Fugas - Vinhos

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  • O actor português Paulo Rocha visitou o mercado dos vinhos
    O actor português Paulo Rocha visitou o mercado dos vinhos Sibila Lind
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    Os críticos de vinho Pedro Garcias e Luís Lopes numa sessão de "Tomar um copo" com vinhos do Alentejo Sibila Lind
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  • Os jornalistas do PÚBLICO Alexandra Prado Coelho e Manuel Carvalho nos preparativos para a prova de harmonização de queijos e vinhos
    Os jornalistas do PÚBLICO Alexandra Prado Coelho e Manuel Carvalho nos preparativos para a prova de harmonização de queijos e vinhos Sibila Lind
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  • Carlos Reis e Adriana Calcanhotto apresentam a sessão
    Carlos Reis e Adriana Calcanhotto apresentam a sessão "Tomar um copo", seguindo uma citação de Eça de Queirós: "Depois do segundo copo de Bairrada" Sibila Lind

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Jovens e mais informados, os brasileiros procuram o vinho português

Outro brasileiro que tem estado ligado ao evento desde a primeira edição e que tem um papel fundamental neste esforço de fazer passar a mensagem no Brasil é o Master of Wine Dirceu Vianna Júnior. O Vinhos de Portugal tem várias provas e harmonizações, entre as mais formais e as conversas informais no Espaço Tomar um Copo, com críticos dos dois jornais organizadores e este ano também Luís Lopes, da Revista de Vinho e Carlos Reis da Universidade de Coimbra, que veio falar, com a cantora Adriana Calcanhotto, do vinho na obra de Eça de Queirós.

Uma das provas formais foi aquela em que Dirceu comparou grandes vinhos portugueses de anos diferentes. O exercício foi muito curioso porque permitiu que o público percebesse, por exemplo, como algum tempo de guarda pode ser vantajoso para um Alvarinho (neste caso o Muros de Melgaço de Anselmo Mendes, colheitas de 2014 e de 2008). “Estas provas comparadas são muito interessantes para o público”, explica. “Num país como o Brasil em que pouca gente tem uma garrafeira em casa, isto é uma coisa que eles não têm a oportunidade de fazer”. O resultado da prova terá surpreendido os participantes. “A ideia aqui é mostrar que coisas que as pessoas pensam de uma maneira não são assim. Pensa-se que os brancos têm que ser jovens, bebidos de um ano para o outro, mas não é assim, muitas vezes com oito anos de idade estão fantásticos.” E a prova foi que, quando Dirceu pediu uma votação de braço no ar sobre qual tinha sido o Muros de Melgaço preferido, apenas duas pessoas entre 30 disseram preferir o mais jovem, as outras escolheram o de 2008. “Não me surpreendi porque eu tinha degustado os vinhos antes”, conta Dirceu, “mas acho que eles com certeza aprenderam algo”.

Ao longo dos três dias, por entre provas só dedicadas aos grandes Portos Clássicos, aos Grandes Tintos e Grandes Brancos, ao Moscatel de Setúbal ou aos “vinhos brancos do século XX”, os visitantes aprenderam muito. Mas no tão variado mundo dos vinhos portugueses há certamente ainda muito mais para aprender. E se muitos dos que passaram pelo Barra Shopping estavam de malas prontas para viajar para Portugal e incluíram mais pontos de passagem no itinerário que tinham planeado, há outros que ainda confessam não saber exactamente onde fica o Dão ou Setúbal. Mas todos querem saber mais. E, por isso mesmo, os organizadores do Vinhos de Portugal no Rio já prometeram que para o próximo ano o evento estará de volta.

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