Fugas - hotéis

  • Infinity Pool
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  • Roof Garden Suite, varanda
    Roof Garden Suite, varanda
  • Roof Garden Suite, piscina
    Roof Garden Suite, piscina
  • Roof Garden Suite, lounge
    Roof Garden Suite, lounge
  • Quarto (twin)
    Quarto (twin)
  • Spa
    Spa
  • Spa, piscina
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  • Restaurante Louro
    Restaurante Louro
  • Gusto, bar
    Gusto, bar
  • Gusto, restaurante
    Gusto, restaurante
  • Court de ténis
    Court de ténis

E do céu caiu uma estrela

Por Victor Ferreira ,

A hotelaria do Algarve tem nova vedeta. Faz parte da família Hilton e aposta no supremo luxo. Chegar ao topo tem um preço mas há opções para (quase) todos os gostos. Fomos dormir no Conrad Algarve Palácio da Quinta, onde uma noite pode custar entre cerca de 200 a mais de 3000 euros.

A mais recente aquisição da hotelaria do Algarve não deveria intimidar ninguém. Vem de uma família com nome e pergaminhos a defender - a cadeia Hilton -, sendo um dos poucos representantes do segmento de luxo que a marca tem na Europa. O Conrad Algarve abriu a 26 de Setembro deste ano, na Quinta do Lago, Almancil. Destaca-se até no plano internacional por ser o primeiro resort Conrad no continente europeu.

Tanto estatuto pode até intimidar quem acha que nasceu para viver com luxo porque, como é lógico, tudo tem o seu preço. E na família Conrad luxo não falta, nem os preços estratosféricos. Entre as diversas opções de alojamento, a mais cara, correspondente à Roof Garden Suite, custa à volta de 3200 euros por noite. Parece estratosférico, até ao momento em que se abrem as duplas portas que dão acesso aos 300 metros quadrados desta suite. A primeira coisa que se vê é a piscina interior na sala e então percebe-se que é preciso ter fôlego para isto. Até porque a lista é infindável: o preço inclui mordomo, parque e elevador privado, spa privado, cozinha, sala gigantesca, um terraço de 180 metros quadrados, escritório e parafernália de tecnologia de consumo que vai desde televisões de 42 polegadas até máquina de café.

Felizmente há opções de alojamento mais baratas, para quem esteja disposto a ceder em alguns destes itens. Para esses, o preço começa nos 214 euros por noite nos quartos King Deluxe (mais 30 euros para quem quiser vista privilegiada sobre a grande piscina exterior).

O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, Elidérico Viegas, não tem dúvidas sobre a mais-valia que a abertura de uma unidade Conrad significa para a região. "É importante para equilibrar a oferta que, durante muitos anos, não se pautou por uma aposta na qualidade", sublinha.


O quarto "irmão"


Actualmente, o Algarve dispõe de 30 unidades de cinco estrelas, segundo o registo nacional de empreendimentos turísticos. É uma pequeníssima parte de uma oferta mais vasta que ganhou um novo "irmão", com uma identidade que está ao alcance de qualquer casalinho em noite de núpcias ou de muitas família em fuga de férias.

Estas últimas, e sobretudo as numerosas, podem contar com uma ajuda preciosa incorporada no momento da construção do hotel (cujo desenho exterior se inspirou numa antiga casa de quinta oitocentista). É que muitos dos 154 quartos têm portas interiores de ligação ao quarto vizinho, uma boa maneira de dividir uma grande família, ou um grupo de amigos, num espaço que dá a sensação de ser um só. E se for preciso ajuda para entreter os mais novos, basta pedir uma consola de jogos na recepção ou entregá-los ao Kids Club.

A marca Conrad foi baptizada com o primeiro nome de Conrad Hilton, fundador da cadeia Hilton Hotels. O segmento Conrad é um dos dois apontados ao luxo dentro da família de hotéis Hilton, sendo o outro o Waldorf Astoria. Os Waldorf são instalados em edifícios históricos, exigem uma decoração luxuosa mas clássica, ao passo que os Conrad são hotéis novos e com decoração contemporânea, sintetiza Begoña Campoy, uma das responsáveis do Conrad Algarve.

A primeira unidade Conrad abriu na Austrália, em 1985. Na Europa existiam três (Bruxelas, Dublin, Istambul), antes do do Algarve, que se distingue dos demais porque contempla a componente resort, traduzida numa série de apartamentos privados que foram construídos nos dois edifícios e que se estendem nas laterais da rua de entrada do hotel. São uns 150 metros de acesso, rematados com calçada à portuguesa, e que avança por entre palmeiras. Depois, abre-se uma porta automática de vidro e um mundo em mármore branco português e italiano que se estende a todas as áreas do hotel. Nos quartos, todas as banheiras têm televisão e as casas de banho são marcadas por mármore castanho, que dá continuidade visual à zona do chuveiro - um regalo para os olhos e para o corpo.


Consolação com Gusto

Tratar do corpo é também uma facilidade. O difícil é escolher. Instalada numa Grand Deluxe Suite King Pool View (um "mimo" de 82 metros quadrados com varanda e vista para a piscina), a Fugas fez um circuito que começou com tonificação no ginásio (onde há passadeiras, elípticas, pesos livres, bicicletas estáticas e máquinas de musculação), prosseguiu com massagem e aromaterapia no spa e acabou numa derrota em dois sets (6-2 e 7-5) no court de ténis. Teria sido uma saída airosa, não fosse o adversário ser um rapazinho de 13 anos... Sem lugar a desforra, houve pelo menos três prémios de consolação.

O primeiro foi o spa, só disponível para maiores de 18 anos. O extraordinário é a experiência entre o quente e o frio de que ali se pode desfrutar.  Tudo começa numa hidromassagem dentro de água quente. Segue-se um rapidíssimo mergulho numa piscina de água fria (16ºC). Continua-se para camas quentes, que se deixam por dois chuveiros seguidos (tropical, água fria; e suíço, com jactos dirigidos, diferentes temperaturas). 

A aventura prossegue com sauna, e depois esfrega-se gelo no corpo, antes de entrar no banho turco. As diferenças de temperatura activam o sistema imunitário, ajudam a relaxar. Podem confundir a mente (o calor já parece frio e o frio faz suar), mas, no fim, o mundo volta a ordenar-se à mesa do restaurante Gusto, que foi o segundo prémio de consolação da Fugas. E que pode bem ser o primeiro destino dos hóspedes. 

O responsável deste restaurante é, tal como o Conrad, uma entidade cheia de estrelas: Heinz Beck, chef alemão de três estrelas Michelin no restaurante La Pergola - o único com tal classificação em Roma. Dispõe permanentemente de menu de degustação e carta própria, com interpretação contemporânea de produtos portugueses numa inspiração italiana e mediterrânica.

O terceiro prémio de consolação foi o Louro, palco de pequeno-almoço, almoço e jantar durante o fim-de-semana. Cozinha portuguesa contemporânea, com peixe do dia sempre fresco e uma selecção de risottos que todos os dias tem uma opção vegetariana diversificada. O pequeno-almoço vai até às 11h - ideal para descansar até tarde - e pode ser buffet ou à la carte.

A oferta de restauração é completada pelo Sereno, bar junto à piscina, pelo Tempo (umsports lounge junto a uma loja em que o golfe é rei) e o Lago Lounge, que fica logo junto ao lobby de entrada e onde deve ser obrigatório passar por uma Tea Experience, com chás do Sri Lanka e gente que sabe o que fazer com eles.

Entre tanta estrela, quase não sobra tempo para o Algarve que se vê da janela: Quinta do Lago à frente, montanhas na parte de trás do Conrad. Mas chegar à praia não demora muito - cinco minutos até à do Garrão. 

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Como ir

Muito fácil: Na A22 tomar a saída n.º 12 para a N396 em direcção a Quarteira/Almancil. Converge com a N125 durante uns 200 metros e depois toma-se a saída para Almancil. Seguir as indicações até à Quinta do Lago, na primeira rotunda toma-se a primeira saída. O hotel fica à direita, existindo sinalização suficiente. (GPS: 37º 3" 38"" N 8º 1" 38"" W)

Preços: muito variáveis, em função do tipo de alojamento. Podem começar nos 214 euros (King Deluxe Room) e terminam nos 3214 eurs (King Roof Garden Suite).

A Fugas esteve alojada a convite do Conrad Algarve

Nome
Conrad Algarve Palácio da Quinta
Local
Loulé, Almancil, Estrada da Quinta do Lago
Telefone
289351150
Website
http://www.conradalgarve.com
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