— Brian, por que é que há tantos japoneses no Havai?
Brian Pak desfaz as engelhas da camisa carmesim, ao mesmo tempo que se levanta e explica:
— Porque é um paraíso.
Como numa melosa canção havaiana, as duas colegas da agência de viagens, no primeiro andar de um hotel de cinco estrelas, plantado entre duas transversais da marginal da praia de Waikiki, corroboram em coro o refrão:
— Porque é um paraíso.
Nascido em Nova Iorque, Brian é um jovem de 26 anos, de origem sul-coreana, que estudou Economia e trabalha nesta agência de um hotel de vários corredores e de várias torres voltadas para as piscinas (e para a praia que reverbera ao sol). Mas as afinidades entre os três não acabam no carmesim das camisas, demasiado sóbrias, se comparadas com o estampado floral daquelas que os turistas compram nestas ilhas vulcânicas estrategicamente estacionadas no centro do Pacífico.
— Eu sou japonesa — diz uma. — E eu chinesa — acrescenta a outra.
O sol precipita-se, mais uma vez, sobre a praia, enchendo-a de luz. Faz calor bem cedo em Waikiki. A praia mais conhecida de O’Ahu, a principal ilha deste arquipélago — um Estado dos Estados Unidos da América (EUA) a 3850 quilómetros de São Francisco — está entre os postais mais coleccionados e é omnipresente em qualquer brochura sobre o Havai.
— No ano anterior, segundo a estatística das autoridades do turismo, foi batido um novo recorde: mais de 8,3 milhões de pessoas visitaram as sete ilhas habitadas das 137 que compõem o arquipélago. E sabem de onde vêm eles?
— A maior parte dos visitantes estrangeiros vem do Japão e uma outra, mas menor, da China — responde Brian.
Percebe-se, assim, quer a importância do turismo quer a importância, sobretudo, do turismo asiático. Percebe-se também a razão pela qual os três estão ali tão aprumados e tão iguais nas suas diferenças.
E se os japoneses mais velhos viajam em família, os mais novos gostam de o fazer em lua-de-mel, pelo menos aqueles que o fazem da forma mais tradicional. O que têm em comum não são as camisas carmesim ou até as camisas floridas que fazem pendant com o cocktail da praxe.
O que têm em comum, para além da praia e do surf — que pode ser um pouco agressivo para a pele alva de um nipónico —, “é a proximidade a que o Havai dista do Japão, a certeza de que poderão falar a sua própria língua do princípio ao fim, a vontade de consumir a preços mais baixos do que em casa e, sobretudo, a concentração tentadora de tantas marcas ocidentais”, leia-se europeias. A sucessão de lojas da Gucci, Prada, Dior, Chanel e do diabo a sete deverá ser irresistivelmente tentadora para japoneses que aqui encontram preços abaixo dos praticados nas idênticas lojas do selecto bairro de Ginza, na parte mais selecta de Tóquio.
Mas os shopaholics não explicam tudo. Implícita na reflexão de Brian Pak e das suas colegas de balcão, há uma indústria significativa no rame-rame havaiano: o negócio da lua-de-mel. Agências como esta oferecem serviços semelhantes em hotéis semelhantes e a casais semelhantes: o aluguer de limusinas brancas (por cerca de 100 euros), sessões de fotografia, em hotéis ou mesmo na praia, para os respectivos álbuns de casamento e para memória futura. Antes, durante e depois, o casamento é um negócio que nunca deve ser menosprezado. E se o casamento pode ser um bom ou um mau negócio, o Havai é sempre um paraíso. Não é, Brian?
E quem não esteja disposto a casar-se ou a engrandecer a lua-de-mel pode sempre jogar golfe, cirandar de helicóptero pelos céus do arquipélago, fazer surf ou optar por uma outra qualquer actividade, como agora sói dizer-se, e tudo isto por um singelo pacote de quatro dias (hotel e transfer) por aproximadamente 550 euros.
Amiúde, há quem diga que o número de turistas japoneses já foi bem superior quando o Japão era a segunda economia mundial — posição que a China ocupa agora com toda a tranquilidade — e os senhores dos yen tinham outro poder de compra. Todavia, o que os dados oficiais demonstram (embora seja uma descida de 0,5% face ao ano precedente) é que o número de japoneses de visita ainda supera a população residente do Estado: 1,5 milhões em 2014 para uma população de 1,4. E, já agora, que o turismo chinês cresceu 29% graças ao milagre da multiplicação dos voos e dos senhores dos yuan. Mas os números estão longe de ser comparáveis: foram pouco mais de 161 mil os chineses intrigados com o tal jardim das delícias de que falam Brian e as colegas.
À imagem e semelhança dos três funcionários da agência, japoneses e chineses são uma espécie de Dupond & Dupont, ou de yen & yuan, sobretudo se forem descendentes de outros japoneses e chineses que emigraram há várias gerações para trabalhar no comércio, na agricultura ou na cana-de-açúcar. Não é, pois, de estranhar que os primeiros continuem a ser os principais turistas da ilha de O’Ahu e, muito em particular, de Waikiki e Honolulu, a capital da ilha e do Estado.
Por causa de Honolulu, o Havai, regra geral, confunde-se com O’Ahu, “o lugar do encontro”. É aqui que reside mais de metade da população. E como os guias de viagens apreciam os panegíricos, nomeiam-na como um cruzamento genético de Oriente e de Ocidente; de Boston ou Las Vegas e Manila, Singapura ou até Tóquio. Tudo misturado numa tela de Gauguin. É bem certo que há na miscelânea um descarado exagero. Mais pelas diferenças de dimensão e de opulência do que pela explosão de cores de Gauguin. A opulência havaiana é natural e pertence aos deuses que a criaram.
Com a sua silhueta de arranha-céus, a cidade até nem se distingue assim tanto de qualquer outra congénere dos EUA da mesma proporção: só que aqui, neste caso, o seu intrínseco melting pot foi construído com base nas várias gerações de polinésios, japoneses ou chineses. Mas a miscelânea, diga-se, também não prescindiu de europeus, muito particularmente de açorianos e de madeirenses. A eles, em Honolulu, se devem a Lisboa Street, a Concordia Street ou a Lusitana Street, mas não só. Desde o início do século XIX que os ilhéus portugueses procuraram as águas do Havai pela simples razão de que as baleias preferiram estas águas para parirem nos meses de Inverno.
Paulatinamente, como conta Ferreira Fernandes em Os Primos da América, os portugueses saltaram as amuradas, viraram as costas ao mar — no censo de 1900 eram três quartos da totalidade da população branca — e trinaram o machete, como se dizia na Madeira, a braguinha, como se dizia nos Açores, o cavaquinho, como se dizia no continente, ou como se diz no Havai o ukelele. Ninguém arriscaria que a “pulga saltitante”, a sua tradução em havaiano, por causa da velocidade de execução do instrumento, se transformaria num ícone havaiano.
A importância de Honolulu tornara-se evidente na sequência das viagens de exploração de James Cook, que aqui esteve pela primeira vez em 1778, ainda antes, 17 anos antes, de Kamehameha I a ter invadido no seu afã de unificar o arquipélago. O comércio mundial estabelecido a partir da baía de Honolulu focou Pearl Harbour como ponto estratégico para a amarração de navios, justificou a ocupação militar de uma área tão vasta, e o facto de o Exército, a Marinha, a Força Área e a guarda costeira norte-americanas ainda hoje serem o primeiro sustento económico do Estado, precedendo mesmo a própria indústria do turismo.
De resto, Pearl Harbour combina as duas indústrias de forma solene. O que sobra do USS Arizona, o principal mártir do ataque japonês do dia 7 de Dezembro de 1941 e que marcaria o decurso da II Grande Guerra, com a participação dos EUA no conflito mundial, foi transformado num memorial, ao qual se acede numa embarcação da Marinha para a respectiva homenagem silenciosa aos 3581 militares mortos nesse dia. Entre eles, a bordo do Pennsylvania, como não poderia deixar de ser, havia um marinheiro português, a quem se deve o nome de baptismo da travessia entre Fall River e Rhode Island: a ponte Braga.
Ao lado do fatídico USS Arizona, cujos destroços ainda largam óleo, que flutua à superfície como uma memória inapagável, repousa outro navio, igualmente emblemático. Foi a bordo deste preservado Missouri que Hiroito assinou a rendição. Previsivelmente, este não é um lugar de romagem para turistas japoneses, pelo menos num dia como o de hoje. Serão certamente poucos a integrar os cinco mil visitantes diários dispostos a recordar o “dia da infâmia”, como lhe chamaram as vítimas. E de Pearl Harbour a Hiroxima a distância foi curta e as consequências enormes. Tudo menos pacífico. Mas não deixa de ser irónico que os primeiros japoneses a pisar solo havaiano tenham sido os marinheiros que se salvaram de um naufrágio em 1806. E bem sabemos que um náufrago tem tendência a chamar paraíso à ilha que o acolhe.
Sonho e realidade
Já devem ter depreendido que o paraíso turístico do Havai tem o exigível: praias que excedem o postal; ondas que convidam ao surf nos locais do planeta mais desejados para este desporto; vulcões incessantes, mas populares (o Kilauea é o mais activo em todo o mundo); colares de flores ao pescoço (este sim, o lei, o principal estereótipo das ilhas), sobre camisas espampanantes, e que alguém só poderá usar em férias (até para se convencer a si próprio que está de férias); lojas caras e requintadas; criminalidade descontinuada (como contemporaneamente se diz); um memorial da II Grande Guerra; e uma cultura nativa e exótica (e da qual não existem memoriais).
Ou uma evocação dela: da cultura havaiana sobrou uma representação apressadamente coreografada da hula, uma dança para ensinar a turistas na borda de uma piscina ou de um jardim, no intervalo de um cocktail perfeito. E uma hospitalidade bem disposta, que dá pelo nome local de aloha, ou uma temperatura que, à excepção das montanhas, poucas ou nenhumas variações regista e que se situa sempre acima dos 20 graus.
— Mais um Mai Tai, por favor — o cocktail de rum, licor Curaçao e sumo de limão é um bom exemplo deste estilo polinésio pelo qual não foram só os japoneses que se apaixonaram. Martin Denny conquistou para si um lugar na música popular do século XX por ter sido classificado como o “pai da música exótica”. O pianista americano, outro nova-iorquino, celebrizado na década de 1950 devido à sua lounge music percursora, viveu aqui muitos anos e foi aqui que morreu de provecta idade, aos 93, como se fosse um japonês de Okinawa.
Não custa a acreditar que a dose certa de sol (13 horas diárias de luz durante o Verão) e de praia, calor, uma paleta com vários arco-íris ao dia, uma gentileza da deusa Ânuenue, e de Mai Tais tenha contribuído para a sua longevidade. E que o Havai tenha contribuído tanto para o exotismo da sua música que pintava de fresco e de felicidade o pós-guerra dos norte-americanos, cicatrizando os traumas do conflito. Se Martin Denny e os seus instrumentais eram uma banda sonora dessa era, havia, porém, uma voz que se impunha. Imaginem a voz do rei, esse mesmo, a cantar, acompanhado por uma hawaiian stell guitar:
Girls, goin’ swimming, girl, in bikinis
A walkin’ and wigglin’ by, yay, yay, yay
Girls, on the beaches, girls, oh, what a peaches
So pretty, Lord I could cry, I’m just a red blooded boy
And I can´t stop thinkin’ about
É fácil imaginar Elvis Presley, de camisa branca, e com um lei de flores amarelas ao pescoço, sorriso havaiano, a cantar Girls, Girls, Girls. Entre 1957 (dois anos antes de o Havai se tornar o 50.º Estado norte-americano) e 1977, Presley fez do Havai um dos seus destinos preferidos de férias, contribuiu para mitificar o estilo polinésio e rodou três filmes icónicos do pós-Pearl Harbour: Blue Hawaii, em 1961, Girls, Girls, Girls, em 1962, ao qual pertence a estrofe anterior, e Paradise Hawaiian Style, em 1966. E podem encontrar em músicas como A boy like me, a girl like you ou Earth Boy, do álbum Girls, Girls, Girls, os perlimpimpins de Martin Denny nos coros e no exotismo instrumental. E em Blue Hawaii uma outra estrofe:
Dreams come true
In blue Hawaii
And mine could all come true
This magic night of nights with you
Pode dizer-se que o turismo é uma ameaça capaz de uniformizar, demolir ou até mesmo exterminar qualquer autenticidade. Às vezes, sim. Outras vezes não. Neste caso, o que aqui resta dessa autenticidade, em O’Ahu, é uma reminiscência, uma construção artificial para consumo, com pouco de vívido. Waikiki, a mais conhecida e procurada das praias da ilha, a poucos quilómetros de Honolulu, é um esplendoroso centro de diversões e de comércio onde ninguém se aborrece se se entregar aos prazeres mais simples e perfeitos e tiver, obviamente, posses para tal. É, geralmente, a isso que chamamos paraíso, não é? A uma modorra quente, bronzeada e endinheirada.
Certamente que estas ilhas são paradisíacas para quem nelas passa férias, faz compras e se diverte, independentemente do continente de origem. Mas, atenção, as ilhas não são todas iguais e o princípio também se aplica a este arquipélago. Desde o início dos tempos que gostamos de criar uma imagem de paraíso, de sonho ou de romantismo, que oscila consoante as culturas, as religiões, as épocas. E o Havai é um cliché de tudo isso.
É o cenário elaborado de um paraíso perfeito, passe o pleonasmo, um perfeito estúdio de cinema de um filme de Presley e, simultaneamente, um sonho realizado à custa de tanto ter sido mitificado. Porque tanto existem aqui belas praias artificiais como a de Waikiki como praias de uma beleza estonteante como a de Waimea, com a sua baía em meia lua. Circundada por vegetação fulgurante como uma carapinha, a praia tem uma lotação pré-definida, para evitar aquela algazarra incómoda e terceiro-mundista que todos nós sobejamente detestamos. Ou não? Para os devidos efeitos, fiquem a saber que ambas existem. Ou leiam o parágrafo que se segue, escrito por alguém que passou aqui seis meses com a família.
“É possível que tudo isto seja real? Esta gente tão amável e aberta, as árvores de papaia e de abacate no jardim, três ou quatro arco-íris por dia, a vista das gargantas de Pu’u-Kukui envoltas em névoa e, na curva a seguir, o oceano infinito?”, perguntava-se, incrédulo, Florian Hanig, repórter da Geo, numa reportagem publicada recentemente naquela revista. O mantra é prosaico: como numa canção de Presley, living the dream.
O Havai é uma estância de turismo, com tudo o que isso implica no nosso imaginário e nas brochuras pousadas na mesa da sala de estar. E as estâncias são como utopias actualizadas e reais das estâncias de férias da distopia de Aldous Huxley em O Admirável Mundo Novo. Tudo é limpo, perfeito, bonito, caro, brilhante, ideal e muito menos idiota que um episódio do Barco do Amor. As revistas de viagens não se cansam de as referir como as “ilhas do paraíso” ou as “ilhas da felicidade”.
Mas o Havai é igualmente um lugar feliz para quem teve ou tem a oportunidade de o escolher. Após 25 livros do seu herói Tarzan, um epígono do Mogli de Kippling, Edgar Rice Burroughs enriqueceu o suficiente para viver no Havai e testemunhar o avassalador ataque japonês. Aos 66 anos, tornou-se, inclusive, correspondente de guerra e viajou então pelo Pacífico. Ele que dizia que escrevia melhor sobre locais que nunca vira do que acerca daqueles que conhecia tão bem.
Embora sem o Tarzan e o dinheiro de Edgar Rice Burroughs, foi o que Bruce Taylor fez. Tal como ele, todos os anos, escreve Annette Fuller, editora da revista Where to Retire, citada pelo USA Today, 700 mil americanos mudam de cidade a pensar na reforma. Nem toda a gente terá a idade de Bruce, que se reformou aos 40 anos e que passou por vários poisos antes de atracar aqui. Curiosamente, segundo o site Bankrate.com, os cinco estados menos aconselháveis para os reformados são Nova Iorque, Virgínia Ocidental, Alasca, Arkansas e... o Havai.
A análise, feita com base nas temperaturas, taxas de criminalidade, qualidade dos serviços de saúde e impostos, elogia o Dacota do Sul, Colorado, Utah, Dacota do Norte e Wyoming como os Estados com a melhor qualidade de vida. Mas a opção editorial também teve em conta a proximidade de outros reformados. A isso chama-se rede. E o Havai, para todos os efeitos, está sempre mais longe dos outros estados. Obama não poderia ter nascido noutro local.
Só que não é isso que um reformado como Bruce procura e exige. Depois de Washington e de muitos outros trabalhos para o Governo norte-americano, Bruce vive solitariamente, na companhia de um cão de pernas altas e, sempre que possível, no escuro da sua sala de cinema, a revisitar os clássicos de Hollywood, a comer peixe ou a cozinhar vegetais num wok. Não é para qualquer um, porque não é qualquer um que se reforma aos 40 anos com a possibilidade de comprar uma casa no Havai e viver sem fustigações. Todos nós sabemos que o paraíso não é para todos. E tudo isso é bíblico. Sentado num dos seus sofás brancos, na varanda oceânica de uma casa de madeira escura, no cimo de uma ladeira protegida pela montanha, estende o braço pelo Pacífico e diz:
— Daqui da varanda, quando a luminosidade o permite, vejo as silhuetas das costas do Peru ou e do Chile.
É por causa do cinema, do peixe, do wok, da varanda e de tudo o resto que apaixonou Martin Denny, Elvis Presley ou Edgar Rice Burroughs que Bruce, com a sua voz nasalada de Vick Vaporub, observa, convicto:
— O Havai é um paraíso. Não preciso de mais nada.
Bruce só precisava, confidencia, que um Republicano voltasse à Casa Branca e colocasse “os chineses no sítio” e o mundo nos eixos (do bem). E, se não for pedir muito, que estraçalhasse a carga fiscal. Nada de muito radical, portanto. Mais do mesmo.
Para acabar, que este texto já vai longo e Waikiki espera-me lá em baixo, Paul Theroux, um dos mais famosos residentes do Havai, perguntava-se em a Arte da Viagem se “há verdadeiros lugares felizes?”.
O escritor, filho de um canadiano francês e de uma italiana, que se divide entre Cape Cod, no Massachusetts, e o Havai, não se referia àqueles índices de desenvolvimento ou de felicidade que organizações não governamentais ou instituições internacionais divulgam frequentemente e que tanta discussão e interesse geram na imprensa.
Não, Theroux não estava a falar da Islândia, da Finlândia ou da Suíça, da Austrália ou do Butão. Falava sim dos momentos felizes que cada um de nós guarda para si, que geralmente são retrospectivos, como aquela tirada de William Burroughs num restaurante (não confundir com o outro Burroughs citado neste texto): “O que eu quero para jantar é um robalo pescado no lago Huron em 1927.” Inevitavelmente, o Havai figura entre os seus dez exemplos de lugares felizes, da sua lista do “não me importava de morrer aqui”.
“Talvez seja realmente o paraíso turístico das brochuras. Vivi mais tempo no Havai do que em qualquer outro lugar na minha vida, e muitas vezes, quando estou com uma pessoa de lá e está um dia bonito — o ar puro, a fragrância das flores, a rebentação, o arco-íris normal no céu — essa pessoa sorri e diz: ‘Que sorte vivermos no Havai’”.
É. Também acho.
A Fugas viajou a convite da Across
Guia prático
Como ir
A Fugas chegou ao Havai no âmbito da viagem de volta ao mundo que a Across organiza (quase) todos os anos. A de 2015, desenhada em parceria com a Hifly e com o broker aéreo EmptyLeg, tem partida de Lisboa a 1 de Agosto. A viagem, de 28 dias, inclui um avião A340 da Hifly, fretado exclusivamente para o percurso e paragem nos seguintes locais: Paris (França), Istambul (Turquia), Joanesburgo e Sun City (África do Sul), Malé (Maldivas), Hong Kong, Macau, Brisbane e Cairns (Austrália), São Francisco e Honolulu (Hawaí, Estados Unidos da América), Cusco e Machu Picchu e Lima (Peru), Buenos Aires (Argentina) e Colónia do Sacramento (Uruguai).
As viagens incluem guias em português, inglês, francês e espanhol, um médico a bordo, alojamento em hotéis de cinco estrelas e as formalidades de aeroporto devidamente tratadas com antecedência. O preço é de 25 mil euros, com um suplemento de cinco mil para uma classe superior ou para um quarto individual. Para mais informações, contacte a Across através do número de telefone 217817470 ou pelo seguinte endereço de email: travel@across.pt. Pode consultar o programa em www.acrosstheworld.pt