Fugas - Viagens

  • Adriano Miranda
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As paredes de Lara têm vidas dentro

É verdade que querias ser cabeleireira?

Queria. Ou então ir para a tropa. A minha mãe não deixou. Disse 'não, não não, antes disso tens que tirar um curso'. E eu tirei Arquitectura. Ainda hoje corto o cabelo ao meu irmão e ao meu namorado. Gosto de manualidades, basicamente. E o meu gostinho pela parte de Sociologia e de Psicologia encaixa na profissão de cabeleireira. Ajuda a perceber a maneira de as pessoas pensarem e as suas vivências. Gosto do comportamento humano.

Onde estarás quando tiveres 65 anos?

Tenho pensado muito nisso. O meu ritmo de vida é muito acelerado. Mas tenho consciência de que faço o que gosto. Não é um trabalho. Gosto do ser humano e de potenciar o que de bom há nele. Gosto de potenciar as nossas comunidades e as nossas cidades. A arte urbana é uma moda neste momento e estou atenta ao terminar da moda e como é que posso continuar a fazer o que eu gosto. Não tenho medo de trabalhar e de sujar as mãos. Aos 65 anos espero pelo menos fazer parte do projecto A Avó Veio Trabalhar — já lá tenho vaga.

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