Mas também pelo apego ao Douro e à sua vida, às vinhas e às quintas que foram comprando numa lógica de investimento institucional e pessoal. E talvez o melhor testemunho advenha mesmo dos investimentos que cada um dos membros da família realiza no Douro. A família no seu conjunto é hoje um dos maiores proprietários de terra na zona, senhores de mais de 1.700 hectares divididos entre mais de vinte e duas quintas, numa região onde a propriedade média se confina pelo meio hectare.
O que poucos saberão é que mais de um terço destas quintas é propriedade particular de vários membros da família, dinheiro próprio investido no Douro e não em outros negócios eventualmente mais seguros. De forma simplista isso representa que todo o capital privado, de todos os membros da família, para além do capital social da empresa, acaba reinvestido no Douro, na vinha, numa prova irrefutável de crença no futuro do Douro e do Vinho do Porto, numa garantia de continuidade.
Entre as muitas propriedades da família, o Vesúvio destaca-se como uma das quintas estrela do Douro. É a jóia da coroa da família Symington, uma das grandes salas de visita do Douro Superior. É também uma das quintas melhor situadas, num local de excelência para o nascimento de grandes Vintage. Quando a família comprou o Vesúvio não tinha ainda em mente vir a fazer um Vintage de quinta com edições regulares. O objectivo original era encontrar uma quinta capaz de fornecer uvas de primeira qualidade para os Vintage das várias casas de que são proprietários. À época a família ultimava a conversão de simples exportadores de Gaia, de negociants, para produtores independentes, produtores capazes de fechar o ciclo total desde a produção da uva até ao vinho final. A oportunidade de comprar a Quinta do Vesúvio surgiu no momento certo. Quando descobriram o terroir tão particular do Vesúvio que imprime um carácter poderoso aos vinhos da casa perceberam que merecia um engarrafamento separado, um sentimento de autonomia que o separasse das restantes marcas do grupo.
Vinhos tão especiais que o seu futuro e independência como referências autónomas estão salvaguardadas para as gerações futuras.