Fugas - Vinhos

  • Cada licor tem uma frase sobre si de autores portugueses. Como a de pastel de nata: “E ao sentir-te tão grande, ao ver-te assim/ Amor, julgo trazer dentro de mim/ Um pedaço da terra portuguesa!”
    Cada licor tem uma frase sobre si de autores portugueses. Como a de pastel de nata: “E ao sentir-te tão grande, ao ver-te assim/ Amor, julgo trazer dentro de mim/ Um pedaço da terra portuguesa!” DR
  • Para o lançamento da
    Para o lançamento da "Cantares de Portugal" há seis sabores disponíveis DR
  • João Guterres desde os anos 70 que faz investigação na área das bebidas
    João Guterres desde os anos 70 que faz investigação na área das bebidas DR
  • Já há negociações para a exportação destes licores de alma portuguesa
    Já há negociações para a exportação destes licores de alma portuguesa DR

Portugal dentro de garrafas de licor

Por Márcia Dâmaso Gomes

A empresa que lançou o primeiro gin tinto no mundo voltou às prateleiras portuguesas com seis licores que pretendem fazer viajar a alma lusitana. Chamam-se Cantares de Portugal e pretendem mostrar o país nos sabores, no cheiro, na tradição e na cultura.

Arroz doce, pastel de nata, chocolate com ginja, café, ervas aromáticas e pericos de Valença (fruto autóctone deste município minhoto). São estes os seis sabores dos primeiros licores da marca Cantares de Portugal. São “tónicos para tirar a saudade”, com a “intenção de apaixonar”, conta o proprietário, João Guterres.

A filigrana portuguesa enfeita cada garrafa e todas têm uma frase de um escritor português. No licor de pastel de nata, por exemplo, lê-se Florbela Espanca: “E ao sentir-te tão grande, ao ver-te assim/ Amor, julgo trazer dentro de mim/ Um pedaço da terra portuguesa!”

É este precisamente o licor que o responsável destaca. “Ponham-lhe um pouquinho de canela em pó”, recomenda. Já o de chocolate com ginja marca-o porque aos 11 anos começou "a trabalhar numa fábrica de chocolate". "Desde a torra do cacau até à confecção do chocolate, conheço todos os seus segredos”, afirma.

O de perico de Valença também lhe é muito especial. Além de ser o local onde são produzidos os licores, “este pequeno fruto amargo cresce de uma planta infestante que era utilizada para dividir terras e estava quase em vias de extinção”. Depois de ter sido utilizado no gin tinto, lançado no mercado no ano passado, as entidades municipais estão agora a tentar recuperar a planta.

Produzido para “orgulhar portugueses”, “honrar minhotos” e “apaixonar turistas que tanto admiram o que fazemos e que gostam destes produtos para levar como souvenirs”, os licores estão disponíveis em várias superfícies comerciais desde o início da semana passada, embora já se encontrassem à venda online. Segundo João Guterres, devem ser comumidos frescos e têm um preço recomendado entre 17€ e 20€ em Portugal.

Licores de limão, de leite-creme, de ginja, de biscoitas milhas do Convento do Bom Jesus de Valença e de borrachinhos de Valença são alguns dos novos licores que estão a ser trabalhados. Há ainda um licor de aguardente bagaceira com mel e pimenta.

João Guterres é o responsável pelo primeiro gin tinto no mundo - lançado em Abril de 2015 e já presente em cerca de 16 países. Entre os planos para o futuro, está o lançamento do Alma Gin Premium, composto por 50 ingredientes, frutos, plantas e especiarias que nos vão fazer lembrar a alma portuguesa do fado”. Está previsto sair antes do Natal.

Texto editado por Sandra Silva Costa

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