Fugas - Viagens

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    Rotemburgo DR/Turismo de Rotemburgo
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    A cantar o Natal MICHAELA REHLE/REUTERS

Na Baviera, o Natal cabe todo num mercado

Por Patrícia Carvalho

Bebemos vinho quente, vimos presépios, passeámos num mercado de Natal instalado num castelo e perdemo-nos na enorme fantasia natalícia que é o mercado de Marienplatz, em Munique.

A neve pode ainda não ter chegado à Baviera, na Alemanha, mas os mercados de Natal já se instalaram em força. Por esta altura, eles são um atractivo adicional para cidades que não precisavam de mais desculpas para serem visitadas. Oferecendo vinho quente, doces de gengibre, chocolates de todos os tipos, enfeites de madeira ou artigos em lã, os mercados são verdadeiros chamarizes para alemães e estrangeiros. Se ainda não fez as compras de Natal, dê um salto a um deles. E, se já fez, dê lá um salto na mesma. Até porque, por esta altura, é bem provável que a neve já tenha chegado, afinal, e o espírito de Natal anda mesmo à solta por estes lados.

Rothenburg ob der Tauber

Rothenburg ob der Tauber (Rotemburgo sobre o Tauber) é “a” cidade de Natal. O centro histórico da cidade medieval é uma verdadeira ode às festas de Dezembro, esteja onde estiver. O Natal anda à solta nos muitos abetos naturais enfeitados com lâmpadas brancas espalhados por ruas e pátios, nas montras cobertas de brinquedos, doces e enfeites natalícios, nas luzes que pendem dos candeeiros das ruas e no cheiro a vinho quente que invade a Praça do Mercado. É aí, em frente ao edifício da câmara municipal, com uma parte gótica e outra renascentista, que está instalado o mercado de Natal de Rotemburgo e é também aí que acontecem muitas das celebrações que marcam esta época do ano, desde paradas de crianças carregando candeias de papel iluminadas à chegada do Pai Natal, passando pela presença do “Reiterle”, uma figura lendária, que se dizia ser um mensageiro do outro mundo, flutuando no céu com as almas dos mortos, mas que hoje chega montado num cavalo e já não assusta ninguém.

Em Rotemburgo, o mercado tem sido uma presença constante desde há 500 anos e não está contido na praça. Ele envolve o edifício da câmara, passa para uma praça ali ao lado e continua junto ao carrossel. Até 23 de Dezembro, as barracas de madeira são procuradas por milhares de pessoas que querem levar para casa um presente, por turistas que querem um produto original feito na Alemanha ou simplesmente por quem procura aquecer o corpo com um glühwein e dizer adeus à fome com uma deliciosa salsicha, grande de mais para o pão redondo em que é servida.

O Natal em Rotembugo podia, contudo, ser conhecido apenas por outro nome: Käte Wohlfahrt. Se Rotemburgo é “a” cidade do Natal na Baviera, será, em grande parte, por causa desta loja, “a” loja de Natal. Aberta todo o ano, oferecendo mais de 30 mil produtos originais e suficientemente grande para conter, no interior, uma Aldeia de Natal e o Museu do Natal — onde é possível ver decorações alemãs desde o século XVIII —, a Käte Wohlfahrt pode muito bem ser a principal razão para escolher fazer as suas compras de Natal em Rotemburgo. Não é que não existam outras lojas da marca na Alemanha, e até em França e na Bélgica, mas aqui é a casa-mãe, o local onde tudo começou e é impossível, para quem gosta minimamente da época, escapar a uma visita (uma longa visita) à loja na rua principal do centro histórico. E, quando se cansar de passear por este mundo interminável e colorido, atravesse a rua e vá à  Christkindlmarkt. Não há que enganar, é mesmo em frente e, sim, esta é que a loja original aberta pela família Wohlfahrt, em 1977 (depois de terem criado a marca e começado a vender em feiras e mercados em 1964), antes de se mudar para o espaço maior, em frente. Os produtos são os mesmos, mas tem mais uma desculpa para voltar a procurar tudo o que lhe apetece entre prateleiras coloridas. 

Apesar deste frenesim natalício, Rotemburgo tem muito mais para oferecer do que presentes de Natal, pelo que é possível ficar encantado com a cidade, mesmo sem pôr os pés no mercado ou na loja mais conhecida do centro histórico. Na realidade, o facto de ser um local encantador salvou-a, durante a II Guerra Mundial, como nos contou o “guarda nocturno” durante uma visita guiada à cidade, à noite, que não deve mesmo perder (a versão em inglês começa às 20h e custa sete euros por adulto).

Ao longo de quase uma hora, o guia, com uma longa capa e chapéu negros, carregando uma lança e uma candeia, leva os turistas num passeio pelas ruas vazias de gente de Rotemburgo, contando a história da cidade. Com uma entoação e um texto dignos de um belo actor, o guarda nocturno transporta-nos até aos tempos medievais, quando a cidade florescia e enriquecia, à custa dos têxteis e da agricultura, ao mesmo tempo em que era um dos principais pontos de passagem no centro da Europa, tanto mais que ali se cruzavam vários caminhos de São Tiago (esse é também o nome da catedral da cidade, St. Jakobskirche, no original). Depois, deixando as ruas e casas apalaçadas para trás, leva-nos para lá da muralha, contando como a Guerra dos 30 anos (1618-48), que opôs católicos e protestantes, marcou o início do declínio da cidade protestante, depois de esta ter sido ocupada, durante cerca de três meses, por um exército católico. “A cidade jurou resistir e fê-lo... Durante dois dias. Ao terceiro dia, um dos nossos guardas decidiu entrar na torre onde se guardava a pólvora... Com uma tocha ligada! Podem imaginar o que aconteceu a seguir”, conta o guarda nocturno, com a sua entoação exagerada, arrancando gargalhadas aos ouvintes atentos, reunidos à sua volta.

A esta visita indesejada está ainda associada uma lenda (e não mais do que isso, garantem-nos), que conta que, desafiado a beber o equivalente a três litros de cerveja de um só trago, para evitar a destruição total do burgo, o presidente da câmara, Georg Nusch, conseguiu fazê-lo. A lenda do “Meistertrunk” ainda hoje é celebrada na localidade situada na Estrada Romântica alemã. “Há alguns anos houve um turista canadiano que quase conseguiu cumprir a façanha, mas não acabou bem. Teve de ser levado para o hospital com envenenamento alcoólico”, conta Daniel Weber, o guia que nos acompanhou durante uma visita diurna à cidade.

Depois da invasão, em 1631, Rotemburgo entraria numa longa fase de declínio e esquecimento e os vários guias que nos acompanham em redor dos edifícios medievais do centro histórico contam todos o mesmo: “Ela foi preservada pela pobreza.” Ou seja, sem dinheiro para modernizar as suas casas ou para construir novos edifícios com os estilos mais modernos, os habitantes deixaram a cidade manter-se como era. Rotemburgo só sairia deste longo sono quando, no século XIX, chegaram os primeiros artistas e pintores. Encantados com as casas apaineladas, com os edifícios majestosos ou com recantos como aquele de onde se vêem duas torres da muralha, o Plönlein (e que inspirou os cenários para o filme Pinóquio, de Walt Disney, de 1940), os pintores espalharam a imagem da cidade pelo mundo, atraindo gente de todo o lado.

E chegamos assim à II Guerra Mundial. Depois do bombardeamento que arrasou o centro de Nuremberga, parte do exército alemão refugiou-se em Rotemburgo sobre o Tauber. A ordem era, como sempre, para resistir até ao último homem. Tanto mais que esta cidade tinha um significado especial para os nazis, que a apelidaram de “a mais alemã de todas as cidades alemãs”. A 31 de Março, a cidade foi assim bombardeada, mas por sorte (e graças ao nevoeiro), o centro não foi atingido. Ainda assim, 40% de Rotemburgo foi destruída e as ordens dadas ao exército norte-americano, que estava a pouca distância, eram para que destruísse o resto da cidade, recorrendo à artilharia.

Só que, entre os responsáveis por este exército estava John McCloy, adjunto do secretário de Guerra norte-americano e responsável por várias decisões militares. Ele nunca tinha estado em Rotemburgo, mas a sua mãe sim. E ela pintara a cidade. O quadro fascinara-o em criança e, agora, ele que nunca lá estivera, não queria ver Rotemburgo reduzida a cinzas. Por isso, ordenou que fosse dada uma oportunidade aos soldados alemães para abandonarem a cidade e evitarem, assim, a sua destruição. O militar alemão que assumira, naquele dia, o comando dos homens ali estacionados, arriscando ser fuzilado por algum dos seus compatriotas, decidiu entregar a cidade aos norte-americanos, abandonando-a, com todos os seus soldados. Rotemburgo salvou-se. Sem dinheiro, os responsáveis pela cidade publicaram anúncios em jornais de todo o mundo, pedindo auxílio para reconstruir as muralhas e o centro histórico. Um passeio pela muralha vai mostrar-lhe como esse pedido foi atendido e a ajuda chegou de todo o lado — os nomes dos benfeitores estão gravados na pedra e os mais antigos têm associado a indicação “um metro” ou “dois metros”, indicando quanto da velha muralha foi reconstruída graças àquela contribuição. Hoje, Rotemburgo é de novo uma cidade rica. “Graças a vocês, os turistas. Obrigada por virem”, diz, sorridente, o guarda-nocturno.

Bamberga

A bela Bamberga, classificada pelo UNESCO como Património da Humanidade em 1993, e que tem um centro histórico repleto de edifícios medievais, góticos e neoclássicos, tem o seu mercado de Natal instalado na praça principal da cidade, a Maxplatz.

De noite ou de dia, os habitantes enchem o espaço e até o vendedor de enchidos se deixou contagiar pelo espírito da época, apresentando produtos envolvidos em papel com a imagem do Pai Natal. Mas Bamberga no Natal é também uma espécie de montra de presépios, que estão espalhados pela cidade, com diferentes tamanhos e de diferentes épocas.

O que precisa de saber sobre os presépios das igrejas (católicas ou protestantes) é que eles não se mantêm estáticos ao longo do tempo. Avançam à medida que o Natal se aproxima, voltam a mudar já depois de o dia 25 de Dezembro passar.

Na catedral, a 5 de Dezembro, já ficara para trás a cena da Anunciação, e apresentava-se a cena em que Maria conta a Isabel que foi visitada por um anjo e a notícia que este lhe levara. Neste fim-de-semana, o cenário deverá mudar de novo, para que os visitantes possam ver uma representação da viagem de Maria e José, em busca de um local seguro para o nascimento de Jesus. Os Reis só chegam lá para 6 de Janeiro de 2015.

É assim um pouco por toda a cidade, embora em pátios privados, algumas igrejas ou montras de antiquários possa encontrar já todos os elementos que compõem os presépios tradicionais. Vale a pena prestar atenção aos detalhes das figuras criadas no século XVIII, expostas em alguns locais, com as suas caras de cera e as roupas bordadas a fio prateado ou dourado. E, se for fã destas instalações, não deve mesmo perder o Museu da Natividade (Krippen Museum), que Eric Baumann criou em 2000, por uma questão de paixão. Pelos presépios, claro.

O coleccionador, estudioso e restaurador de presépios tem milhares destas peças guardadas, mas expõe, durante todo o ano, algumas delas. A exposição vai mudando, já que os cerca de 60 presépios expostos constituem apenas “um ou 2%” da totalidade da colecção, explica-nos. Será, por isso, muito difícil encontrar as mesmas peças expostas se decidir passar por lá mais do que uma vez ao longo do ano.

O mesmo não se pode dizer do presépio que, por esta altura, está exposto no Museu da Cidade, no fabuloso edifício da antiga Câmara Municipal, instalado sobre o rio Regnitz. Uma verdadeira raridade, uma obra-prima do barroco, o presépio com mais de 400 figuras integra a colecção privada dos Ludwig (uma família famosa pelo valor extraordinário da sua colecção de obras de arte) e está em exibição apenas na época natalícia, até 11 de Janeiro de 2015.

Seja para ver presépios ou para procurar o presente ideal em Maxplatz (e também lá está montado um presépio, claro), não faltam boas razões para visitar Bamberga nesta época.

Regensburg

Regensburg (Ratisbona) foi classificada pela UNESCO como Património da Humanidade em 2006 e não é difícil perceber porquê. A cidade é um livro aberto de história para cada lado onde se olha. As fachadas neoclássicas ocultam ou deixam ver pormenores que denunciam a origem medieval da maior parte dos palácios do centro histórico e Elizabeth Wurzinger, que nos guia pela cidade, não pára de nos incentivar a entrar em todos os pátios e a explorar o que se encontra dentro de cada porta aberta, porque há sempre mais tesouros escondidos. Há torres, muitas torres, espalhadas pelas ruas, a maior parte das quais já sem a parte superior, mas não deixa de ser divertido procurá-las entre os edifícios. Há arcos romanos ainda preservados em pleno centro histórico e a ponte de pedra do século XII, com cerca de 350 metros de comprimentos, está a sofrer um profundo restauro, que deve durar mais alguns anos, mas ainda pode ser atravessada a pé. Saindo praticamente incólume dos bombardeamentos Aliados na II Guerra Mundial (de novo, parece ter sido o nevoeiro a salvar a cidade), Ratisbona apresenta-se como “o único grande centro medieval na Alemanha ainda preservado” e só por isso já mereceria uma visita.

Mas é Natal e em Ratisbona isso significa que há uma razão extra para passar por lá. Porque os mercados são variados e podem ser visitados a pé, sem grande esforço. O maior de todos, de livre acesso, é o Christkindlmarkt, em Neupfarrplatz, onde o cheiro a vinho quente e a amêndoas torradas anda de mão dada com as meias de lã, os enfeites de vidro pintado, os anjos feitos de leves penas brancas ou os tradicionais enfeites em madeira de Nuremberga. Não muito longe, o Mercado dos Artesãos, em Haidplatz, tem artigos diferentes, de produção artesanal e um palco para espectáculos. Do outro lado do Danúbio, há o pequeno Mercado das Lãs, onde se vendem artigos neste material e muitas bebidas quentes.

Mas o mercado mais espectacular de todos os mercados de Ratisbona não está num espaço público nem é de entrada gratuita. Um adulto precisa de pagar 8,5 euros para lá entrar, mas não há Mercado de Natal mais romântico em toda a Baviera e ele é também um dos mais bonitos do mundo, asseguram-nos — e nós acreditamos.

O Mercado de Natal Romântico (é mesmo assim que se chama) está instalado nos pátios e junto à floresta do castelo de St. Emmeram, também conhecido por Castelo Thurn und Taxis, por ser este o nome da família que ainda hoje lá habita.

O caminho para os pequenos postos de venda em madeira é iluminado por tochas e por todo o lado há fogueiras acesas em torno das quais os visitantes se aquecem. Vendem-se velas, chapéus (o famoso mestre chapeleiro Andreas Nuslan tem lá um posto de venda), cestos feitos na hora, enfeites para as portas, jóias e enfeites de Natal de todos os materiais. À hora certa, na varanda do castelo, surgem músicos que entoam algumas peças natalícias e uma jovem de longos cabelos louros e vestida de anjo lê peças de Natal para os visitantes que, no pátio, erguem a cabeça para ela. Caíssem uns flocos de neve e não teríamos qualquer dúvida de que tínhamos acabado de entrar num conto de fadas.

Munique

Se só puder visitar um mercado de Natal e estiver mesmo, mesmo desejoso de encher sacos e sacos com presentes tradicionais alemães, então pode limitar-se a rumar a Munique. O edifício gótico da Câmara Municipal de Marienplatz ganha um novo encanto com o enorme abeto coberto de luz junto à sua fachada e as dezenas de barracas de madeira que enchem a praça.

O Natal é levado tão a sério por estes lados que uma enorme grua visível da praça ostenta um pinheiro de Natal, devidamente iluminado, na sua extremidade. Lá em cima, bem alto, acima do edifício da câmara, que já tem uma altura impressionante. Cá em baixo, as pessoas acotovelam-se, literalmente, para se aproximarem das montras de cada uma das barracas. As bolachas de gengibre decoradas com açúcar pendem de fios coloridos, os presépios giram, movidos pelo ar quente gerado pelas velas, nas típicas torres de madeira da Baviera; há anjos de renda, de papel, de madeira, de vidro; bolas minuciosamente pintadas à mão e enfeites metálicos de cores vibrantes que alegram a noite mais escura.

A Baviera está, definitivamente, entregue ao Natal. E, por esta altura, já deve ter nevado. Só por isso, só para ver todos estes mercados envolvidos pelo brilho branco da neve, já valia a pena ir lá outra vez.

Guia prático

Como ir

O mais fácil é voar para Munique e, daqui, viajar para as outras cidades. Há comboios ou autocarros a ligar as povoações, se preferir não alugar um carro. Também pode voar para Frankfurt, mas, a menos que alugue um carro, o percurso será mais longo, já que terá de seguir até Nuremberga para conseguir ligação às cidades mais pequenas.

Onde comer e dormir

ROTEMBURGO

Dormimos no Hotel Rappen, do lado de fora das muralhas. É um espaço sossegado, com o pequeno-almoço generoso servido num edifício ao lado daquele onde estão os quartos (www.hotel-rappen-rothenburg.com).

Para matar a fome experimentámos o restaurante Glocke (www.glocke-rothenburg.eu), onde o tradicional ganso comido nesta época estava delicioso, e o Reichsküchenmeister (www.reichskuechenmeister.com), em que a estrela foi um creme de abóbora muito suave.

BAMBERGA

Ficámos instalados no excelente Welcome Hotel Residenzschloss Bamberg (www.welcome-hotels.com), um antigo hospital hoje transformado em hotel, a uma curta caminhada de todas as atracções turísticas da cidade. Não é possível (ou não deve ser) ir a Bamberga e não experimentar a cerveja fumada produzida na cervejaria Schlenkerla (www.schlenkerla.de). Instalado num edifício apainelado, no centro histórico, o restaurante com várias salas tem várias especialidades da Francónia que não deve perder — incluindo, claro, as salsichas. O que também não deve perder é almoçar num dos mercados de Natal. Há salsichas tradicionais em pão redondo ou comprido em todos eles e nada melhor que acompanhá-las com uma bebida quente – glühwein, chocolate ou uma imitação de glühwein não alcoólica para os abstémios ou as crianças.

RATISBONA

Não faltam hotéis em Ratisbona, mas a fama natalícia da cidade faz com que, nesta altura, seja difícil encontrar alojamento no centro histórico. Assim, ficámos alojados — e bem — no Hotel Held (www.hotel-held.de), a cerca de 15 minutos de carro da cidade. Já as refeições foram um verdadeiro festim. Jantar no enorme e animado Fürstliches Brauhaus (www.fuerstlichesbrauhaus.de), uma antiga destilaria onde nem falta um imitador de Elvis Presley a cantar os velhos êxitos da estrela norte-americana. E almoço no histórico Wurstkuchl – Historic Sausage Kitchen (www.wurstkulchl.de/tavern), para provar as tradicionais salsichas (servidas em doses de 6, 8 ou 10) na brasa.

MUNIQUE

Convenientemente situado junto à estação central de comboios, de onde saem as composições para o aeroporto, o Maritim Hotel München (www.maritim.de) é confortável e sossegado. Sendo Munique uma grande cidade, não faltam restaurantes, mas não deve mesmo perder uma ida à Ratskeller, a antiga taberna dos políticos da câmara municipal, situada comodamente sob o edifício da autarquia e onde é, provavelmente, mais fácil perder-se do que em qualquer outro local na cidade. Cheio de recantos, ainda com tectos em arco quebrado, o espaço pode albergar mais de mil pessoas, mas não se deixe enganar. Isto não significa que basta aparecer para ter lugar. Uma reserva prévia pode evitar dissabores como o do dia em que lá estivemos e em que um papel foi colocado no vidro, indicando a quem chegou depois de nós que os responsáveis pelo restaurante lamentavam, mas que o local estava lotado.

A Fugas viajou a convite do Turismo da Alemanha

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