E o mesmo se pode dizer do Pai Abel Branco 2012 (20 euros mais IVA), apresentado também na festa de celebração dos 25 anos. Tal como o vinho da primeira colheita (2009), é um branco volumoso, rico, preciso, muito mineral e de grande frescor. A novidade foi o vinho não ter sido chumbado pela câmara de provadores da comissão vitivinícola regional, como aconteceu com o 2011 e que levou Mário Sérgio a lançá-lo como vinho de mesa com a marca Pai Abel Chumbado. O anterior, apesar de ser um vinho singular, não merecia ser chumbado, mas, na nossa opinião, este 2012 é melhor.
Juntamente com o Pai Abel Branco branco e tinto, Mário Sérgio apresentou um novo vinho, o tinto Avô Fausto (25 euros mais IVA), em homenagem ao seu avô, que foi quem lhe despertou o gosto pelos vinhos. É um tinto longe do padrão Bágeiras mas igualmente tributário da tradição local. Antigamente, o que se bebia eram tintos abertos, leves e saborosos e é esse estilo, o preferido do avô, que Mário Sérgio procura repetir com este novo vinho. Lote de uvas de vinhas velhas e de vinhas mais novas, tem apenas 13,5 de álcool e é o vinho mais borgonhês das Bágeiras. Se fosse vivo, o avô estaria orgulhoso do neto.