O painel, composto por Juancho Asenjo, Nacho Jiménez e Víctor de la Serna, publicou a sua mais recente apreciação na edição do dia 19 do "El Mundo" e, dos 22 vinhos provados (só um com rolha), os três mais pontuados são produzidos pela DFE - associação que engloba os produtores durienses Quinta dos Poços, Quinta do Soque, Quinta das Bajancas e Brites de Aguiar. Em destaque: Bajancas Reservas Tinto 2008 (17,5 pontos em 20 possíveis), Soque Reserva 2005 (17) e Bafarela Grande Reserva 2008 (16,5), da casa Brites Aguiar. Três "vinhos muito pouco maquilhados e com grande personalidade", na opinião dos provadores.
"O que estas provas nos estão ratificando, ao fim deste tempo, é que o estilo potentíssimo, com taninos ferozes e grande extracção, que dominava até há pouco tempo, está dando lugar, num bom número de adegas, a um estilo muito mais harmónico e claramente baseado na expressão do terrunho, de esses terrunhos, de xisto ou não, tão interessantes e variados", lê-se no texto que resume a prova.
O El Mundo aproveita para fazer a comparação com o que se passa no lado de lá da fronteira, tanto em Toro como na Ribera del Duero, lamentando o percurso escolhido, inverso ao do Douro. "A personalidade nascente nos anos 80 e 90 deu lugar a um crescente formulismo, a uma receita à base de madeira e de extracção que deixa oculto o possível terrunho... que em muitos casos não existe, já que se plantaram demasiadas vinhas em solos férteis e produtivos em particular interesse nem capacidade para introduzir elementos minerais no vinho".