Fugas - Vinhos

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Os vinhos quase épicos do Norte da Madeira

Mais ousado e ambicioso é o projecto da Quinta do Barbosano, onde o sonho passa até por construir adega própria. Isto numa zona onde todos os vinhos são feitos na Adega de São Vicente, um investimento público e com capacidade mais do que suficiente para todos os produtores. As vinhas próprias, com 13 hectares, ficam em São Vicente, em terrenos que pela inclinação e configuração se assemelham ao cultivo no Douro. Às terras próprias adquiridas por Tito Brazão e o seu sócio em 2006, juntam-se mais 6,5 hectares de vinha alugada em Porto Moniz. Além dos vinhos de mesa, o projecto passa também pela produção de vinhos Madeira, o que deverá acontecer já nas próximas colheitas.

Com início da produção em 2009 e 46 mil garrafas na última colheita, quase na totalidade vendidas na ilha, são quatro os rótulos com a marca Barbosano (branco, rosé, tinto e barricas tinto) e mais dois com a marca Ponta do Tristão (branco e tinto). Na primeira é exclusivamente utilizada a casta Verdelho para os brancos, enquanto no rosé e nos tintos entram a Aragonez, Touriga Nacional, Tinta Negra e Complexa. Já nos Ponta do Tristão, onde é privilegiado o volume, entram apenas as castas que garantem maior produtividade. Aragonez e Touriga para os tintos, um pouco de Verdelho e a alemã Arnsburguer (aparentada à Riesling) para os brancos.

O destaque vai, naturalmente, para o branco Verdelho (tropical, seco e com boa acidez), mas também o rosé e o barricas tinto (seis meses de estágio) se tornam apelativos pela boa relação entre a qualidade e o preço.

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