Um rosto disforme parecido com as tradicionais máscaras transmontanas, por exemplo, resultou numa fotografia com uma carga dramática que nos remete para O Grito, de Edvard Munch. Um rendilhado de minúsculas fendas numa parede “transformou-se” numa teia orgânica. E até um desenho de Pasteur, o inventor de efervescência no vinho, ganhou uma outra dimensão e simbologia.
Com a sua lente e o seu engenho, Erwin Olaf conseguiu, como disse, “iluminar a arte contemporânea encontrada nas caves” da Ruinart, emulando o percurso do champanhe. Quando nasce, o champanhe é um vinho insípido e repulsivamente ácido. Mas (o bom champanhe) depois de passar pelas trevas ganha uma vida e um refinamento gloriosos.
Os melhores necessitam de vários anos de escuridão, como é o caso do Dom Ruinart, o topo de gama da Ruinart. Os blanc de blancs são feitos apenas com uvas Chardonnay provenientes das melhores vinhas. O Dom Ruinart Rosé leva 80% de Chardonnay e 20% de Pinot Noir. Uma garrafa de Dom Ruinart Rosé pode custar centenas de euros, dependendo da colheita, e, apesar do preço, tem em Portugal um dos seus melhores mercados.
Mas não é preciso gastar tanto para desfrutar da frescura, elegância e delicadeza dos champanhes Ruinart. Um “simples” Ruinart Blanc de Blancs, só de Chardonnay, a casta em que esta casa se especializou, pode inebriar-nos de flores, fruta agridoce, especiarias e minerais e, por um instante, tornar a nossa vida mais luminosa.