Quando, há umas semanas, passou por Lisboa para participar em mais uma feira de artesanato, Júlia Côta arreliou-se com a confusão à volta dela. Queriam dar-lhe beijos, uma palavrinha, ouvir falar a conhecida ceramista de Barcelos. E ela a estranhar o rebuliço: “Vocês vão-me desculpar, mas eu não sou o Cristiano Ronaldo”, disse-lhes. E, do outro lado, a justificação, como quem pede desculpa: tinham-na visto na televisão e ficaram encantados por ser tão genuína. “Eu nem sabia o que era genuína”, conta Júlia, brincos dourados, avental coberto de tinta, genica a contrariar o ano de nascimento.
Júlia Côta não é espectáculo de televisão. Debaixo dos holofotes é o mesmo que se vê fora deles, é aquilo que diz — “E eu só digo o que me vai aqui”, jura, enquanto leva uma mão ao lado esquerdo do peito. Não sabe ler. Das letras consegue desenhar apenas as iniciais do seu nome, com as quais assina as peças que saem da sua casa-atelier em Manhente, freguesia de Barcelos. Na sala de entrada da moradia, numa vitrina de dimensões generosas que um dia um senhor lhe ofereceu, há diabos e diabas, músicos, mochos, juntas de bois, as suas “lindas minhotas”. Gosta de todos. Mas pelas suas bonecas tem um carinho especial. São mulheres de mão na anca, olhar vivo de quem parece capaz de enfrentar o mundo inteiro, toda a palete de cores vestida, mulheres anti-regras e etiquetas, todas elas essência. Como Júlia.
É fácil chegar à casa da barcelense de 81 anos. Uma “placa linda” na Estrada Nacional 205 dá o sinal e, à distancia de uma curva, está a rua baptizada com o nome da artesã, filha de Rosa Côta e neta de Domingos Côto, homem que muitos acreditam ter sido o criador do primeiro galo de Barcelos em barro. Uma viagem pelas artes locais tem passagem obrigatória pelo número 76 daquela via. Mas o roteiro tem dezenas de paragens possíveis — e as oficinas onde se pode comprar directamente aos criadores são quase sempre as casas deles.
Pelo concelho, há cerca de 150 artesãos. Na olaria, no figurado, na madeira, no ferro e seus derivados, na cestaria e vime, nos bordados e tecelagem. É com esse património que Barcelos está na corrida à Rede de Cidades Criativas da UNESCO. No dia 31 de Outubro haverá fumo branco — e o optimismo está em alta, até porque a primeira fase já está ultrapassada. Se Barcelos entrar na lista da UNESCO, será a segunda cidade da Europa, a par de Fabriano, em Itália, a conseguir a classificação nesta área. Por lá, conta a vice-presidente da câmara Armandina Saleiro, “o turismo cresceu exponencialmente” — e esse é o desejo por terras minhotas. A autarquia socialista já tem o plano delineado: apostar na valorização de oficinas tradicionais e na geração renovada que tem abraçado a tradição, potenciar o Museu de Olaria e estruturas de incubação na cidade, investir em parcerias internacionais e criar novos postos de trabalho, sobretudo na área do turismo.
Não é um suporte financeiro, o concedido pela UNESCO. Mas “a chancela seria, por si só, um enorme apoio”. E um balão de oxigénio para os artesãos, às contas com uma crise de vendas há pelo menos uma década. A concorrência é local também, mas é sobretudo a que vem de fora que os inquieta. “Até os chineses já fazem galos”, lamenta João da Cunha Ferreira. A porta do seu estabelecimento, no centro da cidade, ainda é aberta todos os dias pelo pai, Fernando Cunha, homem de 85 anos de fisionomia a lembrar o velho Gepeto do Pinóquio. Deixou de trabalhar no cobre há alguns anos, mas não há dia que não passe na loja criada em 1932 pelo seu pai, avô de João. As culpas da crise não são asiáticas, vai dizendo o filho e concordando o pai. Vivem pela cidade, a morrer solteiras. Mas isso agora não interessa nada: “Já não há nada a fazer, passemos à frente.”
João — que não tem o sobrenome Cunha no cartão de cidadão mas faz questão de se apresentar com ele e assinar as suas peças assim — anda nisto desde menino. Estudou na Escola Industrial, mas a tarimba ganhou-a na oficina do avô num tempo em que “não havia colégios para tomar conta dos meninos”. João Cunha passava os dias na casa da avó, ali ao lado, e sempre arranjava forma de escapar até à loja. Entre alambiques e máquinas de sulfatar, foi escolhendo o seu destino. “Há quem diga que o cheiro a verdete do cobre se entranha e parece que é verdade”, graceja.
As máquinas com as quais trabalha ainda são as mesmas que o avô usava. Tal como as peças fabricadas, eram “feitas para durar 200 anos” — bem diferente do que se produz agora. João teve a sorte de as herdar, mas já sabe que não terá a quem as passar. Os dois filhos escolheram caminhos diferentes. E isso, sublinha, não o aflige. “A vida não se compadece com saudosismos. Sempre achei que o artesanato não passava de pais para filhos. Ou se nasce artesão ou não se nasce. Eles têm a vida deles.”
Júlia Ramalho não encara a coisa com a mesma leveza. Perdia horas de sono a pensar na continuidade da arte que a sua avó começou e ela não quer ver morrer. Por isso, quando o filho António se agarrou ao barro ela iluminou-se. Há dias em que os seus 71 anos já não a deixam trabalhar como noutros tempos. Mas Júlia não se deixa vencer — sempre com a avó Rosa Ramalho no pensamento. Porque com ela aprendeu tudo.
Foi António Quadros, escritor e figura emblemática da filosofia portuguesa, quem lhes mudou o destino. Conta-se que um dia se cruzou com Rosa nas Fontainhas, no Porto, e se pasmou com a forma como a senhora trabalhava o barro. Com a cultura popular gritante nas suas peças de ar surrealista. Júlia, a neta predilecta, começou a mexer no barro em 1956, dez anos completos. Moldou “um cavalinho pequenino” e nunca mais parou. Com a avó ia para todas as feiras de Barcelos e um ano foram mesmo até Cascais. “Vendemos tudo no primeiro dia.”
Com o seu barro vidrado cor de caramelo, Júlia Ramalho cria aquilo que lhe vem à cabeça. Por impulso. Gosta muito das suas medusas de mil cabelos e dos bonecos dos sete pecados mortais, que um dia foram falados no “1, 2, 3” de Carlos Cruz, na RTP; menos dos diabos. Faz figuras religiosas, cristos, molda episódios da vida rural e também profissões. Se um dia lhe saísse o Euro Milhões, continuava a trabalhar. “A felicidade que me dá estar numa feira não há dinheiro que compre.”
Em Barcelos, a olaria é a expressão maior de uma sintonia biográfica que une centenas de famílias e aferroa rivalidades. As louças locais levaram o nome da cidade a todo o país — e além-fronteiras —, e converteram-se no principal sustento económico do concelho. O figurado, subsidiário da olaria, começou por ocupar os lugares vagos nos fornos de cozedura. Eram brinquedos, sobretudo, às vezes com instrumentos musicais (ocarinas, gaitas, rouxinóis) incorporados. Mas com a ajuda da elite cultural do Porto esta expressão popular ganhou espaço em meados do século XX, com artistas como Rosa Ramalho, Rosa Côta, Mistério, Maria Sineta ou Ana Baraça. E da representação do quotidiano passou-se também para o imaginário religioso e interpretação de rituais e lendas de tradição oral.
A mais conhecida delas é a de um peregrino que, de passagem por Barcelos a caminho de Santiago de Compostela, se transformou no principal suspeito de um crime que alarmava a cidade. O homem declarou-se inocente, mas as autoridades prenderam-no e condenaram-no à forca. Na permissão de um último desejo, o galego conseguiu ser presente ao juiz que o havia condenado. O magistrado estava num banquete com os amigos quando o homem reafirmou a sua inocência enquanto apontava para um galo assado que estava na mesa: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.” E diz a lenda que quando o galego ia ser enforcado, o galo se ergueu da mesa e cantou.
Mário Coutinho perdeu há muito a conta ao número de galos de Barcelos que já moldou e pintou. Começou há 35 anos, quando o pai perdeu o emprego numa fábrica de serração e decidiram montar uma olaria em casa. Faziam galos, músicos, pratos. Depois da morte do pai, Mário decidiu dedicar-se “exclusivamente aos galos”, conta, ao mesmo tempo que, com uma precisão impressionante, vai dando cor a um deles. Na Torre Medieval, espaço do Centro de Interpretação do Galo e da Cidade de Barcelos, onde volta e meia dá workshops de artesanato, costuma contar a lenda do peregrino salvo pelo galo, feito símbolo local e nacional e promovido pelo Estado Novo.
Há galos para todos os gostos em Barcelos. Mário molda-os em diferentes tamanhos. Podem custar um euro ou 200. Podem ser mais tradicionais ou menos. De uma ou muitas cores. Até com símbolos de clubes nacionais, conta, enquanto o prova desenhando uma águia em poucos segundos. Telmo Macedo, o mais novo da família de artesãos barcelenses, fá-los em estilo mais contemporâneo. Começou há uns “quatro ou cinco anos” depois de esbarrar na falta de oportunidades no Marketing, área na qual se formou. “Voltei-me para o barro por sugestão do meu pai.” Telmo foi treinando e ganhando o gosto. Faz galos, mas também diabos adaptados, bonecos que retratam profissões (qualquer uma por encomenda), santos minhotos.
Não é comum, mas Telmo, 24 anos, é o primeiro da sua família a trilhar os caminhos do artesanato barcelense. Os bisavós eram já devotos da cerâmica e o pai seguiu-lhes o exemplo, mas o foco dele eram os presépios e as cascatas são joaninas. “Eu fiz outro caminho”, conta, enquanto vai pintando galos numa oficina instalada nas traseiras da casa dos pais, pósteres gigantes do FC Porto e gaiola improvisada com um esquilo na janela como companhia. Quando começa a dar forma a uma peça, Telmo Macedo já sabe como a vai terminar. Ao contrário do futuro, do qual não vê a forma final. “Quando as gerações mais velhas se forem não sei... não sei mesmo. A única coisa que tenho a certeza é que o meu futuro é na cerâmica.”
João Coelho tem a família com ele. Dois filhos, a mulher, uma irmã, a nora. Uma alegria e uma preocupação ao mesmo tempo, diz, a lamentar-se dos dias maus do negócio que já foi grande. Aprendeu com os avós a trabalhar na roda de oleiro, a colocar a louça ao sol, a amassar o barro com os bois, a limpar as cinzas dos fornos. Hoje quase tudo é diferente. Menos o coração como motor de criação: “A cerâmica é uma paixão e quem não a faz com paixão só cria monos”, afirma em jeito de aviso. Quando termina uma peça — por ano faz milhares —,olha para ela a fazer o teste: “Trabalho-a até ela sorrir para mim. Se a peça não sorrir não está bem feita e não a vendo.”
Na casa de Bernardino Coelho, freguesia do Carvalhal, há dezenas de peças não vendidas — mas por opção. Em casa de artesão, artesanato por todo o lado. Aqui, a matéria-prima é a madeira. Fazem-se camas, estantes, bancos, quadros, altares. Bernardino, 55 anos de vida e 44 de trabalho, aproximou-se do ofício ainda na primária, quando os avós tinham os jugos para os bois como negócio maior. Mal chegava da escola já estavam a chamá-lo:
- Ó Dino, anda cá ajudar.Ele ia. E quando chegou à quarta classe decidiu que não queria estudar mais. “O que queria mesmo era estar aqui, não valia a pena continuar”, recorda, sem tirar os olhos da escultura de madeira em que está a trabalhar. Tem ao lado um desenho impresso a cores e é a partir dele que está a criar. “Faço qualquer coisa por encomenda, qualquer coisa.” E as peças novas são as suas preferidas: “Adoro um desafio.”
Para contagiar barcelenses e quem vem de fora, o turismo criou em 2014 o “mundo maravilhoso do figurado”, 19 figuras de artesanato de Barcelos em tamanho XXL (dois a três metros de altura) espalhadas pela cidade. Agora, a pensar nas crianças e nos jovens, têm um programa de visitas guiadas por essas réplicas com um personagem como guia, o Figu. Nesse itinerário vai-se de Barcelinhos até à Rua da Olivença, por ruas, praças e rotundas, e conhece-se a história da cidade a partir das peças dos artesãos locais.
Quem quiser aventurar-se sozinho pode procurar panfletos-guias no posto de turismo — ou encontrá-los online. Ao visitar as peças gigantes faz-se também uma exploração dos principais pontos da cidade: a igreja Matriz, o Templo do Senhor do Bom Jesus da Cruz, a Torre Medieval ou o Museu da Olaria, a feira (sempre às quintas) ou nas margens do Cávado. Nas casas dos artesãos, onde se chega melhor de GPS ligado, conhecem-se as costuras desta identidade. Ouvem-se as histórias na primeira pessoa.
Júlia Côta emociona-se sempre que fala do quanto andou para aqui chegar. Para criar os sete filhos e fazer a sua “casinha” passou “muita fome”. Faziam-se coisas inimagináveis nos dias de hoje para fintar a miséria. “Imagine que em vez de pincéis usávamos o pêlo do gato. Cortávamos um pedaço, atávamos com um fio, púnhamos um pauzinho na ponta e já está.” Foi difícil chegar aqui. Mas agora que pensa no futuro já se põe a sorrir. A filha Prazeres rendeu-se às bonecas — “e olha que bonitas são”, diz de orgulho não disfarçado. A bisneta, Júlia também, já faz umas “coisas lindas”. A família Côta continuará por aí. Mas enquanto tiver forças, Júlia não deixará o barro.
- Não vivo sem isto. Quando estou mais em baixo a minha filha diz-me logo: “Ó mãe, acabou o barro? Vamos comprar!”
Das suas criações está farta de ver cópias por aí. “Olhe que é indecente. Eu tudo o que faço sai daqui”, diz, apontando para a cabeça com tom de voz indignado. Mas Júlia Côta decidiu não se ralar em demasia desde que lhe juraram que original só mesmo ela. É que há fórmulas que não podem mesmo ser plagiadas: “Os meus moldes são as minhas mãos.”
O roteiro da Fugas
Júlia Côta
Rua Júlia Côta, 76 Manhente
GPS: 41º33’18.46”N 8º34’28.81”W
Júlia Ramalho
Rua Júlia Ramalho, 51, Galegos S. Martinho
GPS: 41º33’12.68”n 8º33’29.81”W
Telmo Macedo
Rua da Senhora do Bom Sucesso, 33, Galegos Sta. Maria
GPS: 41º33’57.49”N 8º35’02.17”W
Bernardino Coelho
Rua Nossa Senhora da Franqueira, 977, Carvalhal
GPS: 41º30’20.74”N 8º38’24.73”W
Cobres Cunha
Rua da Madalena, 8, Barcelos
GPS: 41º31’55.72”N Bº37’20.85”W
Art’otel Barcelos: a cidade dentro de uma guest house
O ensaio estava em acção há já algum tempo. Daniel Filipe Sá fez o curso de Contabilidade no Porto, mas deixou-se contagiar pelos negócios do pai que, trabalhando na área da construção, decidiu erguer a BWay Guest House, uma casa para arrendamento a preços simpáticos em Barcelinhos, freguesia ribeirinha de Barcelos. Daniel foi-se “formando” ali. Quando, em 2014, a família se cruzou com um edifício do início do século XX no centro de Barcelos, a vez dele chegou. Das ruínas nasceu o Art’otel Barcelos, uma guest house boutique “que fazia falta” na cidade.
Daniel Sá e a namorada andam atarefados por estes dias. Aberto há menos de dois meses, o Art’otel Barcelos, cuja gestão o casal assumiu, tem sido procurado por muitos turistas, muitos deles estrangeiros, alguns peregrinos a caminho de Santiago de Compostela. Há pormenores a afinar, mas o essencial está mais do que conseguido. Barcelos presente em todos os cantos, conforto máximo, um sentimento de casa. Aqui, não há cartões a abrir portas e no chaveiro dado aos hóspedes está não só a chave do quarto como a da entrada do edifício. “Cada um entra e sai à hora que quer.” Neste negócio familiar, explica Daniel Sá, querem que as pessoas se sintam em família. Mas sempre com requinte.
Para a decoração do espaço, percorreram lojas de velharias e deram a volta às ruínas onde outrora terá existido uma casa de família. Assim se fizeram peças como um lavatório cuja base é uma máquina de costura, mesinhas de cabeceira a partir de troncos de árvores, paredes em paletes ou uma cabeceira de cama de portas antigas. “Tem a ver com o espírito de Barcelos, cidade que reaproveita materiais”, diz Daniel. Não há dois quartos iguais entre os nove deste hotel — mas todos têm um ponto em comum: são espaçosos q.b. No primeiro piso, onde se situam os mais sofisticados, ultrapassam os 30 metros quadrados. Num deles, aconselhado pelo dono para luas-de-mel ou noites românticas, a cama é redonda. Nas acomodações do segundo piso, o bónus está nas varandas.
A história do Art’ otel ainda agora começou. Mas o casal já tem o futuro na cabeça. Na sala de pequenos-almoços buffet, querem, até ao fim do ano, fazer uma cervejaria aberta à cidade. Para o lugar do improvisado parque de estacionamento — nas belas traseiras do edifício, onde existe também uma tranquila esplanada —, está pensada uma piscina exterior. E a casa ao lado, que também lhes pertence, há-de fazer parte do projecto. Dentro, a ideia é ter cada vez mais Barcelos. Além das peças de artesanato que já ali se encontram, estão a programar ter uma vitrine com exposições rotativas de artesãos locais. E volta e meia chamá-los para o hotel para darem workshops. Ou simplesmente conversarem com quem por ali passa. Afinal, o maior património são mesmo eles.
Art’otel
Rua da Madalena, 29, Barcelos
Tel.: 253 185 819
www.artotelbarcelos.com
Preço médio: 70 euros por noite
A segunda vida do restaurante Babette
A esplanada tem o Teatro Gil Vicente a poucos metros. O interior o conforto e a vista para a cozinha aberta como bónus. Seja qual for a escolha, o Restaurante Babette é uma aposta ganha. Depois de um incêndio em Fevereiro passado, o espaço reabriu para uma segunda vida. O bacalhau com broa é imperdível e é difícil chegar a ele sem nos perdermos nas entradas (bolinhas de alheira com puré de maçã e ovos de codorniz, cogumelos e beringela com queijo da ilha e tomate cherry, gambas ao alho...). Não deixe de guardar um espaço para a sobremesa: o crumble de maçã com gelado também é imperdível.
Babette
Largo Dr. Martins Lima,18,
Barcelos
Casa dos Arcos: a tradição está na moda
É um clássico. E por isso nunca sai de moda. Mesmo que tenha mais de meio século vivido. Na Casa dos Arcos faz-se um hino à cozinha regional. Cogumelos com castanhas, costelinhas, moelas, presunto serrano — é só para começar e quatro das muitas opções do menu. Pá de anho no forno ou arroz de cabidela são dois dos pratos mais desejados. O ambiente é informal, como se quer. E as sobremesas seguem a linha regional. As rabanadas com frutos secos não são exclusivas da época natalícia.
Casa dos Arcos
R. Duques de Bragança, 185
Barcelos