Fugas - Vinhos

  • Ricardo Castelo/Nfactos
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  • O painel de provas da Fugas
é constituído (da esquerda para
a direita) por Pedro Garcias,
Joe Álvares Ribeiro, Beatriz
Machado, Lígia Santos, Ivone
Ribeiro, Álvaro Van Zeller
e José Augusto Moreira
    O painel de provas da Fugas é constituído (da esquerda para a direita) por Pedro Garcias, Joe Álvares Ribeiro, Beatriz Machado, Lígia Santos, Ivone Ribeiro, Álvaro Van Zeller e José Augusto Moreira Ricardo Castelo/Nfactos
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E um tinto do Dão voltou a vencer as provas cegas da Fugas

Como já tinha acontecido nas anteriores edições, é comum haver vinhos que parecem mais aptos para provas a seco do que acompanhados com comida. Vinhos mais aromáticos e com uma estrutura mais polida conseguem bater-se melhor no primeiro momento; pelo contrário, vinhos com acidez mais elevada e uma rugosidade maior de taninos encontram no confronto com a gordura natural da comida o contexto ideal para afirmarem as suas qualidades. A ideia desta prova é ir à procura destes contrastes e tentar avaliar de uma forma eventualmente mais completa o potencial de cada um dos vinhos.

Desta vez, o padrão repetiu-se. Com excepção do Valle Pradinhos, que se bateu especialmente bem nos dois momentos da prova, do Quinta de La Rosa e do Quinta dos Abibes, todos os demais vinhos registaram significativas variações na sua pontuação entre a prova a seco e a prova com comida. Caso particularmente notório aconteceu com o Aventura de 2013, um alentejano com a assinatura de Susana Esteban, que conseguiu obter a segunda classificação mais alta na prova sem comida, mas que recuou para o último lugar na prova ao almoço (perdeu 50 pontos entre estes dois momentos). Este vinho, no qual Beatriz Machado encontrou aromas de bergamota e de frutos de baga e que Álvaro Van Zeller considerou ser ainda muito novo, resistiu ainda assim na quarta posição. Em sentido contrário progrediram o bairradino Quinta das Bágeiras (mais 26 pontos com comida), o Encostas do Sobral (a mesma variação) e, principalmente, o Damasceno que conquistou mais 33 pontos.

No geral, a prova sem comida obteve uma amplitude de classificações mais altas do que no seu segundo momento (76 pontos entre o pior e o melhor classificado no primeiro caso e 39 pontos no segundo). Uma possível explicação para o sucedido foi a qualidade e a diversidade dos pratos confeccionados sob a orientação de Lígia Santos, que foram desde uma chamuça de Chévre com cama de chutney de cebola roxa a um fabuloso prato de vitela Cachena grelhada, acompanhada com um delicioso arroz de feijão Tarrestre. Por esse facto e também devido a esta selecção de vinhos entre os oito e os dez euros ter sido unanimemente considerada mais feliz do que a do ano passado, a pontuação global média por pessoa foi mais generosa. Para se ter uma ideia, o vencedor da prova de 2014 obteve uma média de 87 pontos; o Fonte do Ouro conseguiu este ano 89 pontos. Caso para acreditar que os vinhos portugueses desta gama estão cada vez em melhor forma.

PROVA VINHOS PARA O INVERNO

    Região    Prova sem Comida    Prova com Comida

1.    Fonte do Ouro Reserva 2011    Dão    636    613
2.    Vale Pradinhos Reserva 2011    Trás-os-Montes    608    606
3.    Quinta de La Rosa 2011    Douro    599    605
4.    Aventura 2013 Susana Esteban    Alentejo    624    574
5.    Sequeira 2014    Douro    576    593
6.    Quinta das Bageiras Reserva 2011    Bairrada    571    597
7.    Fita Preta 2012    Alentejo    575    591
8.    Quinta dos Abibes Reserva 2011    Bairrada    578    587
9.    Encostas do Sobral Reserva 2011    Tejo    568    594
10.    Damasceno 2011    Setúbal    555    588

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