- Hombre! Una foto és más cara que un jamón?!
Tudo, em Almagro, se compara com o preço de um presunto, a despeito de o queijo manchego ocupar um lugar especial no estômago dos indígenas. Pablo Pérez renunciou definitivamente à capital espanhola, a um estilo de vida desconcertante, e decidiu instalar-se em Almagro, mais de 200 quilómetros a sul, onde a vida, essa, andava devagar, à medida da sua vocação momentânea. Profissional da fotografia industrial, Pablo Pérez, já quase calvo, deparou-se com inúmeras dificuldades para consolidar a sua actividade, até ao ponto de desistir.
Por essa altura, decorriam em Almagro as filmagens de Volver, um dos filmes de Pedro Almodóvar. Pablo Pérez olhava para a casa onde os actores evoluíam na rodagem de algumas cenas com uma atitude pueril, como uma criança fita um brinquedo pelo qual se sente particularmente atraída. O proprietário, no entanto, recusava-se a vender o espaço, na perspectiva de, uma vez terminado o período de cedência temporária, realizar um negócio mais rentável. Mas Pablo Pérez não desistiu e, no mesmo dia em que o cineasta deu por concluídas as cenas na Casa Grande, o dono do espaço acedeu a negociar.
- Olha para os azulejos que estás a pisar. Comprei-os em Lisboa. Foram tão caros que quase me custaram um divórcio!
Pablo Pérez continua casado e regressa a Madrid quando tem assuntos a tratar ou para visitar um ou outro familiar. Mas poucas vezes sente o apelo de se demorar.
- Está muito perto, essa é uma das vantagens, mas tudo o que me apetece é voltar, o mais rápido possível. É em Almagro que me sinto bem, no meio desta serenidade, onde nada e tudo acontece.
A dois passos, com um olhar dócil e movida por uma aura de um brilho intenso, uma mulher que Pedro Almodóvar não desdenharia caracterizar.
Mari Angeles Muña Gonzalez.
- Mas podes tratar-me simplesmente por Mari. Como não? Gosto muito de Almagro, é a minha terra, onde tenho a minha família, onde vivem os meus amigos. Nada me faz falta e nem sequer consigo imaginar a minha vida longe daqui. Teria de encontrar uma razão muito forte para partir.
Anda pela casa dos trinta, em rigor já completou os 34 anos, admite logo a seguir, embora me peça para manter o segredo, mas nada a motiva a procurar novos horizontes.
- Para a população mais jovem, Almagro é uma cidade pequena. Mas para compras, para uma vida nocturna mais agitada, nada melhor do que Ciudad Real, onde se encontra tudo, a menos de meia hora de autocarro. Eu já não sinto tanta falta, pouco ou nada me impele a sair daqui, prefiro viver num lugar que me preenche.
Regresso ao passado
O centro histórico de Almagro, um dos mais impressionantes da província de Castela-Mancha, está impregnado de quietude, como se a cidade ostentasse, àquela hora, todo o peso cruel da solidão. Mari Angeles Muña Gonzalez olha em volta, como se fitasse Almagro pela primeira vez.
- É com uma certa mágoa que, num momento de crise, vejo partir amigos e conhecidos. Compreendo que o fazem não por o desejarem mas porque a vida assim os obriga, com um sentimento de resignação e de perda, uma vez esgotadas todas as formas de sobrevivência na cidade onde sempre viveram.
Almagro é, como outros lugares em Espanha, uma cidade onde o verbo partir raramente é conjugado mas já outro, volver, como o que dá título ao filme de 2006 de Pedro Almodóvar - com Penélope Cruz no papel de Raimunda, uma mulher com uma língua comprida que não se deixa manipular - é um dos mais utilizados.
- No início, não se sentiram muito os efeitos da crise económica mas hoje já não passam despercebidos a ninguém. A população é solidária e actualmente são muitos os que convidam um amigo ou um parente para trabalhar, ocupando um lugar que antes era de um albanês ou um romeno. Mas, se olharmos um pouco para trás, não mais de dez anos, quem queria, nessa altura, trabalhar no campo, na agricultura? Ninguém! E, hoje em dia, perante uma taxa de desemprego tão elevada, quem se recusa a fazê-lo? São muitos aqueles que, à falta de melhor, é certo, se sentem felizes quando chega a altura das vindimas ou da apanha da azeitona, porque são épocas do ano em que o trabalho, embora sazonal, está garantido.
Volver, não o filme mas o significado, está perfeitamente enquadrado na realidade de Almagro, um regresso às origens, a um mundo do qual parecíamos tão distantes, do qual nos sentimos, ao mesmo tempo, tão próximos, talvez porque, mais tarde ou mais cedo, todos nós temos uma necessidade forte de regressar.
- Não concebo a ideia de deixar esta cidade. Se não emigro não é por falta de ambição – eu sou ambiciosa - é porque me sinto feliz aqui.
O vizinho cineasta
As ruas de Almagro recordam e perpetuam a grandiosidade do seu passado, mesmo silentes, como a esta hora da manhã, transportam-nos para um tempo glorioso. A visão da Plaza Mayor, com a sua estrela de um branco sujo envolta por seixos de múltiplas cores, as casas com as suas incontáveis janelas, com o verde das fachadas a sobressair contra o céu azul sem uma única nuvem, as colunas que as suportam estoicamente como molduras das pequenas lojas de comércio, de bares e restaurantes – tudo seduz, naquele rectângulo irregular e desde o primeiro momento, o viandante que por ali chega.
“Adoro a austeridade destas ruas, o solo empedrado, as janelas de ferro preto, sem vasos, sem qualquer tipo de adornos. O rés-do-chão obscuro. A luz intensa do dia”, assim descreveu Pedro Almodóvar a cidade de Almagro, declarada Conjunto Histórico-Artístico em 1972, no dia em que filmou a última sequência de Volver, no diário de rodagem publicado no site www.clubcultura.com.
O realizador nasceu, em 1949, em Calzada de Calatrava, uma pequena aldeia de Castela- Mancha situada a pouco mais de 20 quilómetros de Almagro. Com apenas oito anos, Pedro Almodóvar partiu, na companhia dos pais, os Almodóvar Caballero, para a Extremadura, mas sem alguma vez perder o contacto com a terra-natal, onde reside grande parte da sua família, tanto paterna como materna. Com a morte do pai, Paca Caballero, a mãe, optou por volver à aldeia, adquirindo uma casa na Calle do General Aguilera, no número 7, em tempos habitada pela mãe, Raimunda, o nome da personagem que Penélope Cruz interpreta, pungente. Paralela, corre a Urbano Morales, onde nasceu Pedro Almodóvar, no 48, numa casa pintada de cinzento, porta em castanho e janelas com as suas persianas verdes. O cineasta, já famoso, volvia, com frequência, à sua aldeia, onde a mãe organizava, em conjunto com as vizinhas, verdadeiras conferências de imprensa, quebrando a rotina das suas tardes, caracterizada, de forma tão exemplar, em Volver, um recuo até ao tempo em que Paca Caballero se sentava à porta e conversava com a vizinhança. Entre esta, surge Agustina, interpretada na película por Blanca Portillo, o nome da proprietária da casa na Plaza Mayor, escolhida por Almodóvar após visitar centenas de moradias com pátio em mais de cinco dezenas de lugares. Em Volver há uma Paula, também, vizinha de Agustina e no papel desempenhado por Chus Lampreave (o interior da casa foi filmado em Madrid); em A flor do meu desejo, de 1995, no qual Leo Macías (Marisa Paredes) é uma escritora de romances cor-de-rosa que escreve sob o pseudónimo de Amanda Gris, a casa onde se rodou o inquietante regresso ao passado da protagonista, naquela que foi a 11.ª longa-metragem de Almodóvar, está igualmente situada na Plaza Mayor, a meia-dúzia de passos da casa de Agustina.
No filme, é precisamente na Federico Relímpio, onde Pablo Peréz se instalou antes de se identificar com a analogia entre uma fotografia industrial e um presunto, cumprindo um percurso inverso ao de Pedro Almodóvar, tão associado à capital, que Agustina e Paula tagarelam, frente a frente. Na Plaza Mayor, tal a sua dimensão, este diálogo entre as duas mulheres de Almodóvar seria impossível. Mas Almagro produz outros encantos, como a própria Federico Relímpio, resguardada no tempo, saudosista dos anos dourados, quando a cidade, beneficiando da prosperidade e poder da Ordem de Calatrava, se tornou capital de Castela-Mancha.
A praça e as beringelas
Recebendo, com gratidão, os raios do sol, tomo um café, de pé, vendo o mundo passar: um grupo de mulheres mascaradas – porque o Carnaval tem tradição em Almagro –, dois meninos que jogam à bola, bons executantes talvez sonhando com Messi e Cristiano Ronaldo, empregados e empregadas que, ainda sonolentos, vão abrindo as portas do comércio.
- Já provou as beringelas de Almagro?
Absorvido em meditações, nem dei pela presença, mesmo ao meu lado, do idoso que palitava os dentes com um fósforo.
- Mas olhe que nos restaurantes não encontra nada parecido com as minhas. Vou todos os anos a França visitar a minha filha, não me pergunte como se chama o lugar onde ela mora, a memória começa a falhar e as línguas estrangeiras não são o meu forte. Mas vou carregado com beringelas, nada de químicos, ninguém lhes põe a mão a não ser eu.
A praça começava a encher-se de vida. O proprietário do restaurante, situado nas minhas costas, talvez percebendo a minha atrapalhação ou julgando-me incomodado pela presença de um estranho, veio na minha direcção.
- Agora, no Inverno, não há muita gente mas volte a Almagro no Verão e vai ver como a cidade se enche de turistas. No mês passado, estiveram aqui uns catalães a jantar e sabe o que me incitaram a fazer? A sair para a rua e a pressionar os potenciais clientes, de preferência arrastando-os por um braço para o interior do restaurante. Diziam-me eles que, agora que a crise parece instalada, é assim que se procede em Barcelona.
O idoso, mordendo o lábio, olhava o dono, como quem espera uma aberta depois de um aguaceiro para voltar ao tema das beringelas, o sol da sua vida. Um pedia-me para regressar após a Primavera, o outro ansiava por voltar à temática das beringelas.
Volver.
A cidade instituiu, há já algum tempo, com o apoio do Conselho Municipal do Turismo, a Rota das Tapas da Beringela de Almagro, uma iniciativa que pretende promover o “legume mais universal” da urbe e que foi acolhida por bares, restaurantes e hotéis, um esforço colectivo dos sectores privado e público que convida os turistas a errar por cada um dos estabelecimentos participantes e a avaliá-los, de 1 a 10, num folheto que deverá ser assinado e que, depois de devidamente preenchido com os dados pessoais, dá acesso automático a um sorteio cujo prémio consiste num jantar e alojamento num dos locais aderentes e numa visita guiada através dos Vulcões do Campo de Calatrava por Natureza Indómita e a todos os lugares turísticos de Almagro.
- É pena. Vendi tudo. Esta não é a época. De outra maneira, convidava-o a provar.
O idoso afasta-se e eu deixo os olhos pousar de novo na Plaza Mayor, agora com as suas fachadas de um verde cada vez mais brilhante contra um céu cada vez mais azul. A praça sofreu importante transformação no século XVI, uma metamorfose que coincidiu com a chegada a Almagro dos Fúcar – castelhanização do apelido Fugger –, banqueiros alemães que eram vassalos do Imperador Carlos V, a quem foram arrendadas as minas de mercúrio de Almadén como forma de gratidão pelo apoio da banca familiar durante as guerras europeias. É por essa altura, de apogeu, que se erguem novos edifícios na Plaza Mayor, com as suas janelas por onde agora espreita uma ou outra idosa, conferindo a este cenário magnificente uma nobreza tão singular e tão difícil de encontrar noutras praças de Espanha. Recebendo a designação de Praça da Constituição, da República, Praça Real ou Praça de Espanha, denominações surgidas antes da Guerra Civil, a actual Plaza Mayor foi alvo de restauração na década de 1960 e os trabalhos, concluídos sete anos mais tarde, com a assinatura do arquitecto Francisco Pons-Sorolla, continuam a expressar, ainda hoje, mesmo em tempo de crise ou quando a praça se deixa envolver por uma estranha melancolia, muito do esplendor e nobreza que já ostentava no século XVI.
O mítico Corral de Comedias
A Plaza Mayor inspira, a qualquer hora do dia, serenidade, dela emana uma espécie de magnetismo que, como um íman, nos prende, convidando a ficar por ali, admirando a sua imponência, os olhos estendendo-se por uma largura que ultrapassa os 30 metros e um comprimento superior a 100, a vida sem pressas passando por olhos vagarosos, como se o mundo, pelo menos por uma fracção de tempo, se resumisse àquele cenário tão carregado de história e de memórias.
Para a direita, para leste, ainda sem receber os raios do sol, o edifício que acolhe a câmara municipal, também alvo de sucessivas obras de restauro, a mais importante das quais em 1865, levada a cabo pelo arquitecto Cirilo Vargas y Soria, com o seu escudo com as antigas armas da cidade e, no ângulo esquerdo, o seu relógio encimado por uma torre que suporta uma estrutura em ferro forjado e que, por sua vez, serve de apoio ao sino que de quando em vez ouço repicar.
Para a esquerda, depois de uma passagem que conduz até casas caiadas de um branco imaculado, bordejando, de um lado e do outro, o empedrado quase sempre entregue à sua solidão, surge, uma vez transposta uma porta e um cortinado, o Corral de Comedias, único com estas características em todo o país. Com rigor, não se pode definir o ano da sua construção mas alguns estudiosos defendem a tese de que terá sido erguido em 1628 por Leonardo de Oviedo – uma visita, mesmo curta, torna a data pouco importante, melhor mesmo é sentir os cheiros e adentrar-se, se possível, pelos seus camarins, pelas suas galerias, fitando as suas vigas pintadas de almagre que se destaca sobre a cal. E, se passar por Almagro em Julho, não perca a oportunidade (os ingressos desaparecem rapidamente) de assistir ao mediático Festival Internacional de Teatro Clássico, o mais importante de Espanha, reunindo actores e companhias de teatro que representam obras de autores clássicos, como Lope de Veja, Molière, Shakespeare, Calderón e Zorrilla, entre outros.
Espalhados por aqui e acolá, multiplicam-se os monumentos, magnificentes, como as igrejas de San Bartolomé, de San Agustín, a de San Blás, com a sua elegante fachada, ou a da Madre de Dios. Os efeitos do terramoto de Lisboa, a 1 de Novembro de 1755, também se fizeram sentir em Almagro, provocando a morte de duas crianças e a destruição da igreja de San Bartolomé, na época situada nos actuais jardins da Plaza Mayor, bem como danos noutros edifícios. Ainda hoje, todos os anos, a cidade recorda a data e agradece a protecção à sua santa padroeira, Nuestra Señora de las Nieves, cuja imagem enfeita o altar banhado de dourados da igreja da Madre de Dios.
O século XIX marca um período de declínio numa cidade identificada com a opulência mas, mesmo já sem a força de antanho, os locais nunca deixaram de ter os olhos postos na modernidade – a Plaza de Toros foi construída em 1845, um quartel de cavalaria em 1863 e um teatro e um casino no ano seguinte, numa urbe já dotada de telégrafo (1858), caminho-de-ferro (1860) e que não teve de esperar muitos anos pela instalação da luz eléctrica (1897), dez anos após serem derrubadas as muralhas e as portas de Almagro.
Bem próximos da igreja Madre de Dios estão os antigos armazéns da família Fugger ou a antiga universidade renascentista, cuja fundação se deve a Frey Fernando Fernández de Córdova y Mendoza, cavaleiro da Ordem de Calatrava e uma das figuras mais importantes do século XVI. A cidade vai-se descobrindo, sem pressas, escondendo atrás das suas portas impressionantes exemplares de um período de ostentação, como o Convento de la Asunción de Calatrava, mandado erguer, há quase 500 anos, para servir como hospital e, mais tarde, convertido em mosteiro; ou o de Santa Catalina, da Ordem Franciscana, ou, ainda, o da Encarnación, construído em finais do século XVI e com um admirável escudo dos Condes de Valdeparaiso.
O sol não tarda a pôr-se e, logo depois, as luzes acendem-se sobre a Plaza Mayor, onde julgo escutar Estrella Morente. Tengo miedo del encuentro, con el pasado que vuelve, a enfrentarse con mi vida; tengo miedo de las noches que, pobladas de recuerdos, encadenan mi soñar, pero el viajero que huye, tarde o temprano detiene su andar.
Volver.
GUIA PRÁTICO
Quando ir
Almagro, beneficiando de um clima temperado e quente, com uma temperatura média ao longo do ano a rondar os 15 graus, pode ser visitada em qualquer altura. O mês mais frio é, por norma, Janeiro, e o mais quente Julho. No Inverno, quando os termómetros podem baixar drasticamente, a precipitação ocorre com frequência, ao contrário do que acontece no Verão (em Julho a temperatura ronda, em média, os 26 graus).
Como ir
Ciudad Real, a cerca de 30 quilómetros de Almagro, teve, até há bem pouco tempo, um aeroporto, para muitos considerado como um símbolo da modernidade do país, com um custo total de mil milhões de euros. Três anos após a abertura, em 2009, a cidade tinha nas mãos um elefante branco, um aeroporto que, contrariamente aos planos iniciais, estava longe de escoar o tráfego de Barajas, em Madrid, a pouco mais de 200 quilómetros, ou de servir como ponte para os destinos mais turísticos da província de Andaluzia, graças ao transporte ferroviário. No total, são 28 mil m2, a área ocupada por um terminal por onde deviam passar, todos os anos, em média, cinco milhões de passageiros, números que tornam ainda mais fantasmagórico um lugar que assume contornos de um fantasma. Para os portugueses, a melhor opção para visitar Almagro passa pelo transporte terrestre: de Badajoz, utilizando a N-430, são pouco mais de 300 quilómetros até Ciudad Real e, daqui, em 20 minutos, chegará ao destino final. Para quem continuar a preferir o avião como meio de transporte privilegiado, o melhor é voar até Madrid e, uma vez na capital, apanhar um comboio na Estação de Atocha que o deixará em Ciudad Real ao fim de 50 minutos. Entre Ciudad Real e Alamagro há várias ligações por dia, de autocarro, um trajecto que se cumpre em apenas 30 minutos.
Onde comer
Mesmo no coração da cidade, em plena Plaza Mayor (n.º 8), não deixe de provar os pratos confeccionados por Maria Antonia Naranjo Arroyo, uma simpática senhora que trabalhou como chefe num hotel até perceber que o ordenado tardava em chegar, motivando uma drástica mudança na sua vida, com vantagens para a gastronomia local. Ela é, desde há um ano a esta parte, a responsável pela cozinha da Casa Toni, cujo restaurante, funcionando num segundo andar da mítica praça, atrai cada vez mais clientes, com uma ementa simples mas preparada com prazer, incluindo, entre outros, a carrillada de porco estufado, a anteceder uma sobremesa típica, a flor manchega. Mas em Almagro, a despeito da sua exígua área, não faltam bons restaurantes, como o Abrasador (www.abrasador.es), na Calle San Agustín, 18, ou o sumptuoso El Corregidor (www.elcorregidor.com), na Calle Jerónimo Ceballos, 2, para mais uma boa experiência da gastronomia manchega.
Onde dormir
O hotel rural Casa Grande (www.casagrandealmagro.com), na Calle Federico Relimpio, 10, em pleno centro histórico – uma construção do século XVI alvo de uma grande reforma no século XIX – é um dos melhores lugares para passar uma noite em Almagro. No total, apenas 16 quartos e uma suíte, com uma tarifa de 70 euros para um duplo, incluindo pequeno-almoço. Outra opção credível, fusão entre tradição castelhana e conforto, passa pela Casa del Rector (www.lacasadelrector.com), na Calle Pedro Oviedo, 8, com preços entre os 85 e os 180 euros, dependendo da habitação (seis duplos, um single, quatro suites júnior e outras tantas suites) e da temporada.
Informações úteis
Os cidadãos portugueses apenas carecem de um documento de identificação (bilhete de identidade, cartão de cidadão ou passaporte) para entrarem em Espanha.