Fugas - Vinhos

Está de volta e é nacional, lembram-se do Vermute?

Por José Augusto Moreira

Nacional até na tecnologia da rolha. Acaba de ser lançado o Vermute 7 Mares, feito a partir de vinhos de produção nacional, apenas com produtos naturais e usando técnicas artesanais.

Com consequência da origem natural de todos os ingredientes, promete também ser “um vermute de qualidade”. E disso não há que duvidar, tendo em conta os nomes dos seus autores.

Luís Antunes e Rita Marques são duas assinaturas que no mundo dos vinhos têm currículo e prestígio a defender e, só por si, isso já seria garantia mais que suficiente para não embarcarem em aventuras efémeras. Com o projecto do 7 Mares em mão, Luís faz já questão de se apresentar como ex-crítico de vinhos — da velha Revista de Vinhos —, enquanto Rita Marques, a companheira, é uma wine maker com créditos firmados. Sim, a produtora e criadora dos vinhos Conceito, um dos nomes mais prestigiados da enologia nacional.

Pois é! Depois de décadas de apagamento, é pela mão destes dois especialistas que ressurge o vermute em Portugal, a bebida à base de vinho e enriquecida com flores ou ervas aromáticas que vem do tempo de Hipócrates e já na idade antiga era usado como remédio para alegrar os espíritos e estimular o apetite.

Como é sabido, nos vermutes o segredo está na receita, mas, mesmo sem a revelar, os criadores do 7 Mares deixam a garantia de que é feito com a essência do nosso país. Não por acaso, o lançamento no Dia de Portugal e “uma receita que vai ao encontro das particularidades do nosso clima e gastronomia”.

Da terra-mãe vêm as uvas, os vinhos e a tradição dos licorosos, mas também as ervas aromáticas, os temperos, os citrinos e as especiarias que são fruto das viagens e do génio português. Do mar vem a frescura iodada e o sal marítimo. “Tudo isto o 7 Mares concentra logo no seu aroma e entrega ainda mais na boca, tanto puro como com gelo, como em diversos cocktails. É uma bebida fresca, fragrante, aromática, cosmopolita, sedutora e sensual”, assim a descrevem os seus autores.

Depois de uma aturada pesquisa e experimentação, a receita recorre a uma cuidadosa escolha de vinhos secos e licorosos, infusões naturais de especiarias, extractos e óleos e frutos, ervas aromáticas e flores. Tudo à base de produtos naturais.

Também o rótulo, a garrafa e o sistema de rolha reforçam essa ideia de produto com a marca e identidade portuguesas. Foi adoptado o sistema Helix, uma solução inovadora desenvolvida pela Corticeira Amorim com um desenho ergonómico que encaixa a cortiça no gargalo, permitindo abrir e voltar a fechar a garrafa sem recurso a saca-rolhas.

A distribuição pertence à Viriathus Drinks e o preço recomendado é de 13,99€. Os produtores recomendam consumo puro com gelo, para melhor apreciar a subtileza do seu aroma. Com uma cunha de pepino e um grão de sal, ou num exótico cocktail, também serve para mostrar o seu lado versátil. Antes, durante ou após a refeição.

 

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