O Quinta das Pereirinhas Alvarinho Superior e o Torre de Monção Alvarinho voltaram a repetir a façanha do ano passado e conseguiram entrar na curta lista dos “Best of Vinho Verde” da edição deste ano do concurso “Melhores Verdes 2016”, promovido pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).
As escolhas finais dos melhores vinhos do Noroeste de Portugal são feitas a partir de uma selecção prévia realizada por provadores nacionais que determinam os melhores 35 vinhos verdes da região, entre os quais se incluem espumantes, rosé e verdes tintos. Desta lista são finalmente eleitos por um júri de 10 jornalistas internacionais e dois portugueses os cinco melhores entre os melhores, embora este ano a existência de duas pontuações ex aequo tenha alargado a lista para seis.
Para lá dos repetentes Quinta dos Pereirinhas e o Torre de Monção, foram igualmente distinguidos o QG Avesso Colheita Seleccionada, o Quinta das Alvaianas Alvarinho Colheita Seleccionada, o Quinta de Gomariz Grande Escolha e o Reguengo de Melgaço Alvarinho. Com excepção do Torre de Monção, da vindima de 2014, todos os vinhos são da colheita do ano passado.
O domínio da casta Alvarinho é claro nos “Best of” da região, com quatro dos seus vinhos a serem exclusivamente provenientes desta casta. O Alvarinho entra também no lote do Gomariz Grande Escolha, a par da Loureiro e da Trajadura. Curiosamente, a única casta para lá da Alvarinho que mereceu a eleição do júri final foi a Avesso. O domínio da sub-região de Monção e Melgaço é igualmente notório, com quatro dos seis vinhos distinguidos a serem provenientes do extremo norte do mapa dos Vinhos Verdes.
O concurso dos “Melhores Verdes” é organizado pela CVRVV há 25 anos com o objectivo de “destacar as melhores colheitas do ano e eleger os vinhos que representam a região nas acções desenvolvidas nos mercados externos”. A entrega dos prémios aos eleitos decorreu no dia 29 e, na cerimónia, Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, considerou que 2015 foi “um excelente ano de produção em qualidade e em quantidade, o que auspicia um 2016 promissor” e referiu o aumento das vendas em Portugal como “um claro sinal de consistência e de qualidade do vinho verde, que ocupa já o segundo lugar entre as regiões vinícolas”.
Manuel Pinheiro sublinhou ainda o “recorde de exportações” para 104 países obtido no ano passado, acrescentando que “a CVRVV manterá o forte apoio à viticultura e a procura de maior geração de valor, destacando os vinhos e o enoturismo de uma região única no mundo”.
