Fugas - Viagens

  • Atol de Male, Maldivas
    Atol de Male, Maldivas
  • Kandy, Sri Lanka
    Kandy, Sri Lanka
  • Banguecoque, Tailândia
    Banguecoque, Tailândia
  • Mbabane, Suazilândia
    Mbabane, Suazilândia
  • Maun, Botswana
    Maun, Botswana
  • Chennai, Índia
    Chennai, Índia
  • Saint-Pierre, Martinica
    Saint-Pierre, Martinica
  • Pemba, Moçambique
    Pemba, Moçambique
  • Fronteira entre a Índia e o Paquistão
    Fronteira entre a Índia e o Paquistão
  • Sossuvlei, Namíbia
    Sossuvlei, Namíbia

Workshops explicam o Gap Year e ensinam a organizar o ano sabático

Por Vânia Marinho

Uma longa viagem, uma pausa na vida, uma mudança. São estes alguns dos motivos para optar por um "Gap Year" (ano sabático): o viajante Loïc Pedras vai dar as dicas em workshops no Museu do Oriente, Lisboa. Também já estão agendados eventos na Escola de Hotelaria do Algarve e na Universidade Lusófona.

“Dar a conhecer o Gap Year e motivar as pessoas a fazê-lo”, ajudando a preparar com detalhe e a “aproveitar ao máximo as oportunidades que esta longa viagem gera” são os objectivos do workshop que se estreou no Museu do Oriente, em Lisboa.

Ao primeiro (18 de Janeiro), seguem-se mais duas sessões em Fevereiro (dia 1, entretanto esgotado, e dia 15) e outra em Março (dia 8). A dar as dicas estarão o formador Loïc Pedras em parceria com a namorada e companheira de viagem, Dina Cereja, autores da página Volta ao Mundo em 80 anos. 

Além do Museu do Oriente, estão também agendadas sessões para a Escola de Hotelaria do Algarve (dia 8/02) e Universidade Lusófona (22/02).

Um ano sabático é uma prática frequente em países da Europa Central e do Norte, da América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, como explicou o formador deste workshop e viajante Loïc Pedras, em declarações à Fugas. O Gap Year (que nem sempre dura um ano) é “um grande intervalo que cada vez mais pessoas tiram num momento de transição nas suas vidas, seja entre estudos, entre estudos e trabalho ou entre trabalhos”. Uma pausa que é aproveitada, muitas vezes, para se fazer uma longa viagem, muitas vezes tida como “a viagem da vida”.

O custo da inscrição é de 25€, sendo que o número máximo de participantes é de 20 pessoas (o número mínimo já foi atingido: dez participantes). E, como descreve Loïc, que já viaja “desde que estava no ventre da mãe”, muito mais que uma viagem, o Gap Year é uma oportunidade para se fazer voluntariado, aprender uma língua, tomar uma decisão difícil, experimentar coisas novas e, sobretudo, viver.

Para ajudar todos os interessados a “aproveitar ao máximo esta experiência”, Loïc  espera, com o conhecimento que adquiriu durante as inúmeras viagens que já fez, explicar o que é um ano sabático, qual a importância desta pausa e quais os truques para organizar esta viagem da melhor e mais sustentável forma. Espera também, como nos referiu, desmistificar algumas ideias preconcebidas de que “viajar é caro” até porque “existem no mundo mais de 150 países onde o custo de vida é mais baixo que em Portugal”.

O local onde será realizado o workshop, como explica Loïc, “não poderia ter sido diferente”. O Museu do Oriente é, para si, “uma grande casa de cultura” que, para além de uma “extensa colecção”, mostra-se “dinâmico e aberto à sociedade civil”. O museu e Loïc  colaboram desde 2011 na organização de um outro workshop – Viajar para quem trabalha. Equilibrar paixão e profissão. Esta colaboração, conta a responsável pelos cursos e conferências do Museu do Oriente, Isabel Saraiva, começou exactamente num workshop onde Loïc foi participante – uma oficina de viagens com Gonçalo Cadilhe – tendo proposto organizar ele próprio “um workshop de viagens para quem trabalha”.

Para além das viagens, dos melhores “negócios” para conseguir poupar nesta volta ao mundo que esperam desenvolver, Loïc e Dina são também especialistas em conciliar trabalho e a paixão de viajar. Pois é, não são viajantes de profissão, por mais que considerem que “viajar é uma das melhores maneiras de aproveitar o espaço, o mundo, o tempo, e a vida”. Loïc trabalhou no Comité Olímpico de Portugal e actualmente voltou a estudar; Dina é consultora de comunicação numa agência. 

Volta ao Mundo em 80 anos

Moçambique, África do Sul, Namíbia, Botswana, Zâmbia, Zimbabwe, Malawi, Lesoto, Tailândia, Camboja, Vietname, Malásia, China ou Malta são apenas alguns exemplos dos destinos por onde já andaram a viajar. Na sua página de Facebook (que será brevemente transformada em site), Volta ao Mundo em 80 anos, partilham o gosto que têm pelas viagens e “motivam as pessoas a viajar e a experienciar todos os benefícios e emoções positivas que as viagens podem despertar”, relata Loïc. Neste espaço que acaba por se tornar uma “plataforma de comunicação para viajantes”, como nota o autor, partilham as viagens que fazem, curiosidades, informações úteis, novos workshops e promoções. É aqui que querem “incluir as viagens nas nossas vidas” e transmitir a ideia de “viajar para a vida” – da mesma forma que falam em “educar para a vida”.          

Para que se perceba por que este casal tem as viagens “no sangue” basta olhar um pouco para as suas origens. Loïc é filho de emigrantes e viaja desde que estava no ventre da mãe, sendo que a sua memória mais antiga, explica, é justamente uma viagem entre Lisboa e Paris. Quanto a Dina, os seus pais “tratam as viagens por tu” – a mãe é agente de viagens – e “incutiram-lhe esse gosto e essa formação desde muito cedo”. Explicam que têm uma relação com as viagens “íntima e intensa” e que é nestas aventuras que dão e recebem muito e que se sentem “em comunhão com o mundo e as pessoas”.

Com um ano ainda agora a começar, a Fugas aproveitou para tentar saber quais são as viagens nos planos deste casal aventureiro. Desde logo, mais edições do workshop Viajar Para Quem Trabalha. Equilibrar Paixão E Profissão (uma das quais com a Fundação Serralves), a restruturação da página Volta ao Mundo em 80 anos, a ser lançada em site. Serão também guias de aventura na Agência de Viagens de Aventura Papa-Léguas e embaixadores de uma companhia aérea (Turkish Airlines). Quanto às viagens, respondem, Madagáscar, Uganda, Colômbia, Equador, Turquemenistão, Bangladesh, Vanuatu e as Ilhas Salomão “apoquentam-nos o espírito”.

Para se inscrever basta ir ao site do Museu do Oriente e escolher o curso e respectiva data (surgirá depois a ficha de inscrição -  o pagamento, 25 euros, pode ser efectuado através de cheque ou transferência bancária. Para outras sessões e actualizações de agenda consulte o Facebook.

__________
(actualizado a 27.01 com novos dados sobre o plano de wokshops)

--%>