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Nos caminhos da antiga Rota do Chá

Por Humberto Lopes (texto e fotos)

No sudoeste da China, às portas dos Himalaias, duas povoações assistiram ao longo de séculos à passagem de caravanas para o planalto tibetano e conservam memória dessa saga épica. A aldeia de Shaxi e a cidade histórica de Lijiang são, também, espelhos da China contemporânea e dos seus contrastes.

Jianchuan, uma encruzilhada mais ou menos a meio caminho entre as cidades de Dali e de Lijiang, no noroeste da província do Yunnan, é um ponto de passagem para quem segue viagem até à aldeia de Shaxi.

As três cidades estão ligadas pela estrada nacional 214, a versão moderna de um dos dois percursos principais da antiga e milenar Rota do Chá e do Cavalo — Cha Ma Dao, em mandarim, ou Gyalam, na língua tibetana —, que transitava por Shaxi e por Lijiang, o centro da riquíssima cultura Naxi. O outro tramo, que partia de Ya’an, na região de Chengdu, província de Sichuan, foi integrado na nacional 318, a mais longa estrada chinesa, que liga Xangai ao Tibete ao longo de mais de 5300 quilómetros.

Apesar de a rota se ter mantido activa até ao nascimento da República Popular da China, há pouco mais de sessenta anos, parece não restar muito dos antigos trilhos, engolidos por matagais, pela rápida urbanização e pela construção de estradas a partir dos anos 1950.

Hoje, os guias que conduzem os viajantes por breves trechos da rota são depositários de muita informação legada pelos pouquíssimos carregadores sobreviventes, quase todos à beira dos cem anos. As memórias desses intrépidos viajantes não aproveitam apenas à arquitectura de breves expedições pelos trechos da Cha Ma Dao que vão sendo reconstituídos.

São também contribuições preciosas para o conhecimento de uma das vias comerciais mais antigas do mundo e para a percepção de outros aspectos da história de uma bebida que se associou no Oriente, nomeadamente na China e no Japão, a rituais de celebração da harmonia.

Imagens da China rural

Shaxi é uma aldeia situada à entrada de um vale amplo, atravessado por um rio, o Heihui, que mais adiante oferece as suas águas ao caudal do Mekong. Nas encostas do vale avistam-se outras aldeias, erguidas com a construção típica desta zona do Yunnan, casinhas térreas ou de dois pisos com paredes alvas e telhados negros, aconchegadas umas às outras e apenas separadas por ruas estreitas.

Na parte mais antiga de Shaxi dominam tonalidades ocre nas paredes das casas, mas os telhados mantêm o negro das telhas chinesas de forma cilíndrica.

Da rua onde me apeio da mini-van que traz uma dezena de passageiros de Jianchuan, e onde se agrupa casario recente, caminho até à Praça Sideng por uma calçada flanqueada por dois riachos cantantes e algumas tasquinhas de apelativos aromas. A praça, coração e ex-líbris da aldeia, é um impressivo conjunto arquitectónico dos tempos em que Shaxi acolhia as caravanas que se dirigiam para o Tibete — o único do seu género que chegou até aos nossos dias.

No largo, na face sul, há uma portinha baixa, mesmo ao lado do teatro, com um letreiro por cima: Horse Pen 46 Guesthouse. A pousada é antiga e cheia de carisma, um exemplo da arquitectura da minoria Bai, com varandins em madeira voltados para um pátio interior. Há outras pousadas semelhantes em Shaxi, mais vistosas e renomadas, mas é esta que procuro: pelo nome, pela localização, pelos pergaminhos arquitectónicos enraizados em saberes e técnicas que os Bai conservam geração após geração, pelas vistas traseiras para o vale e para as montanhas.

Ao pousar a mochila na recepção, travo conhecimento com aquela que será a minha companhia nas noites de repouso das caminhadas, no pátio, com uma taça de vinho de arroz à mão para atalhar o frio: o Shangri-la, um mastim tibetano pachorrento, de cabeça enorme, dentes robustos, olhar meigo e, pelos vistos, avesso à solidão.

A Praça Sideng: um teatro secular com um palco exterior, para entretenimento da gente das caravanas, casario de madeira e adobe a toda a volta e ruelas como a South Tibet Alley — assim, mesmo, em inglês, na placa bilingue. Na face norte, no templo Xingjiao, convivem elementos do budismo, do taoísmo e do confucionismo. Todo este conjunto que assenta pé na praça foi objecto de restauro recente, com a cooperação do World Monuments Fund e do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique.

A praça está quase sempre vazia de gente: um ou outro passante, uma velhinha de blusa, colete e avental em tons de azul, à porta de uma loja, dois ou três turistas sentados em redor de uma mesa de madeira e de umas garrafas de Dali, a popular cerveja local. A Shaxi não chegou ainda a emergente vertigem do turismo interno.

Em benefício da tranquilidade joga o facto de não haver, para já, muito que fazer na aldeia e nos arrabaldes, a não ser mergulhar na modorra da vida rural, vadiar pelo vale e ir recenseando, com vagar sábio e ocioso, os signos que fazem da aldeia o entreposto da antiga Cha Ma Dao em melhor estado de conservação. Apesar das potencialidades de atracção de viajantes, o turismo é uma actividade residual: mais de 70% do rendimento da população provém da agricultura.

Uma volta pelos campos cultivados, nas margens do Heihui, oferece-nos a visão contrastante de uma China rural, tão distante das cidades em modernização acelerada: azáfamas agrícolas em sistema de minifúndio, pouco ou nada mecanizadas, o roncar anacrónico das velhas camionetas de motor à vista, sobreviventes dos tempos da

Revolução e do infausto Grande Salto em Frente, mulheres com cestos às costas, bonés e túnicas à Mao, cerimónias animistas na velha ponte de pedra, calcorreada por burricos e cavalos a caminho da feira semanal, guardadoras de patos pastoreando os bichos, ao fim da tarde, na berma do rio.

Num dos modestos restaurantes situados à boca da praça servem-me uma das deliciosas sopas do Yunnan, uma mistura substanciosa de noodles com generosa abundância de legumes, carne, cogumelos, ovos esfiados e uma junção capciosa de especiarias, incluindo o imprescindível gengibre.

Parece que há mil e uma maneiras de confeccionar a guoqiao mixian, como pude confirmar em muitos lugares da província — as variações resultam, sobretudo, das diferentes combinações de ingredientes e da mão do cozinheiro.

Regresso amiúde ao tasco, pelos sabores e pelo cantar da água no ribeirinho — e porque a guoqiao mixian se come a qualquer hora do dia, do amanhecer à ceia. Numa das tardes em que me demoro a tomar um chá, depois de uma “peregrinação” ao Templo da Compaixão Feminina, numa aldeia próxima, dois jovens sentados numa mesa ao lado dão uma ajuda na comunicação com a cozinheira.

Um deles, Wei, que mora em Jianchuan e se lembra de um tio-avô que contava histórias das caravanas, tem vindo a ganhar calo como guia local. Acredita que o futuro de Shaxi, depois das caravanas de chá e da agricultura, assentará os pés no turismo: “Agora já não temos o Mao a distribuir terras a camponeses para os tirar da escravatura da Cha Ma Dao.”

Não percebi, pela expressão, se a ausência de Mao Ze Dong seria uma bênção ou o contrário. Pensando certamente nas novas caravanas que a recém-inaugurada auto-estrada entre Dali e Lijiang há-de trazer um dia destes, Wei não tem dúvidas quanto à aposta que tem que fazer para que a fortuna lhe sorria. “Um dos melhores negócios em Shaxi, agora, é uma agência de guias de trekking.” E desfia, entre goles de um refrigerante apátrida, uma série de alvitres para exploração dos arredores da aldeia. Um deles é o de uma jornada, a passo de mula, à montanha Shibaoshan, para ver umas antiquíssimas imagens budistas esculpidas na rocha. “De acordo, meu caro Wei, vem mesmo a calhar, amanhã vamos a Shibaoshan.”

O labirinto harmonioso

Descending from the pass, the loveliness of the valley hit me with staggering force, as it always did when I made this journey to Likiang in spring-time. I had to dismount and contemplate this scene of paradise.” A descrição é de Peter Goullart, um viajante e explorador russo que viveu em Lijiang uma dezena de anos, até à fundação da República Popular da China, em 1949. Goullart tinha já passado largo tempo em Xangai, falava fluentemente mandarim e naxi, uma língua sino-tibetana, e deixou em The Forgotten Kingdom um testemunho vívido do universo social e cultural dos povos da região, descendentes das antigas tribos tibetanas Qiang.

Conta como a nação Naxi revelava muitas influências religiosas e culturais da sociedade tibetana e como, em contraste com a maioria Han, era bastante receptiva à presença de estrangeiros, apesar da localização do seu pequeno reino, encravado numa zona montanhosa confinante com os Himalaias e o norte remoto da Birmânia. Por volta desses anos também aqui viveu o botânico e geógrafo Joseph Rock. Obrigado a deixar a China, tal como Goullart, na sequência do triunfo do Exército Vermelho e da chegada de Mao ao poder, Rock escreveria mais tarde, com esperança, ainda, de um regresso a Lijiang: “I want to die among those beautiful mountains rather than in a bleak hospital bed all alone.”

Como seria a bela Lijiang há trinta anos, quando a China começou a despertar e, logo a seguir, iniciou um processo de progressiva abertura ao exterior? Não é difícil imaginar o contraste com o actual ambiente sempre domingueiro e hedonista, com milhares e milhares de turistas nas ruas, centenas de bares com música ao vivo, discotecas com DJ de gestos e gostos padronizados, lojas repletas de artesanato e de uma imensidade de produtos típicos da província, como o famoso chá Pu’er. Lijiang passou, no espaço de tempo de três décadas, de uma tranquila cidade de província para um destino turístico com uma média de cinco milhões de visitantes por ano.

As primeiras horas da manhã são as mais propícias à descoberta desta pequena Veneza — ou talvez se devesse dizer Amesterdão, por causa das estreitas alamedas sombreadas que acompanham muitos dos canais.

Sobre os canais há dezenas de pontes de pedra, tão ricamente esculpidas, algumas, como as janelas, portas e estruturas de madeira das casas, com os seus motivos decorativos da cultura Naxi. Na cidade velha, a arquitectura dos edifícios reflecte a obsessão harmónica do fengshui, consubstanciada num padrão que replica por toda a parte o mesmo plano e os mesmos belos e serenos pátios povoados de jardins e plantas ornamentais.

Nas zonas mais frequentadas da cidade velha reina uma atmosfera difícil de catalogar, entre a veneração do passado — que a exemplar conservação arquitectónica e a evocação das tradições culturais naxi, antes banidas ou censuradas pela Revolução Cultural, traduzem — e o kitsch da quinquilharia das lojas de artesanato e dos enfeites delirantes dos restaurantes mais amados pelas hordas de forasteiros. Tudo temperado por um eufórico espírito consumista, o mesmo que achamos agora noutras cidades chinesas, em tudo diverso do que era costume na China austera e sisuda dos tempos maoístas.

Uma actividade que parece colher crescente popularidade entre os turistas chineses foi a que vi em duas ou três casas de fotografia de Lijiang — estabelecimentos que combinam a arte fotográfica com serviços de maquilhagem e caracterização, incluindo um vistoso guarda-roupa.

A inovação é curiosíssima: uma espécie de criação de personagens que permite aos visitantes levarem para casa, em registo fotográfico, não apenas o cenário em bruto, e a sua anacrónica figuração nele, mas também a respectiva encenação num quadro fantástico, como actores vestidos “à época”.

Ao fim da manhã já impera uma ebulição turística que monopoliza todo o espaço disponível nas ruas e lojas da cidade velha. É o momento de me retirar para um dos restaurantes populares de mesas e banquinhos baixos, em madeira, num bairro mais sossegado, para os lados da Wuyi Jie. No último dia escolho o meu preferido, onde a versão local do nasi goreng (arroz frito com legumes e molho de soja) é especialmente saborosa. Numa das paredes da sala-cozinha foram pintados signos da escrita dongba, uma escrita pictográfica usada pela cultura naxi desde o século VII. Foi o senhor Feng, um homem magro e discreto, marido da senhora Mei, a cozinheira, quem os pintou.

A senhora Mei serve-me um chá mal acabo de me sentar. Parece que adivinhou que esta é minha última refeição em Lijiang: passados uns minutos vem oferecer-me alguns pequenos presentes, um deles é um pedaço de tela com figurinhas dongba, um pássaro em pleno voo, uma flor murcha, uma casa vermelha. Tenta explicar-me o significado, mas em vão. Percebo apenas que a pintura do fragmento é obra do senhor Feng e que aquele gesto amável tem a assinatura de ambos.

A cultura naxi aos pés da montanha do Dragão de Jade

Das povoações tocadas pela Rota do Chá, na China, nenhuma conserva o esplendor arquitectónico de Lijiang. A cidade foi classificada pela UNESCO como Património Mundial em 1997, quando da reconstrução que se seguiu ao sismo de 1996. Nos critérios da classificação foram relevados valores como a autenticidade, a qualidade arquitectónica e a síntese cultural de tradições que a cultura naxi representa.

O centro histórico reúne um impressionante acervo de edifícios em madeira e pedra, de traça arquitectónica naxi, e convida a passeios pelo intrincado labirinto de ruas e ruelas. A experiência é singular noite dentro, com a cidade já adormecida, quando a iluminação nocturna e as omnipresentes luzes vermelhas conferem uma atmosfera feérica à cidade.

A subida ao monte Wan Gu Lou é uma etapa essencial na visita a Lijiang. É um lugar relativamente calmo, onde podemos absorver o soberbo panorama de um mar imenso de telhados negros. Para sul fica a sumptuosa residência de uma família aristocrática que governou Lijiang durante quatro séculos, transformada agora em museu, e um templo taoísta.

Lá ao fundo, a praça do antigo mercado e as coreografias de meia-dúzia de cavaleiros oferecendo aos forasteiros os préstimos dos seus cavalos tibetanos. Aí, com o cenário, ao longe, da Yu Long Xue Shan, a montanha do Dragão de Jade, realiza-se diariamente um espectáculo de música e danças tradicionais. Vale a pena, também, estar a atento à agenda de concertos de música Dongjing, uma antiquíssima expressão musical ligada a rituais taoistas, executada pela Orchestra Naxi.

O lago do Dragão Negro (Heilongtan), rodeado por jardins, templos e pagodes, oferece uma das imagens mais conhecidas de Lijiang: um “postal” com a ponte de mármore, em arco, um pagode da dinastia Ming, e, no horizonte, os picos nevados da montanha do Dragão de Jade. No interior do parque existe um interessante museu dedicado à cultura naxi e à escrita dongba.

A sequência de cumes da montanha do Dragão de Jade, um deles acima dos 5500m, é um dos primeiros grandes sinais dos Himalaias no Yunnan e é destino de concorridas excursões. Há possibilidade de trekkings, além de expedições a diferentes altitudes, até ao máximo de 4600m.

Para tal, há guias e mulas disponíveis na aldeia de Baisha. A povoação, outrora centro político, cultural e económico da minoria naxi, conserva edifícios históricos incluídos também na classificação da UNESCO e é uma excelente alternativa ao frenesim turístico de Lijiang. Há, ainda, um interessante mosteiro tibetano na montanha Puji e um punhado de aldeias naxi nas redondezas. Para os aficionados do ecoturismo, há muitas alternativas à montanha do Dragão de Jade. A Lijiang Xintuo Ecotourism (www.ecotourism.com.cn), uma entidade em que participam famílias de várias aldeias naxi, tem uma grande variedade de propostas no âmbito e no espírito do “turismo sustentável”.

As viagens do chá

Mais antiga do que a famosa Rota da Seda, a Rota do Chá e do Cavalo remonta ao século VII, ao tempo da Dinastia T’ang. Embora talvez em menor escala do que a sua congénere do Norte (que ligava o Oriente e a Europa), proporcionou também, durante cerca de 1300 anos, uma permanente comunicação entre populações da China e do Tibete, com as inerentes trocas comerciais acompanhadas por circulação de ideias e elementos culturais.

As caravanas de mulas e carregadores que percorriam a rota, em viagens que duravam vários meses, transportavam chá da região de Chengdu, na província central de Sichuan, e de Xishuangbanna, no sudoeste do Yunnan, onde o clima subtropical favoreceu o crescimento da Camellia sinensis em estado selvagem e onde se desenvolveu uma das primeiras produções de chá do mundo. 

O chá, produto muito apreciado pelas populações do planalto tibetano, era trocado pelos afamados cavalos do Tibete, de que a China tinha grande necessidade. Nessas viagens, muitas vezes fatais para os carregadores (as tempestades de neve, os trilhos pendurados em ravinas e os assaltos eram uma ameaça permanente), cada homem transportava às costas entre 60 a 80kg de chá.

A redescoberta deste itinerário recebeu um importante impulso da experiência do canadiano Jeff Fuchs, um misto de explorador, fotógrafo e académico. Fuchs, com uma equipa expedicionária de seis elementos e umas quantas mulas, palmilhou todo o percurso desde o extremo sul do Yunnan até Lhasa, passando por Dali, Shaxi, Lijiang e Zhongdian (Shangri-la) e atravessando a seguir as difíceis veredas dos Himalaias. A jornada durou sete meses e Fuchs publicou a seguir, em 2008, no livro The Ancient Tea Horse Road: Travels With the Last of the Himalaia Muleteers, um relato da experiência, descrevendo os trechos da rota que conseguiu identificar ao longo dos 2500 quilómetros percorridos.

GUIA PRÁTICO

Como ir

A província do Yunnan está situada no sudoeste da China junto às fronteiras com o Laos, Birmânia e Vietname. Os voos de ligação entre Kunming, a capital, e a Europa têm escala em Pequim e em Xangai, cidades de onde se pode voar para Lijiang. Não há voos directos a partir de Portugal para essas duas cidades, pelo que é necessário fazer uma escala europeia.

Pode ser útil sondar as tarifas de companhias chinesas como a Hainan, a Eastern China Airlines ou a South China Airlines, uma vez que, havendo a necessidade de articular voos internos, as tarifas podem ser mais aliciantes. De Kunming para Lijiang há ligações ferroviárias e aéreas diárias. Para Shaxi, tanto a partir de Dali como de Lijiang, se a opção for a de utilizar transportes públicos, é necessário mudar de autocarro em Jianchuan. Há ligações frequentes entre estas localidades.

Quando ir

O clima é subtropical, pelo que a melhor época para viajar decorre de Outubro a Maio. O Inverno é geralmente seco, com temperaturas amenas durante o dia e noites frias. São frequentes os nevões na montanha do Dragão de Jade.

Onde ficar

Em Shaxi, a opção Horse Pen 42 Guesthouse tem uma razoável relação qualidade-preço, para além do carisma. Há outras ofertas de alojamento, mais confortáveis, igualmente no centro da aldeia, como a Tea and Horse Caravan Trail Inn, Sideng Jie, 83 (tel.: 86 888 472 1051).

Em Lijiang a oferta de alojamento é proporcional à procura, pelo que há inumeráveis possibilidades de escolha. Muita da oferta mais interessante está instalada em casas tradicionais, com simpáticos pátios interiores.

Para a opção económica, dois estabelecimentos muito frequentados por backpackers de todo o lado: Dongba Hotel, Wenzhi Alley, 109 (tel.:86 888 5121975) e Mama Naxi’s Guesthouse, Wangjia Zhuang Lane, 70, Wuyi Jie (tel.: 86 888 5107713). Opção de maior conforto é o Zen Garden Hotel, Xinhua Street, 37 (tel.: 86 888 5189799, www.zengardenhotel.com), um três estrelas notável pela localização, com vistas sobre a cidade, e pela arquitectura e decoração tradicionais. Os hóspedes têm a possibilidade de assistir e participar numa “cerimónia do chá” tradicional.

Informações úteis

Os cidadãos portugueses precisam de visto para a China, que pode ser requerido nos serviços consulares da respectiva embaixada em Lisboa. Mais informações em http://pt.china-embassy.org

 

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