Fugas - Vinhos

Casa do Curro

Casa do Curro DR/CM Monção

Vamos beber à saúde do Alvarinho no seu primeiro museu

Por Fugas

Monção inaugura Museu do Alvarinho em Fevereiro.

Nobre casta, cara uva, nobre vinho. E por fim com uma casa museológica em sua honra. Monção prepara-se para inaugurar o primeiro Museu do Alvarinho, já nos finais de Fevereiro, num edifício do século XVII recuperado e readaptado no centro da vila. A Casa do Curro, na Praça Deu-la-Deu, passa a ser o epicentro cultural do Alvarinho, um dos ex-líbris daquela região do Alto Minho.

Com um investimento de cerca de 150 mil euros (comparticipados em 90 mil pelo PRODER), segundo a autarquia local, o Museu do Alvarinho abrirá ao público a 28 de Fevereiro. Os objectivos passam pela “promoção do vinho Alvarinho” e pela divulgação da sua cultura, mas também pela promoção da região, do património natural, histórico, arqueológico e cultural do concelho e do seu potencial turístico. Será um “trunfo valioso na defesa e divulgação” do Alvarinho, resumiu o presidente da autarquia em comunicado, Augusto Domingues, salientando ser um produto com “elevada importância na economia de muitas famílias monçanenses e suporte da identidade cultural e histórica” locais.

O museu divide-se por várias áreas, proporcionando uma “viagem pelo mundo deste famoso néctar”, da origem à evolução e empresas produtoras. Além dos espaços museológicos, será um ponto de encontro para actividades como degustações, provas comentadas, encontros promocionais e estabelecimento de parcerias. 

Nos concelhos de Monção e Melgaço, assinala a Lusa, a produção de Alvarinho movimenta cerca de 2 mil produtores e engarrafadores, representando um volume de facturação anual de 25 milhões de euros. Dados da Associação de Produtores Alvarinho apontam para quatro milhões de quilos anuais desta uva que origina mais de 1,5 milhões de garrafas de Alvarinho. Cerca de 10% é exportado. Segundo afiançam, é a casta cuja uva é a que “mais rende ao produtor” (só ultrapassada pela uva usada para o Vinho do Porto de mesa): pode atingir 1,10 euros por cada quilo e os produtores dizem mesmo que é a “matéria-prima mais cara” do país. Agora, é também peça de museu.

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