Arcos de Valdevez, uma vila no interior do Alto Minho, foi palco, na primeira semana de Abril, de um colóquio internacional sobre arquitectura popular. O programa do encontro terminou com uma visita guiada – para uma centena de participantes, entre os quais se destacava uma numerosa comitiva brasileira –, que deu a conhecer a implantação da arquitectura na paisagem da região e os contrastes, por vezes violentos, entre ambas, e entre o passado e o presente.
A meio do percurso de um dia de viagem – que a Fugas foi convidada a acompanhar –, os visitantes pararam no Soajo, que possui a imagem mais popularizada do concelho com o seu impressionante aglomerado de espigueiros. “Muitos estrangeiros, especialmente os nórdicos, quando aqui chegam, pensam que isto é um complexo religioso-funerário”, comentava o arquitecto Fernando Cerqueira Barros, que, com o arqueólogo Nuno Soares (director da Casa das Artes de Arcos de Valdevez), ciceronou a visita.
A imponência das construções em granito, associada à presença das cruzes a encimar cada espigueiro, e à organização aparentemente aleatória (mas respondendo ao fluxo dos ventos) do conjunto justifica, de certo modo, essa impressão de quem vem do norte da Europa vendo aqui uma espécie de “Stonehenge minhoto”.
Afinal, os espigueiros do Soajo (um conjunto classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1983) não são mais do que “silos” onde as populações armazenavam e secavam os cereais após os ciclos rituais das colheitas. Eles existem em todas as aldeias do Minho (e da vizinha Galiza), e correspondem a um melhoramento arquitectónico introduzido a partir do século XVIII, quando comparados com os anteriores caniços ou canastros de varas, estruturas mais simples e rudimentares. E o conjunto do Soajo, que agrupa 24 unidades em bom estado de preservação, nem sequer é o maior da região, sendo, por exemplo, suplantado em número pelo da localidade vizinha do Lindoso, na margem oposta do Rio Lima.
Foi também no Soajo que os participantes na visita puderam presenciar uma primeira situação que documenta bem os diferentes caminhos da evolução da arquitectura popular na região. António Menéres, 82 anos, um dos poucos sobreviventes do grupo de arquitectos que, a meio da década de 1950, participou no Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa (vale a pena, a propósito, visitar a exposição Território Comum, patente na galeria da Fundação EDP, no Porto) – e que foi um dos oradores no colóquio –, foi chamado por Fernando Barros a comparar uma casa por onde estávamos a passar com a fotografia que ele dela fizera nos anos 50. “O quê!? Esta é a mesma casa?! Ai meu rico Santo António!”, exclamou o arquitecto-fotógrafo.
De facto, dificilmente se adivinha no edifício actual, com o granito aparelhado, portas de alumínio e um novo telhado agora de apenas duas águas, a herança de uma casa tradicional típica, toda em pedra, telhado de quatro águas, com o piso térreo destinado aos animais e às alfaias agrícolas e o primeiro andar (cozinha e sala) aos habitantes, com uma varanda a ligar os pequenos quartos de dormir, ou do tear e guarda de cereais...
“Este é um bom exemplo de uma casa rural mal intervencionada”, comentava, para a Fugas, António Menéres, lamentando “a falta de responsáveis com sentido crítico para não deixar destruir o património”. “Nas arquitecturas tradicionais, eram as próprias pessoas que faziam as suas casas, repetindo os modelos antigos, utilizando as mesmas regras e o mesmo sentido de inter-ajuda. Hoje, se uma pessoa quiser fazer ou recuperar uma casa, chama um empreiteiro, e este traz para aqui os modelos das arquitecturas urbanas, que não têm nada a ver com esta realizade. E isto origina este empobrecimento lamentável”, explicava o arquitecto-fotógrafo – que participou também no colóquio de Arcos de Valdevez com uma exposição de fotografias suas sobre arquitectura popular.
Arquitectura da pedra colada
Ainda no Soajo, como, mais à frente, noutros lugares por onde íamos passando, o guia Fernando Barros ia lamentando aquilo a que chamava a “arquitectura da pedra colada” e a “estética da pedra à vista”, esta última uma moda instaurada pelo Estado Novo nos anos 1940, que ganhou expressão maior nos restauros do Paço dos Duques de Bragança e do Castelo de Guimarães, e que desde essa altura continua a fazer o seu caminho.
A atestar as suas críticas, o jovem arquitecto arcoense – autor da tese de mestrado Construção do Território e Arquitectura na Serra da Peneda. Padrão (Sistelo) e suas ‘brandas’ – um caso de estudo (editada, no ano passado, pelo Município de Arcos de Valdevez) – ia mostrando reproduções de fotografias históricas que documentavam que muitos dos edifícios recentemente recuperados pondo a nu a superfície do granito eram originalmente caiados ou pintados, tanto por fora como por dentro.
Um exemplo é o Mosteiro de S. Bento do Ermelo, na margem direita do Rio Lima, agora transformado numa larga albufeira por cauda da barragem do Touvedo. “Esta transformação no ecossistema até alterou o sabor das famosas laranjas de Ermelo”, lamentava Nuno Soares. A verdade é que a sucessão de laranjais abandonados faz rima com a atmosfera de aldeia-fantasma que hoje se observa junto a este mosteiro do século XIII (Monumento Nacional desde 1977), de raiz cisterciense, mas cujo abandono remonta já ao século XVI – certamente pela falta de rentabilidade das apostas agrícolas dos monges beneditinos da época.
O mosteiro manifesta, de resto, a sua incompletude nas pedras salientes numa das paredes que apontavam para o eventual projecto de construção de uma terceira nave, que ficaria pelo caminho. Uma curiosa estátua de S. Bento (com chapéu) num andor, associada a vestígios de frescos do século XVI por trás do altar-mor e um tecto em masseira decorado com figuras de santos da Igreja constituem os principais motivos de atracção deste templo. O seu enquadramento arquitectónico foi alvo, no início dos anos 2000, de uma discutível intervenção marcada pela banalização do recurso ao granito.
A atmosfera fantasmática da localidade parece só ser modificada com as missas dominicais e, em particular, com a festa anual de 11 de Julho, quando o culto a S. Bento continua a mobilizar uma romaria de milhares de peregrinos.
Nesta associação da arquitectura popular com a religiosa, o exemplo mais popular desta região, e já em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, é o templo da Senhora da Peneda, cuja origem remonta a uma ermida do século XIII. Tem actualmente uma igreja de recorte barroco (séc. XIX) e uma via-sacra que de algum modo replicam as do Bom Jesus de Braga. Mas a Senhora da Peneda tem também um impressionante cenário natural e paisagístico, sob uma escarpa e um majestoso afloramento granítico – conhecido como o “Penedo da Meadinha” –, que a distingue do santuário bracarense. E é palco, todos os anos, durante uma semana no início de Setembro –com um dia reservado aos vizinhos espanhóis –, de uma das maiores romarias do Alto Minho, que Nuno Soares garante ter superado mesmo as multidões que demandam a Senhora da Agonia, em Viana do Castelo.
Brandas, verandas e inverneiras
Entre os santuários de S. Bento de Ermelo e da Senhora da Peneda, o passeio levou-nos a contactar com a realidade das brandas, as aldeias e aglomerados que são ainda a marca mais genuína da arquitectura popular desta região – como do concelho vizinho de Melgaço –, e testemunham, de forma ainda viva nalguns casos, aquilo que é o regime de subsistência mais estrita das populações.
As brandas – também designadas por verandas, por contraposição às inverneiras; ou seja, abrigos de Verão ou de Inverno – são os terrenos e os aglomerados habitacionais que as populações usa(va)m nas estações mais “brandas” do ano, e para onde se transumavam com os seus rebanhos caprinos e gado bovino à procura dos pastos que a neve e a geada tornavam inacessíveis no Inverno.
No percurso, já em pleno Parque Nacional, que liga o Soajo à Senhora da Peneda, há uma rede de brandas, das quais a de S. Bento do Cando é uma das mais curiosas. Não tanto pelo que ainda documenta daquilo que foi a vida difícil das populações na procura das melhores condições de subsistência, mas porque se mostra já como uma duplicação – e, nalguns casos, inesperada residência de Verão – da aldeia “inverneira” da Gavieira, sobranceira ao Rio Castro Laboreiro.
S. Bento de Cando foi também uma localidade fotografada por António Menéres no Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa, onde as velhas casas com cobertura de colmo ostentam agora as marcas da “modernidade” das chamadas “casas de emigrantes”.
O arquitecto e professor Manuel C. Teixeira (Universidade Técnica de Lisboa), que presidiu à comissão científica do colóquio de Arcos de Valdevez, manifestou aqui, em declarações à Fugas, a necessidade de se olhar para esta realidade no seu contexto sociológico. “Há um estigma associado a isto, que é as pessoas terem passado aqui muito frio e muita fome, e, obviamente, se têm recursos e possibilidades de mudar a sua casa, a tendência não será a de reproduzir os modelos antigos, mas outros, que associam a conforto e a um certo desafogo. E isso é perfeitamente legítimo”.
E o autor de Arquitecturas do Granito. Arquitectura Popular (um estudo também editado pelo Município de Arcos de Valdevez) leva-nos, em S. Bento do Cando, a ver o contraste entre um bom e um mau exemplo de intervenção em casas tradicionais. “É preciso educação e sensibilização. Se se mostrar às pessoas a beleza do que está aqui, que isto faz parte da cultura delas, da sua memória, e que é perfeitamente possível recuperar estas estruturas e dotá-las de condições de conforto, adaptando-as a outros modos de vida e aos seus anseios – e, muitas vezes, mais economicamente do que construir casas de raiz –, elas aceitarão esses argumentos”.
No limbo entre o abandono e a ruína
Há pois um longo caminho a percorrer, e enquanto esse percurso não é feito, a arquitectura popular desta e doutras regiões “está numa espécie de limbo entre o abandono e a ruína”, nota Fernando Barros, ao guiar já uma segunda visita da Fugas, conduzindo-nos, desta vez, a uma outra branda totalmente diferente da de Cando, na encosta oeste do Parque Nacional e no vale do Rio Vez. Trata-se do Alhal, uma branda de cultivo de centeio e de pastos, com um povoamento já muito mais disperso, e com a maioria das construções próximas da ruína, mas também do seu figurino primitivo. As casas são a reprodução das da aldeia (do Padrão), mas em ponto pequeno e muito mais simples. Mantêm ainda incólumes a pureza original, com a simplicidade da pedra sobre a pedra, respirando-se no interior de alguns dos abrigos (ou cortelhos) uma atmosfera quase sacra.
No percurso entre as dezenas de brandas – onde as vacas e os rebanhos (estes agora em número bem mais reduzido) continuam a ser reis –, o visitante desfruta também de uma paisagem única. Seja a das encostas e afloramentos rochosos da natureza selvagem do Parque Nacional, sejam os socalcos trabalhados e cultivados do vale do Vez, uns e outros agora ornamentados pelas cores violeta da urze e amarela das maias.
E, a cada curva da estrada, pode ser surpreendido com a arquitectura histórica e erudita de um Paço de Giela (Monumento Nacional desde 1910), com a sua torre do século XIV e edifício com janela manuelina do século XVI. Encontra-se em deplorável estado de conservação, a ruir aos bocados, mesmo se o município, que o adquiriu em 1999, tem vindo a tentar encontrar meios de o recuperar para o usufruto colectivo. Ou de um castelo oitocentista como o de Sistelo, um palácio revivalista mandado erigir por um bem-sucedido brasileiro torna-viagem, também em ruínas, mas que a junta de freguesia comprou e promete recuperar. Ou ainda a Torre de Aguiã (Imóvel de Interesse Público desde 1978), ainda habitada – aí se produz o vinho verde tinto da casta vinhão/Aguião –, mas a precisar de premente atenção patrimonial.
Nos percursos sugeridos pelo Turismo de Arcos de Valdevez (ver caixa), podemos ainda encontrar a arquitectura funerária das nove mamoas do Mezio, agora recuperadas, e associadas ao Centro de Interpretação do Parque da Peneda-Gerês (numa das cinco portas do Parque Nacional existentes em cada um dos cinco concelhos por que ele se estende), que congrega um inesperado parque lúdico e temático estilo “Portugal dos Pequenitos”.
E como “entre a arquitectura popular e a arquitectura erudita não existem fronteiras precisas: as casas populares, as grandes casas de lavoura e os solares rurais partilham um vocabulário de formas, de proporções e de materiais” – como escreve Manuel C. Teixeira no livro atrás citado –, o cruzamento destas expressões do edificado continuam a ser uma marca do território dos Arcos de Valdevez. E que vale bem a pena visitar.
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Informações
Centro Municipal de Informação e Turismo
Rua do Prof. Mário Júlio Costa
Tel: 258529045
E-mail: postoturismo.arcosdevaldevez@gmail.com
Os serviços de Turismo aconselham três roteiros diferenciados para a visita ao património da região: o primeiro entrando dentro do Parque Nacional da Peneda-Gerês, até à Senhora da Peneda e à Branda de Bousgalinhas (100 kms. e 5-6 horas de percurso); o segundo percorrendo as duas margens do Rio Vez até à aldeia de Sistelo (52 kms.; 3 horas); e a terceira, para ocidente, até às localidades de Jolda e Miranda (43 kms.; 2 horas). O ponto de partida pode muito bem ser na vila, na marginal urbana do Vez, o monumento de José Rodrigues evocando o histórico Recontro de Valdevez (1141), uma espécie de torneio medieval de caval(h)eiros entre Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII de Castela e Leão, que anteciparia a independência do Condado Portucalense – a obra é popularmente conhecida na terra como “o monumento dos cavaleiros sem pernas”.
Como ir
Arcos de Valdevez fica a cerca de 20 kms. a leste de Ponte de Lima, aí se chegando, a partir da A3 (Porto – Monção), através do IC28.
Onde ficar
A vila tem meia dúzia de hotéis e residenciais, com destaque para a incontornável Residencial-Restaurante Costa do Vez (telf: 258521065), e também o Hotel Ribeira (**), na margem esquerda do rio, junto à ponte românica (séc. XII). Mas o hotel mais “estrelado” é o da Peneda (***), um edifício enquadrado com o santuário e a encosta rochosa, inclusivamente com uma queda de água a passar-lhe por baixo.
No concelho, há já mais de três dezenas de possibilidades de alojamento em casas de campo e turismo de habitação. A Fugas visitou as Casas de Além (ver Fugas de ???) e de Sobrenatura (telm: 917540404), na aldeia de Gração, dois complexos que conciliam o respeito pela arquitectura tradicional com modernas condições de conforto e ainda uma vista soberba sobre o vale e o Rio Lima.
Onde comer
O roteiro pela arquitectura popular de Arcos de Valdevez poderá muito be começar, do ponto de vista gastronómico, em pleno centro da vila, por uma visita à Tasca do Delfim (Rua da Praça, 45; telf: 258515390), ou à Doçaria Central (Rua do General Norton de Matos, 47; telf: 258515215). Na primeira, pode-se “matar o bicho” – como se diz em terra minhotas – logo pela manhã, acompanhando com petiscos característicos da terra (enchidos, iscas, bolinhos de bacalhau...). O proprietário desta tasca é um exímio tocador de concertina, que fez parte da primeira banda de Quim Barreirso, e costuma brindar os visitantes com a sua arte. O local é também um autêntico “gabinete de curiosidades” rural, decorado com uma vasta colecção de concertinas e outros instrumentos musicais populares, mas também fotografias dos tocadores de passagem, relíquias, santos, xailes, galhardetes e cachecóis de clubes de futebol, cabaças, olaria, etc.
Na Doçaria Central, a poucos metros, pode-se tomar um café com um vasto sortido de doces regionais, charutos dos Arcos (doce de ovos) e rebuçados com a marca distintiva da casa.
Já no que diz respeito a restaurantes, aqui ficam cinco sugestões, entre os Arcos de Valdevez e o Soajo, por José Augusto Moreira:
Costa do Vez
Quinta de Silvares, EN101 (à saída para Monção). Telf.: 258516122
Casarão rural contíguo à moderna estalagem com o mesmo nome. Cozinha de grande qualidade e de sabores profundos e naturais, que honra os melhores pergaminhos da região, Oferta variada e diversificada de carnes, peixes frescos e sobremesas à base das melhores receitas da doçaria regional de carta de vinhos abrangendo todas as regiões. Sala ampla e ambiente confortável, com baixela adequada e serviço esmerado. Claramente um dos melhores restaurantes da região (preço médio: 20 euros).
O Lagar
Rua do Dr. Vaz Guedes, 45. Telf.: 258516002
Ambiente rústico e despretensioso com cozinha a condizer. Pratos regionais sempre muito bem confeccionados e com o sabor autêntico dos mais genuínos produtos locais e de temporada. Destaque para os cozinhados de tacho e assados no forno. Muito bom também o fumeiro da região, havendo ainda oferta diária de pratos de peixe fresco. Preços contidos e escassa oferta de vinhos. O espaço é acanhado, mantendo intactas as características dos fundos de uma antiga habitação, hoje no coração da cidade (preço médio: 15 euros).
Minho Verde
Rua do Dr. Mário Júlio Costa, 37. Telf.: 258516296
Este restaurante sobranceiro à avenida junto ao rio passa despercebido visto de fora, parecendo um café igual a tantos outros. Lá dentro, numa sala que divide o espaço com um balcão familiar, o cliente dispõe diariamente de dois pratos (entre os 6 e os 7 euros), que podem ser fanecas ou os saborosos rojões à moda da terra. Mas também pode ser convidado a experimentar o delicioso bacalhau frito “à moda de Braga”, polvo, bifes ou costeletas (com preços a subir já para os 12 euros). Nos vinhos, o melhor é aceitar a sugestão do verde branco da casa ou do tinto vinhão-Aguião.
O Espigueiro
Soajo. Telf.: 258576136
No Soajo, O Espigueiro oferece diariamente o tradicional cabrito (que surge acompanhado com legumes + batata + dois arrozes, de cenoura e de feijão!), mas também os bifes ou “nacos de carne” da raça autóctone cachena; para sobremesa, aconselha-se o bolo de mel, também uma tradição da terra. O preço médio duma refeição ronda aqui os 20 euros.
O Videira
Soajo, Largo do Eiró. Tel.: 258576205
Casa moderna e em pedra a imitar a rusticidade envolvente. Lista alargada à base de produtos da região, destacando-se os preparados no forno como cabrito, vitela e bacalhau. Aos fins-de-semana, há também um cozido ao estilo local. Doses generosas, envolvência ao gosto popular e carta de vinhos satisfatória. Em tempo de calor, o telheiro de entrada, voltado para o largo principal, é local aprazível (preço médio: 15 euros).
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Artigo publicado originalmente na revista Fugas de 11.05.2013