Fugas - Viagens

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    Em 2004 Nacho Doce / Reuters
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  • Durante os preparativos da festa em 2011
    Durante os preparativos da festa em 2011 Pedro Cunha
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    Campo Maior Pedro Cunha

Campo Maior das flores

Por Ana Marques Gonçalves

Foram precisos sete anos para a vila alentejana voltar a florir mas valeu a pena a espera. Até 4 de Setembro, mais de uma centena de ruas de Campo Maior estão decoradas a rigor com uma imensidão de trabalhos feitos com flores de papel artesanais. Só se pede que a chuva não estrague a festa.

O dia-a-dia aqui é feito de flores - elas estão em todo lado: nas ruelas estreitas e sinuosas de calçada portuguesa, nas longas avenidas rectas, nas artérias mais importantes ou nos mais escondidos ermos, num quase recorde de 104 ruas -, tal como o foi desde Março. Sim, porque em Campo Maior há meses que ninguém sabe o que é dormir uma noite descansada, viver sem ser de e para as flores, que se tornaram mais uma habitante da cada casa, que partilharam espaço com as memórias dos sótãos, com os vestígios nas garagens de óleo dos carros (desprovidos do seu habitat natural e relegados para longas noites ao relento), com os bibelots da sala de estar.

Se antes, elas, as protagonistas indiscutíveis das Festas do Povo, que atraem à pequena vila de nove mil habitantes cerca de um milhão de pessoas em nove dias (de 27 de Agosto a 4 de Setembro), estavam escondidas para não arruinar o suspense - conhecemos um mundo subterrâneo de flores, em sítios tão improváveis como uma escola abandonada, um prédio em construção, uma antiga garagem de automóveis -, hoje viram a luz do dia, depois de uma madrugada prolongada noite dentro, depois de sete longos anos de ausência.

O Alentejo está em flor e, por isso, acabemos de vez com o mito: as Festas do Povo não se realizam de quatro em quatro anos, realizam-se quando o povo quer. As últimas aconteceram em 2004, por culpa do Europeu de Futebol, as penúltimas datam de 2000, ano de viragem de século, as antepenúltimas assinalaram a Expo 98.

"As Festas do Povo são, acima de tudo, a junção de vários fragmentos e cada fragmento é uma rua. E com certeza que, quando cada morador, cada grupo de vizinhos se junta e percebe que aquela rua pode fazer parte do fragmento e aquele fragmento parte daquele todo, é óbvio que temos Festas do Povo em Campo Maior", explica Ricardo Pinheiro, o novo presidente da autarquia.

A vila raiana está em flor. Ou em flores, construídas por cerca de 5000 pessoas, a partir de 23 toneladas de papel, três toneladas de arame, pregos, metal, tinta ou cola. Há torcidos, franjas, colunas, entradas. Há sorrisos em cada cara, porque as Festas do Povo estão aqui.

Flores inspiradas

"Esta rua não pode deixar nunca de ser arranjada, mesmo que não quiséssemos. Todos temos essa consciência, até as pessoas que não estão motivadas para participar." O posicionamento histórico e a tradição da Major Talaya "obrigaram-na" a estar no roteiro das Festas do Povo, uma obrigação menos imposta e mais sentimental.

Foram seis homens e seis mulheres, nunca esquecendo a ajuda quase anónima daqueles que dobraram folhas e forraram o arame farpado no aconchego do lar, a plantar um jardim onde predominam as glicínias. "Não são flores, costumo dizer que são flores inspiradas", esclarece Júlia Galego, entre tulipas, rosas, floreiras improvisadas em cartão e a sensação de que o pêndulo do relógio andou depressa de mais. "A única coisa que gostava era de fazer as coisas com calma e tempo. Esta foi feita um bocado em cima. Foi difícil e ainda mais porque esta gente tem a mania de fazer coisas complicadas". Presidente da anterior assembleia-geral da Associação das Festas do Povo, viu como a nova edição tardava em acontecer, "por falta de condições políticas", e assistiu a um processo vertiginoso que precipitou a 20.ª festa - formada em Outubro, a associação oficializou as festas em Fevereiro e o trabalho começou em Março.

"Cheguei a não me poder mexer". Perdeu a conta às horas passadas a cortar, dobrar, esculpir papel. Até Junho, todas as tardes, tinha a Academia Sénior, à noite, flores. "Fiz mais de 1000 flores. Primeiro comecei a contar, mas depois desisti. É sempre muito cansativo, tem-se a casa cheia de gente". Cabeça de rua, Júlia Galego não é campomaiorense (é do Crato e viveu 40 anos em Lisboa), mas desde 2004, ano em que foi parte activa nas suas primeiras festas, como ajudante da sogra, é como se fosse.

O seu trabalho, aliás, serviu até de inspiração a Cristina, trabalhadora número um da Rua Estreita, à distância de um par de passos, sempre a descer no piso em paralelo. "Nas últimas festas morava na Major Talaya, trabalhei lá e aprendi muito com aquela senhora". Há sete anos, em pleno período pré-festas, trocou essa rua pela Estreita, que ajudou a enramar. Este ano teve um trabalho quase solitário para que nada faltasse: "Os homens ajudaram com as colunas e quem tem menos jeito fez os torcidos. Tive muita coisa ao meu carrego, foram muitas horas, era de dia e de noite. Fazia 20, 30, 40 flores por dia". Enquanto exemplifica como se fazem os laços bordeaux, elemento predominante da decoração, sussurra uma confissão. "É uma pena acabar".

Alma no papel

A revelação não surpreende, depois de termos visto o entusiasmo das ruas, a dedicação, o gosto com que os campomaiorenses se atiraram de corpo e alma às suas festas. "O que tenho na alma vai para o papel". Cremilde desarma logo nas primeiras palavras. Antes, a irmã Paula já tinha revelado o segredo da inscrição da Rua Heróis do Ultramar. Se há ruas que o fazem pela tradição, esta fê-lo por altruísmo: "Sempre vivemos para as festas. As pessoas desta rua já são idosas e a minha irmã quis dar-lhes uma alegria."

"Não tenho palavras para descrever as festas. É uma paixão que já vem de miúda, comecei a ver os meus avós, os meus pais. Gosto mesmo disto. Andei a perguntar porta a porta quem queria participar. No início foi a desilusão porque houve pouca gente disponível, mas depois animei-me. Fiz isto a pensar no idoso que não pode sair de casa e que assim pode ir à sua porta e ver a rua enfeitada". Os Heróis do Ultramar têm a sua própria heroína, uma mulher que vive desde os 11 anos (hoje tem 55) o momento alto da sua terra, e que este ano passou muitos meses, muitas horas, muitos minutos a criar o jardim da sua rua, sempre com a ajuda da irmã Paula, a arquitecta do projecto. Perguntamos-lhe se é preciso ter um dom para as flores, mas nem precisávamos de esperar pela resposta para saber: "Pois. A gente tem-no nas mãos".

Se o dom de Cremilde é a criação, o de Paula é a imaginação - aqui em Campo Maior, nestas festas, funciona assim: cada um contribui com o que tem, cada um dá o melhor de si. "Ela tem mais jeito para as flores, mas eu é que arquitectei isto tudo. Numa hora desenhei a rua toda", diz, com um enorme sorriso de satisfação, misturado com uma certa timidez. Ao trabalho nos escritórios da Delta, a mais nova das irmãs juntou a dedicação, "fosse de manhã ou de noite" à sua rua, sempre com a memória do último momento em que o povo da vila alentejana se juntou: "Todas as festas para mim foram espectaculares, mas mais as de 2004. Não foram diferentes, nem maiores, foram grandiosas." c

Nos cartazes da Rua Heróis do Ultramar, embrenhados nas flores de tons lilás, rosa, branco, amarelo ou salmão, pode ler-se "com alegria ou tristeza, o povo deixa tudo para trás". É verdade. Durante cinco meses, seis, sete pessoas trabalharam oito horas por dia para que tudo estivesse perfeito. Com a mesa posta na rua e porta que, durante nove dias, nunca se vai fechar, aberta aos forasteiros, prometem cumprir a tradição. Quem por lá passar pode encontrar, com certeza, churros, farturas e Cola Cao, a tríade mestra das traves erguidas no dia da enramação, feita na véspera do arranque das festas, num trabalho cumprido pela noite dentro.

Um convite para sentar à mesa

As portas escancaram-se aos visitantes, porque as Festas do Povo são do povo de Campo Maior e o povo de Campo Maior é dos que com mais gosto recebe. "O maior cartão-de-visita de Campo Maior são as pessoas, que têm uma maneira de ser muito própria, muito característica, fruto da capacidade de transmitir alegria e felicidade." Embora o presidente da autarquia seja fonte suspeita, podemos confirmar a premissa. Provam-no as constantes oferendas, de bolinhos a licores, e um convite genuíno para alguém que não tem onde passar a noites durante as festas - e como nós serão muitas e muitas pessoas, já que, num raio de 100 quilómetros, a hotelaria está esgotada, pelo menos para os fins-de-semana floridos.

Silvina Vinagre e Alice Vinagre têm o estar campomaiorense em si. Abriram a porta de casa para que a sua rua, a D. Dinis, não ficasse fora da festa, como nas duas edições anteriores, e aceitaram encabeçar o seu fragmento, logo no primeiro ano em que são parte integrante das Festas do Povo. "Tínhamos um café e agora, como estamos mais disponíveis, já podemos participar." E participar, neste caso, implicou nove, dez dias a tempo inteiro, fora os turnos, desde Março, das 6h00 às 9h00 e depois das 17h00 até à 1h00. Para Alice, há sempre a preocupação que falte alguma coisa (não admira, nunca se sabe se podem ter perdido a conta). "Farto-me de contar as cordas... São 56 de 6,5 metros, 112 de quatro metros, 1120 do tecto, 500 flores, 32 lanternas, 56 cestas e 56 colunas, 28 arcos e 5000 campainhas". Elas - e a amizade, como faz notar - são o tema de uma rua que só está na lista das 104 depois do inspirado discurso do comendador Rui Nabeiro. "Só fomos inscrever a rua quando foi a oficialização [a 26 de Fevereiro, com 26 ruas a serem inscritas nesse dia] e depois não parámos mais. O comentário do comendador fez-nos ter ainda mais vontade de avançar". A história contada por Alice Vinagre é apenas uma das muitas que ouvimos, sempre com o mesmo protagonista.

Filho preferido da terra, o "pai" da Delta é o motivo pelo qual grande parte dos campomaiorenses inscreveu as suas "fracções". "Eu sinceramente não diria por mim." Rui Nabeiro vive como poucos as Festas do Povo: nas primeiras horas da manhã de cada dia, percorre o mundo das flores de papel com a tranquilidade necessária para que os seus olhos observem cada pormenor do trabalho do povo. "Gosto de sair às sete da manhã, caminhar lentamente e sentir os efeitos do ar naquelas folhazinhas de papel, que faz uma orquestra extraordinariamente eficaz", descreve, orgulhoso de uma população com uma alegria e uma força de trabalho únicas.

Uma geração inovadora

Ninguém fica indiferente ao peso da tradição, nascida no final do século XIX, em homenagem aos contrabandistas e a São João Baptista. "Era uma decoração que se fazia em algumas ruas, à base de plantas, folhas e ramos de árvores, e que foi evoluindo. Foram-se introduzindo algumas decorações em papel, até que, chegados aos dias de hoje, este se tornou o elemento fundamental", conta João Rosinha, presidente da Associação das Festas de Campo Maior. Nem mesmo os mais novos. Campo Maior precisa de se preocupar. O Alentejo, para a vila raiana, continuará a ser feito de flores, pelo menos enquanto existirem empenhados membros da nova geração, como José Marchã. Só ele teve a seu cargo duas tarefas de peso: encabeçar a última rua inscrita e decorar os espaços municipais. "Para já, o motivo principal para esta empreitada é o gosto. Desde miúdo que participo nas festas e que ajudei os meus pais e os meus avós. Tive a sorte de ter um trabalho que me permite mexer no papel, trabalhar o papel, experimentar técnicas novas e situações diferentes."

Para o funcionário da biblioteca de Campo Maior, o gosto e o saber fazer são fundamentais. Dividido entre dois projectos, assegura que "as coisas não se misturam": o da rua foi pensado ao mais ínfimo pormenor, o dos espaços municipais foi um pouco mais ligeiro. No segundo caso, trabalhou durante quatro meses apenas com uma colega na criação de canteiros e vasos de barro, com flores de todas as cores, do branco ao negro, do azul ao rosa. "Uma das nossas prioridades foi fazer qualquer coisa que nunca tivesse surgido em termos de festa. E acho que conseguimos, não só em termos de flor - inspirada no hibisco -, mas também pela junção da flor maior com uma mais pequena."

No primeiro caso, o estatuto de últimos ditou um trabalho simples, sem flores minuciosas. "Sou apologista da flor tradicional, mas tendo em conta o pessoal disponível e o tempo, tivemos de optar por uma flor mais evoluída, mais fácil". A Rua de Elvas, pintada a preto, verde-alface, rosa, salmão, bordeaux e bege, é também a "mais económica", porque os seus habitantes foram aos contentores da fábrica da Delta buscar material (sobra das cápsulas). "Tudo o que pudemos aproveitar trouxemos". Antes mesmo tinham-se lançado no desafio de introduzir a reciclagem em tempos de crise, usando jornais e prospectos do Lidl.

Sem tempo para grandes aventuras, a Rua de Elvas recorreu à "máquina", uma espécie de Messias de uma edição preparada num ápice, para preparar os tectos. "Não sou capaz de dizer os quilómetros de papel que trabalhei, mas sei que esta máquina faz 258 mil cortes por dia. Isso só se fazia em três, quatro meses à mão", conta Luís Cunha, orgulhoso do engenho único no mundo, criado pelo engenheiro Barradas, um homem de Vila Viçosa, e elaborado na Áustria, com a precisão do laser e força de um camião de 280 toneladas. O desperdício de papel cresceu - vai todo para reciclagem -, mas a qualidade e a perfeição aumentaram, porque o que antes era riscado com lápis e cortado à mão, agora é milimetricamente criado pela máquina. No início faziam-se 700/800 peças por dia, depois Luís Cunha foi conhecendo os caprichos da "máquina", aperfeiçoou-a e perdeu as contas às peças feitas desde Março. Hoje, o homem que guarda religiosamente um jornal com 45 anos - "É uma edição só das festas, todas as paginas têm fotos das ruas todas" - tem o sentido de missão cumprida. Ele e todos os campomaiorenses que viram amanhecer o seu jardim particular. Porque, como faz notar Ricardo Pinheiro, aquela sensação de bem-estar que cada campomaiorense tem, numa belíssima manhã de Agosto, é um sentimento que não é pago com nada no mundo.

Programa das festas
O Alentejo canta

Quem pensa que as Festas do Povo são apenas flores, engana-se. As flores de papel são apenas o mote para um convívio de amigos, novos e antigos, e para um mergulhar profundo nas mais antigas tradições alentejanas. Para animar as noites quentes de verão, a Associação das Festas do Povo apostou no regresso das "saias", cantigas tradicionais de trabalho. Cantadas durante os trabalhos agrícolas ou cantadas e bailadas nos terreiros, as saias, tipicamente alentejanas, faziam esquecer a dureza do trabalho e as dificuldades da vida. A sua alegria, provocado pelo som do harmónio, concertina ou acordeão, viola, reco-reco, ferrinhos, entre outros, para além da voz, promete contagiar os "forasteiros" que visitem a vila do Alto Alentejo.

Em Campo Maior as tradições cruzam-se, confundem-se, não há espaço para sons que não os daqui. Preparem-se para entrar nas "lutas" desgarradas - canta um, canta outro, responde um, responde outro, sem hora prevista para acabar. Preparem-se para arruadas de cantares alentejanos, capazes de se misturar entre as flores e entre a imensidão de visitantes. Preparem-se para um festival de ranchos folclóricos. Preparem-se para um cartaz 100 por cento da "nossa terra" alentejana.

Como ir

Quem vem do Porto, deve apanhar a A1 no sentido Lisboa e sair na saída 7, em direcção a Abrantes/Torres Novas. Convirja com a A23, seguindo pela saída 15 em direcção a Portalegre/Nisa. Vire à esquerda em direcção à N246, seguindo em frente para a N371. De Lisboa, apanhe a A2 (indicações para Setúbal/Almada) e siga pela saída 7 para convergir com A6 em direcção a Espanha/Évora/A13/Santarém/A1/A15. Saia na saída 11 em direcção a Campo Maior/Portalegre e continue pela N373 até encontrar a N371.

Onde dormir

Hotel Santa Beatriz
Avenida dos Combatentes da Grande Guerra
7370-075 Campo Maior
Tel.:268 680 040
E-mail: hotel.s.beatriz@mail.telepac.pt
www.guianet.pt/hotelsantabeatriz
Apesar de completamente esgotado durante o período das Festas do povo, é a opção mais central para quem passar por Campo Maior. Fica a poucos metros das esplanadas e da zona histórica da vila, sendo ideal para quem prefere prescindir do carro e andar a pé.

Horta do Muro
Turismo Rural - Produtos Biológicos
7370 Campo Maior
Tel.:268 688 431/ 969 839 771 / 968 902 078
turismorural@hortadomuro.com.pt
http://www.hortadomuro.com.pt/
Com cerca de sete hectares, oferece a envolvência da paisagem alentejana e a quietude do campo, com oportunidade para passeios a pé, a cavalo e de bicicleta. Num ambiente que equilibra o rústico com o moderno, a própria casa possui no seu interior diversas zonas de estar e lazer.

O que fazer

Quem não gosta de confusões e prefere conhecer Campo Maior sem o rebuliço das Festas do Povo, não ficará, decerto, desiludido com o que poderá descobrir. No Museu Aberto, conhecerá melhor a história deste concelho e das suas gentes, desde a pré-história até à actualidade, sem esquecer a permanente ligação a Espanha. Do geral para o particular, é visita obrigatória o Museu do Café, instalado lado a lado com a fábrica da Delta. Aí poderá encontrar não só elementos do percurso da Delta, mas também diferentes tipos de bagas de café - cabe a cada um fazer a distinção. Inteiramente dedicado à olivicultura, o Lagar Museu, instalado no antigo lagar de azeite do Palácio do Visconde d'Olivã, apresenta uma das actividades agrícolas mais importantes do concelho. Para completar o circuito, é inevitável a paragem na Adega Mayor, onde pode tomar contacto com o processo de vinificação, desde a sala de barricas ao engarrafamento e rotulagem, conhecer de perto e por dentro o edifício desenhado pelo arquitecto Álvaro Siza Viera e apreciar o vinho aí produzido.

A Fugas esteve em Campo Maior a convite da Associação das Festas do Povo

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