Fugas - Vinhos

  • Paulo Ricca
  • DR

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Já há um Reserva Rosé das vinhas do Douro

Outra das preocupações está centrada na procura de acidez e frescura nas uvas, com isso evitando as intervenções com ácido tartárico. São essas as qualidades típicas da casta Sousão, mas com a contrapartida de uma indesejável concentração e cor. A solução pode estar na técnica de sangria de Sousão, que Jorge Alves tem vindo a experimentar com os resultados pretendidos.

Estilo provençal e preços a condizer

Apesar de terem sido lançados apenas no início do Verão, é provável que não seja já muito fácil encontrar os novos Rosé nas prateleiras. Mesmo com um preço que é elevado para os nossos padrões tradicionais (à volta de 11€ para o Colheita e 16€ para o Reserva), a quase totalidade das 1600 garrafas de cada lote foi rapidamente alocada pelos distribuidores algarvios. A pensar certamente nos turistas estrangeiros e no sucesso dos rosés provençais, bem mais caros e de enorme sucesso não só em França como em todo o mundo.

É da Provença que vem a inspiração, não só pelas garrafas e rótulos de prestígio, mas sobretudo pela cor salmonada, elegância e estrutura. 

Depois de uma experiência anterior com base em Touriga Nacional (o 3 Pomares Rosé), a ideia foi fugir do impacto floral da casta, procurando a expressão mais elegante e contida de velhas castas do Douro. A Tinta Roriz, que casa com a Touriga Franca, no Colheita, e com a Tinta Francisca, no Reserva, combinando estrutura e aromas, com elegância e robustez.

Ambos os lotes prescindem da fermentação maloláctica, e enquanto o Colheita passa pelo inox (quatro meses) e termina com estágio de três meses em barricas, o Reserva estagia seis meses em barricas de segundo ano.

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