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Boa Vista, a vida simples nunca saiu daqui

Por Rute Barbedo

Na Boa Vista de Cabo Verde, oásis seco entre águas mornas a receber estrangeiros com a morabeza de uma criança, mesmo que a vida mais simples seja a difícil.

Há coisas que ficaram “daquele tempo”, agora em latas de feijão Compal, em garrafas de cerveja Sagres, nas casas católicas onde o domingo é da família. Mas para lá “daquele tempo” ainda há outro: o do grogue, dos pastéis de milho e das tamareiras. Joana, mãe-avó-bisavó-mulher, dispõe o fenótipo da ilha da morna sobre uma bandeja: o doce pontche caseiro, pronto a escorrer para copos suficientemente pequenos. “Sou fraca de estômago, mas isto não me faz mal”, solta com confiança a filha, Carmelita. “Usamos isso até mesmo como medicamento, para curar gripes e dores de garganta”, ajuda o irmão, Djão, na magreza de quem corre aos 150 quilómetros pela ilha e pouco bebe.

 Neste instante, a Boa Vista – a ínsula cabo-verdiana mais próxima do continente africano – são ilhéus de garoupa numa travessa, a coser os últimos átomos junto à mandioca, à cenoura e à batata (a inglesa e a doce). Vida simples, esta em que uma lasca de peixe acabado de saltar do oceano põe a língua a pensar pelo corpo inteiro. Daqui a pouco chegarão as tias, alguma prima e, quem sabe, um vizinho. E o dia far-se-á de conversa, que aqui são como tâmaras – doces, densas e demoradas –, sem saber se o sol se lembrou de apontar as horas na terra árida.

Joana vive aqui desde sempre, fora alguns verões em Portugal. Não lhe sabemos a idade. Mas na Boa Vista pouco importa: há quem fique minutos a tentar lembrar-se dela… e nada. A família já foi, voltou, ficou, voltou a voltar e a ficar. Carmelita, por exemplo, já fez história aqui, na ilha de São Vicente, em Nápoles, em Roma e em Cascais. Tem “a vida dividida”. Djão também chegou a tentar a sorte além-ilhas. “Em Angola, na Europa…” Talvez pela ideia de horizonte ou de vista – que se julga sempre boa por nunca chegar a mais do que isso – poucos são os que nascem nos 620 quilómetros quadrados da Boa Vista (a terceira maior ilha crioula) e por lá deixam crescer as raízes. “Fomos sempre um país de emigração, à procura de uma vida melhor”, reconhece o nosso companheiro de dia, esse mesmo, Djão, debaixo do seu novo chapéu de palha, made in Boa Vista. E o que falta aqui para que se procure além? “Falta união entre nós, porque quem saiu e conheceu outra realidade depois não sabe conviver com a das pessoas que ficaram cá. Já não queremos ver a realidade do povo, que é uma vida simples. Nós, que saímos, é que temos tendência a complicar.”

A ilha-turismo

A vida da Boa Vista é sentada nas abas do passeio, a saltar acordes na guitarra e a sarrazinar que fazer uma catchupa “é rápido” e “não tem latim”, como nos diria mais tarde Maria do Carmo, habitante da Povoação Velha (o primeiro aglomerado populacional da ilha). Na etimologia cabo-verdiana, “rápido” equivale a três horas, o tempo de fogo na cachupa. Já para os europeus, que lideram grande parte da indústria hoteleira, a noção de velocidade é outra: em cinco anos, conseguiram fazer com que a ilha crescesse de pouco mais de 9000 residentes (os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística cabo-verdiano) para perto dos actuais 14 mil, segundo estimativas não oficiais.

 “A vida está difícil. Devia ser mais relaxada… Mas tem de ser, temos de trabalhar. Se lá [em Santiago] uma laranja é 10 escudos [cabo-verdianos], aqui é 100”, conta Aniida, de 28 anos, encetados em Santiago, enquanto tira um café no bar do Iberostar Club Boa Vista, o resort que nos acolhe por estes dias. Tudo porque na terra onde nasceu “tem chuva, horta, pé de café, uva, banana, e aqui não”. Nas mercearias da Boa Vista, grande parte dos produtos são importados (Portugal é o maior fornecedor de Cabo Verde, com uma quota de 43,3%) e foram inflacionados pela “explosão” turística na ilha onde, apesar da escassez de água, as grandes fontes de sobrevivência são a agricultura e a pesca. “Há quem vá tentando impor aqui culturas de fora, mas, se eu tenho cachupa, vou querer comer esparguete?”, reclama Djão, com um pé atrás em relação ao turismo, mesmo sabendo ser este o maior impulsionador de emprego no país.

São “profundas” as mudanças na Boa Vista, “com dois mundos a emergirem dentro de uma ilha que não tinha mais de 4000 habitantes” há oito anos, altura em que Andreia Valdigem, jornalista portuense, escolheu viver no arquipélago da morabeza – a doce maneira de receber dos cabo-verdianos, que convida a entrar, a ficar e a dançar. A viragem começou com a abertura do aeroporto internacional do Rabil, em 2007, e ganhou força com a sua ampliação. Agora, “a conhecida ‘ilha das Dunas’, anunciada como o El Dorado de Cabo Verde”, situa Andreia, recebe uma média de seis mil turistas por semana. Muito diferente do tempo em que, “numa urgência, os carros tinham de parar ao longo da pista do aeroporto, com os faróis acesos, para a aeronave levantar”, como recorda Eduardo Moraes Sarmento, doutorado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão e especializado em Turismo com Cabo Verde no centro das equações. Neste momento, a Boa Vista é o principal centro receptor turístico do país, “mas ainda há um grande contraste entre a população local e os turistas”, garante o investigador. O que se vê é uma linha que separa o paraíso azul das piscinas (em regime “tudo incluído” e em quadro resort), onde o do not disturb é respeitado à risca, da vida quotidiana da ilha.

Jogar à bola, comer papaia

Seja pelo facto de ser época baixa ou pela separação de que fala Moraes Sarmento, nas ruas de Sal Rei, o centro urbano da ilha, não se sente o peso dos passaportes e câmaras fotográficas. O ruído é manso e são mais os táxis do que os passageiros. Mulheres com força para carregar uma família inteira levam, desta vez, bacias floridas de papaia, manga e banana sobre as cabeças. As ancas são sempre largas, coloridas, e os olhos espiam qualquer pele luminosa que se cruze no caminho. No Esplanada, bar com tecto de folhas secas de palmeira, come-se uma boa cachupa guisada com ovo estrelado. É o prato do pequeno-almoço, do almoço, do lanche e do jantar, o que nunca cansa um bom cabo-verdiano, ciente da vida medrante numas garfadas de calorias.

É também em Sal Rei onde há mais rua: de noite, os amadores do Santa Bárbara tocam mornas e bebem Strela (a cerveja nacional), mas “só no fim-de-semana”, como ressalva João, pescador da Praia (capital do arquipélago, situada em Santiago) atracado na Boa Vista; ao meio-dia, joga-se à bola de pé descalço no campo municipal. Apesar dos quase 30 graus, os ventos alíseos e os banhos de festa na praia do Estoril põem o clima sereno. E às horas em que a vila parece ter tirado uma sesta, o mais certo é encontrarmos música e corpos que dançam no Bairro da Barraca, renomeado Bairro da Esperança para que se dissipem aos olhos mais desatentos as suas origens clandestinas. “Vivem lá muitas pessoas que trabalham nos hotéis e vendedores de artesanato, do Senegal e da Guiné”, descreve Djão. Numa volta pisam-se charcos, vende-se café, seca-se peixe a céu aberto. A música dispara das janelas, assim como as moscas, na denúncia de uma frágil estrutura sanitária. Aqui se montou o bairro da sobrevivência por se tratar de solo fértil. “Havia ali uma fonte que antigamente fornecia água a toda a vila”, aponta Djão, na terra onde já se contaram sete anos sem chuva.

“É um país onde os maiores recursos são os humanos”, nota o investigador Eduardo Moraes Sarmento. E é neles que pulsa Cabo Verde. Voltamos, então, à vida simples, que implica acordar cedo para soltar a rede ao mar, reparar o barco, ir ao trapiche tirar a calda à cana-de-açúcar, cortar a lenha que mais tarde irá abraçar o xerém. Maria do Carmo está lá fora, debaixo da ramada do maracujá, a espreitar o milho lento na panela de alumínio. “Nós já não pomos porco, que o meu marido não come… Quando é cachupa rica, pomos milho, feijão-pedra, carne, chouriço, batata-doce, couve, alho, galinha, mandioca.” E quando é pobre? “Ahh… Leva sempre milho e feijão! E depois juntamos atum, que é o melhor”, ensina a cozinheira no país onde o peixe é a fartura que mais mata a fraqueza (Djão já nos havia explicado que em Cabo Verde ninguém gosta de dizer “fome”, porque esse é um assunto sério).

Perguntamos ao marido, o senhor Brito, o que fazia antes de passar o tempo a dedilhar a viola. Sorri dos olhos às mãos para contar que “era pescador, agricultor, carpinteiro, pedreiro…” “Então disseram-me se fazia aquilo tudo, não podia ter profissão.” A casa, erguida pelas mesmas mãos da viola, continua em construção. Sabe que se um dia parar, fica sem isco na vida (e assim tem menos um imposto para pagar). Mostra fotografias dos filhos, convida a beber grogue. No terraço voltado para a planície cor-de-terra – como, aliás, é quase toda a ilha – conta que antigamente, durante as festas juninas de Santo António, havia quatro bailes. “Entretanto acabaram porque agora as pessoas são de outras ilhas e africantes [refere-se aos imigrantes vindos sobretudo do Senegal e da Guiné, em busca de uma vida melhor alavancada pelo turismo].” A mulher aproxima-se para adicionar à conversa: “O mundo está a mudar e agora tem muito atrevimento.” Como assim, atrevimento? “Antes não havia gás, era tudo a lenha. E agora quando cozinho na lenha, os meus filhos reclamam. Não gostam do cheiro a fumo.”

Figueiras e tarrafes

A catchupa a ficar pronta e Diddy à espera na pick-up de cheiro a novo. Na Boa Vista, andar de táxi – ou de “aluguer”, como também se diz por aqui – é das poucas maneiras de conhecer a ilha: primeiro, porque os caminhos nem sempre estão marcados; depois, porque os motoristas são bem mais do que mãos no volante: tornam-se companheiros de prato, partilham hits musicais, contam histórias com a leveza que lhes vai na boca. Enfiam-se as rodas em trilhos de terra seca, já os arbustos rasteiros e as palmeiras são miragem, para desenhos na areia longa da praia de Santa Mónica. Os caranguejos fogem correntes para o mar, em velocidade contrária à que se vive na ilha. Avistam-se três fatos de banho ao longe, bem longe. Dá tempo de gritar, mergulhar a cabeça nas ondas brancas e voltar ainda antes do eco.

Quebramos a sesta de Diddy para seguir viagem, rumo à aldeia de João Galego, no Norte. A publicidade desbotada da Coca-Cola aguenta-se no ramo de uma acácia; ao lado, o rosto de Amílcar Cabral surge retocado numa parede. “Isto é o centro”, indica Diddy, e o centro é uma praça onde se encaixam seis carros noutro tanto de casas. João Galego tem pedra no chão para que os cavalos passem a galope a fazer acontecimento na aldeia. O café estar fechado não é problema, que do passeio se faz esplanada para jogar às cartas, às escondidas do sol africano. Também é assim no Fundo das Figueiras ou em Cabeça dos Tarrafes, aldeias encolhidas, cada vez mais demoradas. Há sempre um comerciante a tentar vender artesanato, com um guião comum: “França? Itália? Portugal? Uma ou duas semanas na ilha? Cabo Verde é no stress.”

Na primeira povoação, acompanha-se o “dónute” de coco com uma Coca-Cola Nha Kretcheu (“gosto de ti”, em crioulo cabo-verdiano). Na segunda, encontra-se Mário (nome fictício) no alpendre, a refrescar o tempo. Depois da emigração e do mar que o levou às neves suecas e “por todo o mundo”, quis voltar à terra. “Tenho uma casa de praia aqui perto, onde vou passar os fins-de-semana”, conta, a fazer-nos ver que uma ilha é mundo suficiente para ter para onde viajar. Nesta, até há um deserto no meio, o de Viana.

 Sentimos Diddy cansado. As sestas são-lhe curtas. Põe-nos num instante no hotel para que as águas mansas da piscina, à vista, façam assentar as ideias de um dia sobre rodas. Os animadores puxam para dançar, tramam aulas de ginástica, chamam para cocktails de abacaxi. “Vamos adequando os nossos programas ao público do resort. No Verão, por exemplo, há muita animação e muita festa”, explica o belga Nick Wauters, responsável pela equipa de animação do Iberostar. Vive em Cabo Verde há 15 anos e chegou a gerir o Mazurca, a mítica discoteca dos boavistenses. Conta que os ritmos estão a sair da morna (que se diz ser originária desta ilha) e da coladeira para chegar mais ao zouk e ao kizomba. “É a nova geração”, resume, com a certeza clássica de que “qualquer cabo-verdiano gosta de festa”.  

Mas a Boa Vista não é ilha de arromba, isso é certo. “Festa faz-se em São Vicente”, confirmaram os conversadores desta viagem, ainda que aqui se dance com mais vontade do que em qualquer canto português (no Mazurca, no Max Clube ou no Morabeza, de pé na areia). A festa da Boa Vista faz-se em ver um humano acenar numa extensa paisagem de terra. Ter no coração um deserto e nos braços o lugar onde milhares de tartarugas caretta caretta – o símbolo da ilha – desovam todos os anos não é para todos os lugares. É para este, onde o mundo é tão largo que nos faz querer correr na praia em vez de nos fixarmos nela.

GUIA PRÁTICO

Como ir

Todas as terças-feiras e sábados a TAP opera voos directos entre Lisboa, Porto, Faro e a Boa Vista por um valor próximo dos 500 euros. Nos restantes dias, é preciso fazer escala na ilha do Sal. No caso de se optar por um pacote de viagem e alojamento, a Soltrópico propõe estadias mínimas de uma semana, no Verão, a partir de 629 euros.

Onde ficar

São diversas as opções de alojamento na ilha, com preços muito variáveis. A Fugas ficou hospedada  em regime all inclusive no Iberostar Club Boa Vista, resort 5 estrelas deitado sobre a praia de Chaves, com comodidades como spa, piscina, restaurantes, lojas e ginásio. 

Em Agosto, sete noites no Iberostar, com tudo incluído, rondam os 915 euros para duas pessoas. Até dia 18 de Outubro, é possível usufruir de um programa especial que inclui o voo desde Lisboa e sete noites na ilha cabo-verdiana (reservas até dia 30 de Junho) por preços a partir dos 790 euros. Para as crianças, o pacote é gratuito. Mais informações em www.soltropico.pt.

Para quem pretende um modelo diferente do resort (e também mais económico), os preços vão desde os 151 euros por 14 noites (sem pequeno-almoço), em hotéis como o La Boaventura, em Sal Rei.

O que comer (e beber)

Uma vez em Cabo Verde, será pleonástico lembrar que o importante é abusar do peixe, mas convém conhecer a fauna que habita as águas mornas do arquipélago. O atum, o serra, a garoupa, o bica, o badejo e a moreia são os mais conhecidos entre os pescadores. Os locais recomendam o Esplanada e o Mangueira, em Sal Rei, para comer a cachupa rica e a guisada (do dia seguinte e acompanhada de ovo estrelado ou bife de atum). Não esquecer as papaias de Santiago e Santo Antão, os maracujás e o queijo fresco de cabra (muitas vezes, acompanhado com doce de papaia e canela). Como bebidas, a prova recai sobre o tradicional grogue, o ponche de mel-de-cana e o vinho da ilha do Fogo.

Explorar a ilha

Andar de táxi, alugar um automóvel ou participar numa excursão são as opções mais comuns para conhecer a Boa Vista. Vale a pena ir a Sal Rei, ao Rabil, à Povoação Velha e às aldeias de João Galego, Fundo das Figueiras e Cabeça dos Tarrafes, bem como às praias de Santa Mónica e do Estoril (uma praticamente deserta e a outra com a vida das gentes). Paralelamente, actividades como o mergulho, o surf, o kitesurf e o windsurf, andar de moto 4 ou de catamarã, e a observação de tartarugas (entre Maio e Outubro), de baleias, de golfinhos e tubarões são programadas por empresas como a Soltrópico ou a Barracuda Tours, ou por associações como a Natura 2000 (para programas de natureza).

O aluguer de um automóvel ronda os 65 euros por dia. A título de exemplo, um percurso de cerca de 10 km de táxi custa 10 euros.

Informações úteis


- Apesar de o escudo cabo-verdiano (CV) ser a moeda local, o euro é bastante utilizado.  

- Turistas com mais de 15 anos pagam uma taxa hoteleira de dois euros por noite.

- É necessário um passaporte com validade mínima de seis meses e um visto turístico, que pode ser tratado no país de origem ou à chegada, no aeroporto, sob o pagamento de 25 euros.

- Não é aconselhado o consumo de água corrente.

- Não são necessários cuidados especiais de vacinação.

A Fugas viajou a convite do Iberostar Club Boavista

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