Aterramos na Islândia no dia mais longo. É precisamente meia-noite, entre domingo 21 de Junho e segunda-feira, 22, mas podia ser meio-dia. O aeroporto fervilha de gente, aviões a aterrar, outros a partir, gente à espera, gente puxando malas, gente trocando dinheiro, gente procurando um táxi. Lá fora, luz – não a luz clara do sol, mas um azul misterioso, uma cor de gelo que nos deixa estranhamente acordados.
E assim vai continuar nas horas seguintes, enquanto chegamos ao hotel, junto ao velho porto de Reiquejavique. Um enorme barco que está a ser arranjado ergue-se em frente do edifício, rodeado pela mesma luz azul. É preciso dormir, porque de manhã cedo partimos para o Norte da ilha, mas, apesar de corrermos as cortinas do quarto, a sensação de que a noite não existiu (nem vai existir nos próximos dias) perturba-nos o sono.
A multidão no aeroporto não tem a ver com o solstício de Verão. É assim há já algum tempo. A Islândia tornou-se moda e os próprios islandeses ainda estão estupefactos com a velocidade dos acontecimentos e a tentar encontrar uma explicação para o que aconteceu.
Curiosamente, na origem da súbita popularidade islandesa parecem estar duas más notícias: a crise financeira em que o país mergulhou, e da qual está lentamente a sair, e a erupção do vulcão de nome impronunciável, o Eyjafjallajökull, que provocou o caos no tráfego aéreo do Norte da Europa em 2010. As duas notícias colocaram a Islândia na actualidade e, de repente, os outros povos começaram a olhá-la com uma curiosidade inédita.
A ilha gelada do Norte da Europa foi sempre um lugar particularmente calmo, com poucos habitantes e poucos turistas. Continua a ter poucos habitantes (actualmente são 328 mil, a grande maioria dos quais vive na zona de Reiquejavique), mas está a receber perto de um milhão de turistas por ano. E assim, aquele que era até agora o país dos vikings, dos vulcões, de Bjork e dos Sigur Rós, está a reinventar-se como destino turístico. Fomos ver como.
A lagoa
A lagoa Azul, um spa natural em Grindavik, a menos de uma hora de distância de Reiquejavique, tornou-se o maior ícone da Islândia. No ano passado recebeu 700 mil visitantes, ou seja, duas vezes o total de população da ilha. Apesar disso, o ambiente não é caótico (embora as reservas para a visita tenham que ser feitas com antecedência).
Passagem pelo balneário para vestirmos os fatos-de-banho e dirigimo-nos para a lagoa. O cenário é irreal. Das águas azuladas, rodeadas por rochas negras de lava vulcânica, desprende-se uma névoa que envolve as pessoas que, como fantasmas, caminham lentamente sem destino óbvio. Como os soldados de caras pintadas de branco que guardam Kurtz/Marlon Brando na sua fortaleza no final do rio em Apocalipse Now, também aqui as figuras despontam por entre a névoa com os rostos brancos.
Há uma explicação para este cenário onírico: estas águas marítimas são ricas em algas e em minerais como a sílica (que reflecte a luz do sol e lhe dá o tom azulado, quando na realidade a água é branca) e as pessoas são encorajadas a fazer uma máscara facial com a pasta branca que se pode retirar, com a ajuda de conchas de madeira, de pequenos nichos na pedra. A água (seis milhões de litros) está a uma temperatura entre os 37 e os 40 graus e em alguns pontos é quase demasiado quente. Duas raparigas percorrem a lagoa dando a experimentar os cremes naturais que se vendem no spa.
Bjorgvin Gestsson, um islandês que acompanha a nossa visita, conta que ainda recentemente era muito fácil para um local ir tomar um banho à lagoa Azul, que no início nem sequer tinha nenhuma estrutura de apoio como a que tem hoje, com balneários, loja e restaurante. Mas isso foi antes de o turismo a ter transformado num sucesso (chegou mesmo a ser usada como cenário para filmes), de tal forma que no princípio do próximo ano vai iniciar-se ali a construção de um hotel de luxo, com conclusão prevista para 2017.
A história da lagoa Azul começa em 1976 quando, depois da construção de uma central eléctrica que usa a energia natural das águas quentes, formou-se uma piscina natural que, a partir de 1981, começou a ser usada pelas pessoas e a partir de 1992 a ser explorada por uma empresa.
Mas o mais irreal da nossa experiência na lagoa Azul é o final. Deixamos o local depois do jantar, já perto da meia-noite, com a luz de um entardecer de Verão e percorremos o caminho de regresso aos carros por entre as pedras de lava negra. Não é dia e não é noite. Como astronautas abandonados num planeta distante, esquecemo-nos das horas no meio de uma paisagem lunar a observar um sol que nunca se põe.
A comida
Estamos em Husavik, na ponta norte da Islândia. Apesar de ser preciso sobrevoar toda a ilha para lá chegar (ou, em alternativa, percorrê-la de carro pela estrada que segue ao longo da costa) é uma zona que começa a ter também cada vez mais turistas sobretudo porque se apresenta como “a capital do avistamento de baleias”.
Acabámos precisamente de fazer uma viagem de barco, vestidos como o homem da Michelin, com fatos que não deixam entrar o frio. Só que o frio (por causa da velocidade do barco) é cortante e gela-nos as mãos e a cara. Vimos os golfinhos a saltar à nossa frente como se soubessem exactamente como conseguir o melhor efeito nas fotografias. E vimos uma baleia exibindo toneladas de elegância nos seus elaborados mergulhos.
A nossa excursão não podia ter corrido melhor, mas agora estamos cheios de fome e não vamos conseguir esperar pelo jantar. Por isso lançamo-nos para uma roulotte para ver o que podemos petiscar. E, lá está ele, um pequeno quadro negro escrito a giz anunciando, em inglês, a especialidade que tínhamos visto Anthony Bourdain, no seu programa televisivo No Reservations, considerar simplesmente uma das piores coisas que alguma vez tinha provado: o hákarl, carne de tubarão fermentada. Mas estávamos ali. Não havia como escapar.
Reli o que estava escrito no quadro: “Traditional Icelandic ‘Rotten’ shark meat”, seguido de uma explicação de que se trata de “um prato nacional da Islândia” no qual a carne de tubarão é sujeita a “um processo particular de fermentação e pendurada a secar durante quatro, cinco meses”. Vende-se aqui, acrescentavam, com um pequeno smile inocente a acompanhar.
Os pedacinhos de carne branca vêm numa caixa de plástico redonda e hermeticamente fechada. Depois de a abrirmos, notamos imediatamente o cheiro a lembrar algum tipo de queijo francês de forte personalidade. Mas só no paladar se revela inteiramente a identidade do hákarl – um acentuado sabor a amoníaco que nos leva logo a desejar ter acreditado mais em Bourdain.
Durante a estadia na Islândia perguntamos a vários locais se gostam desta especialidade e não recebemos uma única resposta afirmativa. Alguns encolhem os ombros como quem diz “não me importo”, outros limitam-se a fazer um pequeno sorriso, reproduzindo o enigmático smile da roulotte.
No seu The Little Book of the Icelanders in the Old Days, Alda Sigmundsdóttir explica que, apesar de hoje o “tubarão apodrecido” servir sobretudo para os islandeses se rirem com as caras que os turistas fazem ao prová-lo, há uma razão válida para a sua existência: “Esta espécie particular de tubarão (da Gronelândia) acumula urina na carne. […] No passado, se alguém ingerisse este amoníaco teria uma morte terrível. Por isso era preciso que o tubarão passasse por um processo de desintoxicação antes de poder ser consumido pelos humanos. Era então enterrado na terra durante várias semanas para permitir que o amoníaco saísse e depois era pendurado a secar. Por essa altura tinha desenvolvido um sabor, digamos, pungente. Mas cumpria a sua função – alimentar as pessoas sem as matar no processo.”
Outra herança desses tempos difíceis é o peixe seco que é vendido em lascas e comido com manteiga e que compramos de seguida para tentar esquecer o sabor do tubarão.
Mas não é justo reduzir a gastronomia islandesa ao hákarl. Nessa noite, no jantar em Husavik, provámos também um bife de baleia – uma carne escura e intensa, a lembrar cavalo ou javali – servida com um molho de bagas vermelhas. E nos dias seguintes foram-nos apresentadas outras especialidades de uma cozinha que tem no peixe e no marisco os seus grandes trunfos.
Viktor Orn Adresson é o chef do restaurante Lava, na lagoa Azul e foi o Chef Nórdico do Ano em 2013. Para receber o grupo de jornalistas portugueses preparou um jantar em torno do bacalhau fresco – um peixe pouco consumido na Islândia porque sempre se destinou sobretudo à exportação, mas que hoje começa, aos poucos, a tornar-se mais popular. Viktor usou vários sabores nórdicos – rábano, endro, aipo – e serviu também o tradicional pão escuro, de centeio, que é cozinhado enterrado na terra aproveitando o calor das zonas termais.
Numa breve conversa antes do jantar, o chef contou como as coisas têm mudado rapidamente na Islândia nos últimos anos. “Agora recebemos três vezes a população do país em turistas. Por isso estão a aparecer novos restaurantes em todo o lado. Todos os dias podemos comprar peixe fresco e vende-se sempre. Isso não acontecia antes e por isso usávamos muito mais peixe congelado.”
A Islândia está a ser contagiada pela chamada “revolução gastronómica nórdica”? Está, diz Viktor, embora de uma forma mais discreta que outros países. “Mantemos a nossa história na comida, mas modernizámos um pouco, já não empratamos como antigamente. E usamos todos os ingredientes nórdicos, mariscos, bagas, coisas da natureza.” São produtos semelhantes aos que existem nos outros países escandinavos. “Talvez o skyr seja a única coisa que temos de diferente e que vendemos aos outros”, afirma, referindo-se a um produto entre o iogurte e o queijo fresco que terá começado a ser produzido na Islândia no século IX mas que conheceu uma explosão de popularidade nos últimos anos.
Este é um dos efeitos positivos da crise: os islandeses foram obrigados a olhar para dentro e a valorizar o que têm. “Antes da crise os restaurantes importavam canguru da Austrália, veado da Nova Zelândia e peixe de todo o mundo, mas depois começámos a olhar para o que temos.” E que imagem é que a Islândia quer dar da sua gastronomia? “Quando se pensa na Islândia pensa-se em pureza e frescura. Devemos preservar isso. É o mais importante.”
As lendas
O restaurante Lava, da lagoa Azul, foi construído por entre as pedras de lava da zona. Conta o islandês Bjorgvin Gestsson que não foi uma tarefa fácil. A máquina que deveria perfurar a pedra avariou mais do que uma vez e as obras não avançavam. Os trabalhadores começavam a ficar inquietos – e os investidores ainda mais.
Até que, continua Bjorgvin divertido, alguém decidiu chamar uma das pessoas que “comunicam com os elfos”. E em boa hora o fizeram porque, reza a história, os elfos estavam mesmo descontentes com a obra num território deles. Os elfos foram muito claros: queriam conhecer o projecto, queriam ver os desenhos. Os arquitectos apressaram-se a colocar todo o projecto numa pen que foi depositada numa falha na rocha. E, garantem-nos, a partir daí as obras decorreram sem mais problemas. Os elfos tinham aprovado o projecto.
A Islândia é um país de lendas e de fantástico e para muita gente os elfos e outros seres do género são parte do quotidiano. Ou será que não? Alda Sigmundsdóttir diz que não, que toda a história dos elfos é “para turista ver” e para alguns (organizadores de visitas a elfos que nunca se materializam, por exemplo) ganharem dinheiro.
Dito isto, há algo de fantástico nesta terra de água e fogo, como os fãs de Bjork ou dos Sigur Rós bem sabem. Pela sua posição geográfica, a Islândia manteve-se relativamente isolada (a língua islandesa, por exemplo, é semelhante a uma versão arcaica do norueguês) e talvez por isso as histórias do tempo dos vikings mantêm-se presentes.
A revista em inglês Iceland Magazine contava num dos seus números que a Ásatrú, a religião praticada pelos primeiros colonos vikings a chegar à ilha, está hoje a despertar interesse num número crescente de pessoas. A palavra que dá nome a esta religião pagã significa simplesmente “ter fé nos deuses” e era isso que os vikings faziam antes de a Islândia se ter tornado cristã no ano 1000, numa cedência que poderá ter evitado uma guerra civil. Mas, aparentemente, o panteão de deuses e deusas não foi esquecido e o grupo de 12 pessoas que em 1972 praticavam esta religião, que foi oficialmente reconhecida em 73, aumentou para 3000 hoje.
Para perceber esta presença do passado na vida dos islandeses é preciso recuar no tempo e entender a história do país desde o século IX, quando aqui chegaram os primeiros vikings, que começaram a povoar a ilha vulcânica socorrendo-se de escravos, muitos dos quais vindos das ilhas britânicas, nomeadamente da Irlanda.
A vida nesses primeiros tempos não era apenas difícil – era duríssima. Imagine-se uma ilha onde praticamente só existe turfa e pedra e onde estes primeiros colonos tentaram lançar as bases da agricultura. Foi preciso organizar uma sociedade a partir do zero. Daí que a Islândia se orgulhe de ter um dos mais antigos parlamentos do mundo.
O que é curioso é que toda esta história está registada no chamado Landnámabók, ou Livro dos Colonatos, uma obra medieval, dividida em cinco partes e com um total de 100 capítulos, que descreve em detalhe o povoamento da Islândia desde a chegada dos primeiros 435 homens.
O registo da história islandesa continuou mais tarde na chamada Idade das Sagas, com uma série de sagas escritas nos séculos XIII e XIV descrevendo os acontecimentos dos séculos anteriores numa mistura de heróis, heroínas, fantasmas e trolls. Uma herança literária poderosa que talvez explique o elevado número de escritores per capita que existe actualmente na ilha.
O parlamento do século IX
Depois de visitarmos a lagoa Azul, viajamos até Thingvellir, o parque natural que hoje existe onde esse parlamento original (o Althing) começou a funcionar no ano 930, e que foi classificado como Património da Humanidade pela UNESCO. O local – que hoje se tornou outra das grandes atracções turísticas da Islândia – foi escolhido por se encontrar na intersecção de diferentes vias, o que facilitava a viagem dos representantes dos vários grupos, que ficavam alojados em abrigos provisórios durante o período da reunião.
Todos tinham direito a falar, mas havia apenas um indivíduo, de entre os vários chefes seculares e religiosos, encarregado de enunciar as leis antes de estas passarem a escrito. Era também nesta assembleia que se resolviam as questões da justiça. E, apesar de o país ter passado, mais tarde, para o domínio da Dinamarca, Thingvellir manteve-se sempre como um símbolo da unidade e independência para os islandeses.
Como estamos no Verão, o parque está verde e, a partir de um miradouro alto, a nossa vista abarca um horizonte que parece infinito. Aos nossos pés estende-se uma impressionante falha geológica – como se o mundo se tivesse aberto ali e se preparasse para nos engolir, mas subitamente tivesse desistido e ficasse congelado nesse emaranhado de pedras a apontar o céu.
Estamos perante uma das manifestações da Dorsal MesoAtlântica, a cordilheira submarina que se estende sob os oceanos Atlântico e Árctico e que emerge em determinados locais, formando ilhas. Esta cordilheira, que tem um dos seus pontos mais elevados na ilha do Pico, nos Açores, ter-se-á formado no eixo de separação de duas placas tectónicas, a norte-americana e a euroasiática. E a terra que vemos está em movimento (há, aliás, frequentemente terramotos na zona) – lento, é certo, mas em movimento: calcula-se que o afastamento seja de cerca de cinco milímetros por ano.
Outro dos pontos altos da visita a Thingvellir é o lago de Thingvallavatn, o maior lago natural do país. Na margem norte existe a falha de Silfra, onde se pode mergulhar e fazer snorkeling e cujas águas, dizem (não chegámos a mergulhar por falta de tempo), permitem uma visibilidade excepcional que chega aos 70 ou 80 metros. Mergulhar aqui significa nadar na falha entre dois continentes – o que por si só é emoção suficiente.
Muita coisa mudou na Islândia desde esses “velhos tempos” descritos no livro de Alda Sigmundsdóttir. Mas o carácter dos islandeses vem, em grande parte daí. Eram tempos em que não havia para comer mais do que peixe seco com manteiga (sim, esse hábito começa aí) e em que a sobrevivência dos homens dependia quase exclusivamente das ovelhas.
Eram estas que davam o leite, a manteiga e o mítico skyr, mas também a lã – e, a propósito, quem visita hoje a Islândia pode fazer um tour que combina tricot (para aprender a fazer o padrão das famosas camisolas islandesas) com caminhadas pela natureza. Há programas como “tricotar no gelo” ou “tricotar e escalar entre o fogo e o gelo”, “tricotar e escalar sob o sol da meia-noite” ou ainda “tricotar e escalar com os elfos”.
É que, apesar de a invasão de turistas começar a provocar alguma irritação – há quem diga que já se tornou “impossível” para um islandês andar no centro de Reiquejavique –, o país continua a apostar em campanhas internacionais para atrair mais visitantes.
A mais recente coloca uma série de islandeses nos sítios mais extraordinários – no meio de florestas ou junto a geisers – e tem como slogan: “Perguntem a Gudmundur”. Gudmundur, um dos nomes mais comuns na Islândia, é, dizem eles, “o maior motor de busca humano” para quem quiser saber mais sobre esta estranha terra de gelo e de fogo, onde (pelo menos no Verão) o dia nunca acaba e a noite é uma promessa eternamente adiada. Dormir? Podemos sempre dormir no Inverno. Não é verdade, Gudmundur?
Guia prático
Quando ir
Apesar da imagem de um sítio gelado, a Islândia tem um clima muito agradável, sem grandes variações, com verões frescos e invernos não demasiado frios. A maior diferença é mesmo o número de horas de luz: na altura do Equinócio de Verão quase não há noite e no de Inverno as horas de escuridão prolongam-se por quase todo o dia.
Como ir
Não há voos directos entre Portugal e a Islândia, é sempre necessário fazer uma escala. Os preços rondam os 800 euros, mas é possível arranjar promoções.
Onde ficar
O Reykjavik Marina é uma óptima opção. Situado junto ao porto velho da cidade, tem um estilo nórdico, descontraído e muito confortável. Tem um bar com grande animação à noite e um excelente pequeno-almoço. Faz parte da cadeia Icelandair, que tem hotéis em vários pontos da Islândia (e um outro na capital o Reykjavik Natura). www.icelandairhotels.com/en/hotels/marina
Onde comer
No excelente restaurante Lava no “spa natural” da lagoa Azul há cozinha de autor com produtos locais. Para comer bom peixe e marisco, uma opção interessante é o Hafid Bláa, na zona de Eyrarbakki, um espaço muito agradável junto a uma praia deserta.
O que fazer
A Islândia é um destino para quem gosta de turismo de natureza. E aí há muito que fazer e em paisagens extraordinárias que não se encontram noutros lugares: há passeios para ver os glaciares, pode-se ver a aurora boreal (entre Setembro e Maio), há passeios com cavalos islandeses, uma raça bastante pacífica, há passeios de jipe e escaladas. Um dos tours mais populares é o Círculo Dourado, que parte de Reiquejavique e inclui três dos locais mais visitados do país, a impressionante cascata Gullfoss, o géiser Geysir, e o Parque Nacional de Thingvellir, onde, para além de se conhecer a origem de um dos primeiros parlamentos do mundo, se pode fazer mergulho e snorkeling. Há excursões organizadas para todas estas actividades. Mas, em alternativa, pode-se alugar um carro e contornar a ilha, visitando outros parques naturais, géisers, vulcões e glaciares.
Na zona se Husavik, no Norte, não perder os passeios de barco para ver golfinhos e baleias. E também os incríveis puffins, ou papagaios-do-mar, com os seus corpos de pinguins e bicos laranja.
Em Grindavik, perto de Reiquejavique, há um Museu do Peixe Salgado que vale a pena visitar para se compreender a importância que o bacalhau (muito do qual exportado para Portugal e Espanha) teve desde sempre na vida dos islandeses.