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Montreux: aqui jazz a inspiração

Por Sousa Ribeiro

Há 50 anos, a cidade suíça acolhia a primeira edição do festival de jazz. Quatro anos mais tarde, um incêndio no casino inspirou o clássico dos Deep Purple Smoke on the Water. Pretexto para uma visita a uma cidade serena, sempre de cara virada para o lago e para as montanhas.

As origens e o incêndio

We all came out to Montreux

On the lake Geneva shoreline

To make records with a mobile

We didn't have much time

Frank Zappa and the Mothers

Were at the best place around

But some stupid with a flare gun

Burned the place to the ground

Smoke on the water, a fire in the sky

Smoke on the water

A 4 de Dezembro de 1971, Montreux, na Suíça, ficou definitivamente associada à história do rock. Um incêndio no casino, durante um concerto de Frank Zappa e os Mothers of Invention, inspirou o clássico dos Deep Purple Smoke on the Water.

They burned down the gambling house

It died with an awful sound

Funky Claude was running in and out

Pulling kids out the ground

When it was all over

We had to find another place

But Swiss time was running out

It seemed that we had lose the race

Smoke on the water, a fire in the sky

Smoke on the water

Os Mothers of Invention executavam King Kong quando, durante um solo de sintetizador de Don Preston, alguém, entre o público, lançou um sinalizador que atingiu o tecto de madeira e as chamas rapidamente se propagaram – essa é, pelo menos, uma das versões. Quem estava presente, jura que a banda tratou o incidente com a natural irreverência que a caracterizava mas, apercebendo-se do perigo iminente, Frank Zappa e os restantes elementos não tardaram a dirigir-se para as saídas de emergência, enquanto Claude Nobs, o director do Festival de Jazz de Montreux, como se pode ler na letra de Smoke on the Water, entrava e saía do edifício para ajudar os fãs a escapar ao que se presumia ser o colapso do casino.

We ended up at the Grand Hotel

It was empty, cold and bare

But with the Rolling truck Stones thing just outside

Making our music there

With a few red lights, a few old beds

We made a place to sweat

No matter what we get out of this

I know, I know we'll never forget

Smoke on the water, a fire in the sky

Smoke on the water

Não há registo de vítimas mortais. Mas Frank Zappa faleceu no dia 4 de Dezembro de 1993, precisamente 22 anos após o incêndio que destruiu o edifício e motivou os Deep Purple a lançar aquela que é a sua música mais mítica. Numa entrevista nesse mesmo ano, em 1971, Frank Zappa elogiou a organização e considerou-se com sorte por muitos dos fãs perceberem inglês. "Eu não sabia o que lhes dizer em francês."

A chegada do Verão

Nove anos depois de a ter conhecido, em Genebra, logo após a sua eleição como Miss Suíça Romanda, reencontro-me com Marianne de Cocatrix, agora em Montreux, nas margens do lago que recebe os jogos de luzes e de cores. A jovem, de ascendência filipina, olha em redor, em silêncio, percorrendo com os olhos as montanhas ainda com os seus picos nevados, as vinhas em socalcos e a superfície da água, de tal modo concentrada que eu era capaz de jurar que se esqueceu da minha presença. Depois, volta-se para mim com um rosto sorridente emoldurado por um cabelo negro como o carvão que lhe chega abaixo dos ombros, agora com mais brilho nuns olhos que fazem lembrar um felino.

- As vistas são fantásticas, é um lugar que emana paz. Mas também aprecio Montreux pelas suas discotecas, pelo casino, pelos seus restaurantes e hotéis cheios de charme e por ser uma cidade com tantos eventos ao longo do ano, como o Sundance ou o Festival de Jazz.

Volta a prestar atenção a tudo o que a envolve como quem busca inspiração para prosseguir o seu pensamento.

- O festival de jazz de Montreux é de longe o melhor na parte francesa da Suíça. Tudo acontece na cidade e próximo do lago, com os seus diferentes estilos de música e muito mais classe, por exemplo, do que o Paléo Festival, em Nyon.

Marianne de Cocatrix não era ainda nascida quando ocorreu, em 1967, a primeira edição do festival. Aurélia Guillot tão-pouco. Mas o cargo de delegada do departamento de Media & Comunicação do Turismo de Montreux-Vevey permite-lhe um conhecimento que escapa à rainha da beleza. 

- Nesse ano, Montreux recebeu três mil espectadores em três dias. Actualmente, esse é o número de elementos necessários para a organização do certame, para dar as boas-vindas a cerca de 90 mil que assistem aos concertos, bem como a outros 230 mil que visitam Montreux durante o período em que decorre.

Para uma cidade pacata, onde se respira tranquilidade e tão agradável especialmente quando o sol afasta as cortinas do céu, o contraste entre os mais de 15 dias em que decorre o festival e os restantes do ano parece evidente.

- Para a maior parte das pessoas da região é um evento importante e imperdível. Como Montreux não é assim uma cidade tão grande, pode-se, definitivamente, sentir a atmosfera do evento um pouco por todo o lado, enfatiza Aurélia Guillot.

Ao longo das margens do lago, as tendas cheias de vida e as barraquinhas de comida contribuem para transformar o espaço num teatro de emoções, línguas de diferentes países escutam-se por entre a música que se insinua a cada instante. 

- A chegada do festival marca, em parte, o início de um Verão fantástico, recorda Aurélia Guillot, antes de me garantir que as suas respostas são baseadas na sua opinião pessoal e nos seus sentimentos.

- Esta é a forma como vejo Montreux pessoalmente e não uma mera visão de marketing que procuro transmitir à imprensa.

Por instantes sorri, como se de repente se arrependesse das palavras ou se recordasse de algum episódio.

- A minha zona preferida é ao ar livre, ao longo das margens do lago, onde há concertos gratuitos e um ambiente tão específico que não é fácil descrever apenas através de palavras. O festival é um local de encontro, onde nos cruzamos com os nossos amigos, com novas pessoas de diferentes países, com artistas, com voluntários.

Afinal, Aurélia Guillot não está arrependida. Apenas quer partilhar uma doce memória.

- No ano passado, estou agora a lembrar-me, foi organizada uma silent disco, uma festa em que cada um usava uns headphones e dispunha de três canais com música distinta. Todos dançávamos e ríamos juntos. Fazia calor.

Ri-me.

- Bem, para os padrões do país. Um grande momento, pelo menos para mim.

Emoção no parque

O palco foi o Parque Vernex, pelo qual caminho agora, a meio da tarde e sob um céu azul, para admirar as árvores centenárias e as magnólias majestosas, enquanto o sol vai estilhaçando as águas do lago e uma suave brisa percorre com um frémito de vida as flores de múltiplas tonalidades que pintam as margens.

Vizinho do Auditório Stravinsky, um dos cenários privilegiados do festival, o parque acolhe diferentes obras de arte, como a fonte dedicada à memória de Vibeke, assinada por Jean Flemming Soerensen, bem como a escultura Montrailes, da autoria de Antoine Poncet. Lugar ideal para as famílias e para quem pretende um pouco de repouso, abriga também, numa das suas extremidades, os bustos de Richard Strauss e de Miles Davis, esculpidos por Bernard Bauvaud e exemplos do rico passado da Riviera de Montreux, que continua a viver num tempo bem presente.

- A Riviera é um cantinho do paraíso, que sempre atraiu tantos artistas, tantos homens das letras, bem como viajantes em busca da beleza natural, da paz e da inspiração.

Aurélia Guillot antecipa-se à minha pergunta e da mesma forma, tão rápida, encontra uma explicação para esta atracção.

- Tem a ver, em grande parte, com o microclima mas igualmente com o esplendor do lago e das montanhas que o rodeiam, que têm tanto de impressivo como de tranquilizador.

Mais uma pausa.

- O pôr do sol semelha-se a um quadro de um pintor renomado e tudo se conjuga para transformar Montreux num destino especial, num lugar que tem de ser visto pelo menos uma vez na vida.

Deixo para trás o lago e caminho ao longo de dez minutos até descobrir ruas íngremes e empedradas, fontes que jorram água fresca, o vieux quartier, com os seus bares e os seus restaurantes, as suas vistas admiráveis ao dobrar de cada esquina, as suas casas de tantas cores e as flores que vão tombando, aqui e acolá, sobre as suas fachadas.

É tempo para visitar o Museu de Montreux que, por sua vez, revisita a rica história da cidade. Localizado próximo da estação ferroviária, recorda o turismo na Belle Époque (não perca a exposição, até início de Novembro, sobre os 150 anos do desporto, uma retrospectiva que vai até à segunda metade do século XIX, quando Montreux sentiu necessidade de fidelizar e divertir os turistas que por essa altura começavam a chegar) mas que exibe também, no interior dos seus edifícios do século XVII (antigas casas vinhateiras, uma delas com uma torre imponente, em plano rectangular e sob a qual existe uma passagem), moedas, utensílios em madeira, entre outras mostras que nos remetem para o Paleolítico, o Neolítico, a Idade do Bronze, assim como para a presença dos celtas, dos helvéticos e dos romanos, sem esquecer a Idade Média, quando Berna ocupou o então chamado Pays de Vaud (cantão desde 1803).

Também no coração da parte antiga de Montreux, a Maison Visinand, cuja data de construção é desconhecida – embora se admita a sua existência já no século XVI - é um dos melhores exemplos arquitectónicos da cidade e está classificado como monumento histórico. Alvo de importantes reformas durante a parte final do século XVIII (a maior parte da estrutura é dessa época), serviu de sede administrativa antes de passar pela mão de diferentes proprietários e de se tornar uma pensão – a pensão La Couronne, pertencente a François Louis Visinand e durante muitos anos na posse da família, até ser adquirida e transformada num teatro e centro cultural com exposições de arte contemporânea, belas-artes, pintura, escultura e fotografia, entre outras.

A subida deixa-me cansado mas a vista que se oferece à minha contemplação, desde a Rua do Templo, tendo a igreja de São Vicente como companhia silenciosa, compensa o esforço: as vinhas de Lavaux, por onde Charles Dickens gostava de passear ao final da tarde, o lago, as montanhas agora já com contornos pouco definidos e o castelo de Chillon envolto numa espécie de bruma. 

A pena de Byron

Se caminhar ao lado do lago, escutando o seu permanente murmúrio, não demorará mais de 45 minutos até chegar a um castelo que há pouco mais de 200 anos (celebrados em 2016) se tornou famoso graças à pena de Lord Byron, com o poema O prisioneiro de Chillon, inspirado em François Bonivard, atirado para as masmorras pelas suas ideias sediciosas e mais tarde libertado, em 1536, pelas tropas dos senhores de Berna. Byron esculpiu o nome no pilar onde, supostamente, François Bonivard foi amarrado, pintores como William Turner ou Gustave Coubert eternizaram a silhueta do castelo em quadros, escritores como Jean-Jacques Rosseau, Mary Shelley ou Alexandre Dumas não resistiram a escrever sobre esta construção que, ocupando uma localização estratégica sobre o lago Léman, supostamente recebe mais visitantes do que qualquer outro monumento em todo o país (estima-se que são 300 mil por ano). A fortaleza, erguida no século XIII, oferece um conjunto de pátios, de torres e corredores repletos de armas, de mobílias de tempos ancestrais e obras de arte, um verdadeiro forte quando para ele se olha chegando por via terrestre, muito mais dócil, como se abrigasse uma princesa entre as suas paredes, quando avistado desde as águas do lago. Construído, em grande parte, pela Casa de Savoy, depois tomado pelos governantes de Berna após Vaud ter caído nas mãos daquele cantão, o castelo parece depositar uma parte do seu orgulho nos frescos que a capela de St. Georges exibe, mas também nas fantasmagóricas masmorras góticas.

Regresso à cidade quando o sol está prestes a ser engolido. Ao meu lado, o lago enche-se de cores crepusculares e de silhuetas, produzindo um cenário harmonioso. Sento-me, por momentos, a respirar o ar puro, ao lado da estátua de bronze (erguida em 1996 e onde os fãs continuam a colocar flores) de Freddie Mercury e a meia dúzia de passos do elegante mercado coberto. O vocalista dos Queen viveu durante alguns anos na cidade e o último álbum da banda, Made in Heaven, foi gravado no Mountain Studio, no casino de Montreux. 

Recordo-me de perguntar a Aurélia Guillot o que lhe sugeria, numa única palavra, Montreux. A jovem, sem qualquer maldade, enganou-me, deixando assomar aos lábios não uma, mas duas palavras:

- Inspiração. Pura inspiração.

É o slogan de Montreux e da Riviera. E parece ser assim já há muitos anos, para Vladimir Nabokov, para Ernest Hemingway, para Stravinsky, para Tchaikovsky e tantos outros.

Até Aurélia Guillot me parece inspirada:

- É como dizia Freddie Mercury: se queres paz de espírito, vem para Montreux.

Permanece actual e ameaça não passar de moda. Pelo menos tão cedo. Como algumas canções.

Smoke on the water, a fire in the sky

Smoke on the water

 

Guia

Quando ir

Se pretende assistir ao festival de jazz, reunindo o melhor do rock, do blues e do jazz, a discussão termina aqui (veja o capítulo informações sobre o programa deste ano); se deseja visitar Montreux numa outra altura, pode sempre fazê-lo – em qualquer estação, depende dos seus planos. Para que não seja surpreendido, Montreux goza de um clima quente e temperado, com precipitações significativas, mesmo nos meses mais secos.

Como ir

A easyJet voa diariamente entre Lisboa e Genebra com uma tarifa que ronda os 160 euros – desde que reserve com alguma antecedência e tenha alguma flexibilidade. A TAP cobra aproximadamente 300 euros, enquanto a Swiss não chega aos 230 euros (preços segundo uma consulta efectuada seis semanas antes).

Do aeroporto de Genebra, não demorará mais do que uns minutos para chegar a Cornavin, de onde mais facilmente poderá definir o seu destino, sem que tal o obrigue a uma espera demorada, seja de autocarro ou de comboio. Em todo o caso, para poupar algum dinheiro, tente garantir um bilhete grátis Uniresco (válido por 80 minutos na Zona 10, que inclui o centro e a maior dos lugares onde os hotéis estão concentrados) no aeroporto, nas máquinas colocadas nas proximidades do lugar onde recolhe as bagagens (mas não se esqueça de manter na sua posse o bilhete de avião não vá dar-se o caso de ser controlado).  

Alugando carro ou recorrendo ao transporte público, a paisagem, entre Genebra (melhor mesmo a partir de Lausanne) e Montreux é de cortar a respiração, especialmente num dia com luz, com um céu azul, vinhas em socalcos tombando sobre o lago, os Alpes despontando nas alturas.

Desde a estação ferroviária de Genebra há, pelo menos, uma ligação a cada 30 minutos com paragem em Montreux.

Onde dormir

Auberge de Jeunesse
Passage de l'Auberge, 8
Territet
Tel.: 00 41 21 963 49 34
Email: montreux@youthhostel.ch
www.youthhostel.ch/montreux
Preço: a partir de 40 francos suíços.
Terá de apanhar um comboio local ou o autocarro 1 para chegar ao albergue. Os quartos dispõem de dormitórios com entre duas a sete camas.

Hôtel Masson
Rue Bonivard, 5
Veytaux
Tel.: 00 41 21 966 00 44
Email: info@hotelmasson.ch
www.hotelmasson.ch
Preços: um single custa entre 120 e 190 francos suíços e um duplo entre 200 e 300 (um pouco menos na época baixa).

Situado a 30 minutos a pé do centro de Montreux mas muito próximo da estação ferroviária Veitaux-Chillon e a escassos 800 metros do castelo, o hotel beneficia de uma panorâmica sobre o lago e oferece um interior cheio de requinte (o edifício foi convertido em hotel em 1829 e integra a lista dos Hotéis Históricos da Suíça).

Grand Hôtel Suisse Majestic
Avenue des Alpes, 45
Tel.: 00 41 21 966 33 33
Email: reservation@suisse-majestic.ch
www.suisse-majestic.com
Preços: entre 200 e 330 francos suíços, single ou duplo, respectivamente, e consoante a panorâmica.

 

Um hotel cheio de história (foi erguido em 1870) e também com vista para o lago (os quartos que beneficiam desse privilégio, com os seus toldos amarelos encimando as varandas, são substancialmente mais caros).

 

Onde comer

Le Pont de Brent
Route de Blonay, 4
1817 Brent
Tel: 00 41 21 964 52 30
Email: info@lepontdebrent.ch
www.lepontdebrent.ch
Preços: 88 francos suíços ao almoço e menu de degustação por 240 (não estão incluídas bebidas). Aberto de terça a sábado, entre as 12h e as 14h e as 19h e as 21h30 (encerra de 16 de Julho a 7 de Agosto), o Le Pont de Brent conta com duas estrelas Michelin. Os pratos, sempre à base de produtos frescos, variam consoante a época.

 

Brasserie Bavaria
Avenue Nestlé, 17
Tel.: 00 41 21 963 25 45
www.brasserie-bavaria.ch
Preços: entradas entre os sete e os 19 francos suíços e pratos principais entre os 16 e os 22 (às segundas e terças); durante o resto da semana, os preços variam entre os 23 e os 42 francos.
Horário: aberto todos os dias entre as 10h30 e as 23h, excepto aos domingos – encerra às 15h.

Uma instituição com mais de 130 anos e por onde já passaram figuras como Phil Collins, Freddie Mercury, Milton Nascimento e François Hardy. Às segundas e terças o menu foca-se mais nos sabores de Itália; nos outros dias celebra a gastronomia tradicional, contemplando truta grelhada ou pé de porco com molho foie gras e vinho da Madeira.

 

Fai Wong
Avenue des Alpes, 94
Tel.: 00 41 21 963 81 33
www.faiwong.ch
Preços: pratos do dia (entre 13 e 24 francos suíços), entradas (entre seis e 26), pratos principais (24 a 58) e menus (entre 30 e 108 francos suíços).
Horário: aberto diariamente entre as 11h30 e as 14h30 e as 18h e as 22h30.

Gerido por uma família originária de Hong Kong que serve pratos cantoneses e outras especialidades – não ficará desiludido com um fondue à chinesa, um pato à Pequim ou um dim sum no vapor, entre outras delícias.

A visitar

Estando em Montreux - e tendo disponibilidade -, não deixe de gastar algum do seu tempo em Vevey e de caminhar ao longo do lago entre Clarens e Villeneuve  – a palavra desperdício não irá, em momento algum, martelar o seu cérebro. E, dada a proximidade, embrenhe-se também por Lavaux, Património Mundial da UNESCO desde 2007, percorrendo a pé os caminhos que rasgam as vinhas, sem ignorar uma prova num dos produtores locais. Com as montanhas tão perto, disponha de umas horas para subir ao  topo de Rochers-de-Naye, situado a 2042 metros, recorrendo ao popular comboio que lhe irá oferecer panorâmicas soberbas sobre o lago Léman e o Mont-Blanc – um percurso de pouco mais de dez quilómetros que passa por Glion, de onde partia rumo a Rochers-de-Naye já em 1892 (o início do funcionamento entre Montreux e Glion ocorreu mais tarde, em 1909). 

Informações

Os cidadãos portugueses necessitam de apresentar um documento válido para entrar no país.

Na Suíça, há quatro línguas oficiais e muitos dialectos. O alemão, com mais de 60%, ganha predominância face às outras – o francês, com pouco mais de 20%, o italiano, com oito, e o reto-romano, que não chega a 1%, toda uma diversidade linguística que também se expressa no facto de mais de 6% falarem um idioma que não é nenhum dos quatro oficiais. 

A moeda é o franco suíço – um euro é igual a aproximadamente 1, 10 francos.

 

O programa do Festival de Jazz deste ano

Este ano, o Festival de Jazz de Montreux prolonga-se até 15 de Julho. Os espectáculos decorrem em diferentes palcos (Auditorium Stravinski, Montreux Jazz Club e Montreux Jazz Lab mas também na estação ferroviária, no ancoradouro junto ao lago, no castelo de Chillon, no Fairmont Le Montreux Palace, na abadia de Saint-Maurice, no parque Vernex e em hotéis), com lugares sentados e de pé e preços que variam entre os 45 e os 285 euros. Do programa fazem parte nomes como Herbie Hancock, Pet Shop Boys, Fleet Foxes, Tom Jones, Grace Jones, Bryan Ferry,  Emily Jane White, Rhye, The Kills, Kasabian, The Cinematic Orchestra, George Benson, Tinariwen, Youssou N'Dour, entre tantos outros.

 

 

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