fazem, "o segundo passo é viajar" através do postcrossing, até porque, explica, no site existe a possibilidade de se fazerem "trocas directas" entre utilizadores. "Podemos dizer que gostamos de animais, de monumentos e, depois, quando enviamos e recebemos os postais, ficamos com o e-mail das pessoas e podemos trocar e-mails e postais com elas", explica Fernando, que já participou, no ano passado, num encontro oficial em Leiria, no quarto aniversário do postcrossing, e noutro encontro não oficial em Coimbra, no Portugal dos Pequenitos.

Todos estes encontros são planeados e discutidos no fórum do site, que já conta com 182 mil membros oriundos de mais de 200 países. Através do site, já foram recebidos mais de 4 milhões de postais e os quilómetros percorridos já davam para dar quase 600 mil voltas ao mundo. Para além destes dados, podemos ainda ver o que está a acontecer com os postais em tempo real: quem envia, de onde, e quem recebe, onde.

Paulo Magalhães não estava à espera do sucesso alcançado: "O projecto teve uma aceitação muito superior à minha melhor expectativa. Que haveria outras pessoas interessadas no conceito era um facto, mas que se tornaria tão popular foi uma surpresa", admite. Pouco depois de o site ter sido lançado em 2005 "começaram a surgir membros de vários pontos do planeta". "Isto sem nunca termos feito publicidade, apenas num passa-a-palavra voluntário", diz. Recentemente, celebraram o postal "4 milhões" e esperam chegar aos 5 milhões dentro de cerca de meio ano. "Todos estes números continuam a superar as nossas expectativas e um dos objectivos é ter membros em todos os países possíveis", espera Paulo Magalhães.

Postcrossing em família: A filha é TheBlueDolphin e o pai ElHurricane

É uma forma "diferente" de passarem tempo juntos. Volta e meia, António Costa (39 anos) e a filha, Bruna, de 11, sentam-se à mesa, olham para os postais que compraram, escolhem quais vão enviar e para quem, pensam no que querem escrever, preenchem tudo direitinho, põem as moradas... Para além de patinar, ler e nadar, Bruna adora enviar e receber postais. Ainda precisa da ajuda do pai para os escrever em inglês, mas isso não a desanima. O que importa é abrir a caixa do correio e ter lá dentro um postal, vindo directamente para ela de outra parte do mundo é uma "grande alegria". Até de Taiwan já recebeu.

Pai e filha, que vivem em Ovar, andam os dois nesta "brincadeira" do postcrossing. Foi o pai, gestor de projectos de implementação de rede de telecomunicações, que, apercebendo-se do interesse de Bruna, a desafiou. "Quando eu recebia os postais, ela queria ver e saber o que diziam. Agora, sempre que chega algum para ela é um delírio", conta António Costa.

Bruna confirma que gosta "muito" de ser postcrosser e de receber postais de vários países. De todos os sítios. Tanto lhe faz se são da Europa ou da América, de monumentos, de animais ou de pessoas: "É indiferente. Eu gosto é de receber", conta. E de enviar. Os que põe no correio "têm desenhos feitos por outras crianças". Já mandou um rumo às Filipinas. Ao todo, desde que se inscreveu, em Fevereiro de 2008, já recebeu e enviou cerca de 70 postais. Todos eles são viagens: "Estou a conhecer novos lugares sem sair de casa", diz TheBlueDolphin (nickname).

ElHurricane, o pai, acha o mesmo: "É uma forma de viajar, de receber postais de alguns sítios inatingíveis em termos de viagens, de Taiwan, de Singapura, do Peru, da Austrália...", enumera. O "local mais fora do comum" de onde recebeu foi do Suriname. E já enviou para o Qatar.

"Alguns postcrossers gostam de fazer trocas particulares, eu já fiz com uma postcrosser de Singapura, que me enviou postais diferentes com paisagens e monumentos, que davam para perceber como é a cultura de Singapura. Aproximamo-nos daquela cultura", garante António Costa que, antes de se inscrever no postcrossing, em 2005, era já bookcrosser.

Foi, aliás, no fórum do bookcrossing (de acordo com o site, consiste em "deixar livros num espaço público, para que possam ser encontrados por outras pessoas, que irão continuar a cadeia") que alguém lhe falou do postcrossing. António Costa foi ver e entusiasmou-se. Entretanto, já enviou mais de 450 e recebeu outros tantos. "Não são assim tantos", diz, sublinhando que o primeiro do ranking já enviou cerca de 2700 e o português que mais enviou já soma cerca de 1900.

Testemunho
O que é o postcrossing?

"O postcrossing é um meio 'interactivo' de viajar e conhecer o mundo. No actual, e mais do que conhecido panorama de crise mundial, surge como uma 'luz ao fundo do túnel', permite-nos, por momentos, afastarmo-nos do cinzentismo dos nossos dias e viver num mundo de maravilhas e cultura, horizonte e cor.

As pessoas com quem interagimos são imensamente simpáticas, partilham em cada postal uma parte de si, permitem-nos aceder à sua cultura, à sua língua, até mesmo os seus sonhos. É uma sensação única abrir a caixa do correio e encontrar um postal, um novo postal, O Meu Postal! Nos dias que correm, em que tantas vezes dizemos 'tenho de ligar àquele meu amigo que já há tanto tempo não vejo...' e que, por mais uma ou outra razão, voltamos a não ligar, pois não temos o mítico tempo, a recepção de um postal é prova viva que alguém, algures, perdeu dois minutos do seu também precioso tempo.

Num sentido prático, o postcrossing permite-nos, além de conhecer o mundo e procurar novos contactos, praticar a nossa escrita, além do inglês, tão mais do que necessário nos nossos dias. É por tudo isto que encaro o postcrossing como uma mais-valia na minha vida. Estou no postcrossing há sensivelmente dois anos. Enquanto postcrosser, ainda não viajei com o intuito de conhecer contactos, no entanto tenciono, quando a oportunidade surgir, procurar conhecê-los e quiçá travar novas e boas amizades. Já enviei 237 postais e recebi 238 dos mais variados pontos do globo."

João Melo, 30 anos, vive no Porto e é trabalhador-estudante (técnico de informática e estuda Engenharia Mecânica)

Informações

www.postcrossing.com
girlpostboycross.blogspot.com

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