Fugas - hotéis

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Bem-vindo à sua casa (de luxo) no Alentejo

Por Cláudia Carvalho ,

Longe de tudo e ao mesmo tempo perto para que nada nos falte. O Torre de Palma é um oásis luxuoso, com raízes nos vinhos, escondido entre montes alentejanos.

Há vida no Alto Alentejo. Em plenos montes de Monforte, junto à aldeia de Vaiamonte, há agora um oásis luxuoso que nos oferece o que de melhor tem a região. Mais do que uma unidade hoteleira, o Torre de Palma Wine Hotel quer ser a nossa casa. Talvez a casa de campo e de férias com que sempre sonhámos. Aqui não falta nada, foi tudo pensado ao mais ínfimo detalhe. E a verdade é que nunca tínhamos cá estado mas é mesmo em casa que nos sentimos.

Os quartos não são só quartos. São pequenos refúgios de conforto, meticulosamente decorados. São grandes, com mais do que uma divisão, e deleitáveis. Dormimos aqui com a certeza de que poderíamos fazer a nossa vida no Alentejo. Deitamo-nos com um céu estrelado infinito, acordamos a ouvir os pássaros. À nossa volta, a natureza, apenas. O contraste entre castanhos secos e os verdes vivos tão característicos desta região.

E não há mesmo mais nada aqui à volta. Vaimonte fica a pouco mais de quatro quilómetros e Monforte a oito. O Torre de Palma Wine Hotel, que inaugurou em Abril, está longe de tudo e ao mesmo tempo está perto o suficiente para se poder pegar no carro e conhecer a zona. Há praias fluviais não muito longe daqui — a albufeira da barragem do Maranhão fica a 50 quilómetros e Montargil logo a seguir —, há vilas, cidades e parques naturais que merecem ser descobertos — Estremoz , Ponte de Sor ficam mesmo ao lado, Portalegre e Castelo de Vide também não estão longe. E há, claro, a fronteira. Badajoz é já do outro lado, a cerca de 60 quilómetros. Este é, portanto, o sítio ideal para uma escapadela à confusão de todos os dias da cidade. Somos nós e a natureza, com a privacidade suficiente para esquecer que outros hóspedes também aqui estão. Vemo-los mas praticamente não os sentimos.

É por isso que também sabe bem passar aqui o dia. Não fazer rigorosamente nada e deixar os passeios para depois. Acordar e mergulhar na piscina de um azul paradisíaco. Tomar o pequeno-almoço com alguns dos melhores ingredientes da região e receber uma massagem relaxante no spa. Experimentar o jacuzzi e o banho turco, nadar na piscina interior e voltar para a exterior. 

Se quisermos ainda podemos planear outras actividades com o apoio do pessoal do hotel. Em breve o Torre de Palma terá um picadeiro e haverá aulas de equitação e passeios a cavalo. A adega também está praticamente finalizada e já não falta muito até que seja produzido aqui o vinho Torre de Palma: os hóspedes poderão assistir à sua produção, participar nas vindimas quando for altura e, claro, fazer prova de vinhos.

Para os que se querem aventurar podem ser organizados passeios de balão, de jipe ou de bicicleta. E para os que gostam da natureza há actividades de falcoaria e birdwatching, por exemplo. É como quisermos e quando quisermos — lá está, como em nossa casa. Aqui não se pode dizer apenas que se passa uma ou duas, ou mais, noites. Aqui sente-se e vive-se o Alentejo. Sempre com muito requinte.

É por isso que chamar-lhe hotel poderá não corresponder verdadeiramente à realidade. Este complexo turístico quer na verdade afirmar-se como uma marca de charme. Uma marca para dormir, uma marca para beber, uma marca para comer: Torre de Palma.

Talvez por isso, quem vem para dormir uma noite acaba muitas vezes por prolongar a sua estadia, como conta à Fugas Paulo Rebelo, que pensou este projecto com a sua mulher, Ana Isabel Rebelo. “Eu sinto que este é um projeto diferente, com imensa qualidade, e as pessoas reconhecem isso”, diz o farmacêutico de profissão, pela primeira vez a aventurar-se no turismo. “O Torre de Palma distingue-se pela qualidade das suas instalações, pela originalidade da abordagem que foi feita ao projecto e essencialmente pela história, que é única, desta propriedade.”

E é uma história já antiga a de Torre de Palma, cujos primeiros registos apontam para a existência de uma família romana, de nome Basilii, que viveu na zona entre o século II e o século V. Há umas ruínas preservadas até aos dias de hoje e que podem ser visitadas. Depois disso, sabe-se que entre finais do século XIII e início do século XIV, foi Pedro Afonso, filho bastardo de D. Dinis, o proprietário desta herdade, que permaneceu intacta até ao 25 de Abril, altura em que foi ocupada por uma comunidade camponesa. Daí até ao seu abandono foi uma questão de poucos anos. O historiador José Hermano Saraiva chegou a gravar aqui um dos seus conhecidos programas de televisão, lamentando o estado de degradação da propriedade. Dizia na altura como seria bom que este local emblemático voltasse a ganhar vida, uma nova vida. Daria uma bela unidade hoteleira, acreditava José Hermano Saraiva. Paulo e Ana Isabel Rebelo provaram-no certo. 

“Tivemos um cuidado imenso em manter tudo o que era tradição”, diz Paulo Rebelo, explicando que aquilo que vemos hoje em Torre de Palma é basicamente a herdade recuperada. Não foi construída de raiz, aproveitando-se o que ainda existia, ainda que muito degradado. “O que vemos aqui é uma arquitectura de pormenor que marca pela diferença em relação às outras unidades hoteleiras, o Torre de Palma tem um carácter único”, continua o responsável, fazendo questão de referir várias vezes como “este é um projecto de autor”, pensado por si e pela sua mulher com o apoio do arquitecto João Mendes Ribeiro e a decoradora Rosarinho Gabriel. “Procurámos rodear-nos das melhores pessoas.”

No total têm 19 unidades de alojamento mas as possibilidades são várias. Há oito casas alentejanas (suites), cinco quartos no Loft Rural, cinco quartos no antigo celeiro da propriedade e uma suite principal. Além da adega e do picadeiro, das piscinas e do spa, há ainda uma capela, uma casa de forno, uma horta biológica, um bosque (com sombras tímidas e árvores por crescer) e um restaurante que foi buscar o nome à família romana que aqui viveu. Chama-se Basilli e apresenta uma carta tradicional mas requintada sob o comando do chef alentejano Joaquim Ramalho. O restaurante está aberto ao público em geral e segundo Paulo Rebelo tem sido muito procurado. Os hóspedes, como estão em casa, podem comer no restaurante ou pedir que sejam servidos no quarto. No futuro, existirá também uma loja, onde serão vendidos os produtos aqui produzidos, com destaque para o vinho, o azeite, o pão e os enchidos. “Queremos criar uma marca de produtos regionais de qualidade e estamos em contacto com muitos produtores da região, esperamos ter novidades em breve.”

“Apesar de estarem por ultimar alguns detalhes, o balanço é já muito positivo, tem sido até uma surpresa para nós”, explica Paulo Rebelo. “Temos em mãos um projecto que tem tanto de bonito como de difícil”, continua, acrescentando que aquele que poderia ser o ponto fraco do projecto, a localização, é antes o ponto forte. “É verdade que esta é uma zona onde não passa muita gente mas se há ponto onde inovámos foi ao fazer um investimento com esta qualidade numa zona que não está estregada. Acho que o nosso crescimento e o desenvolvimento sustentável do turismo passa exactamente por saber preservar o que temos”, defende. E o resultado está à vista: “Temos tido gente dos quatro cantos do mundo a visitar-nos, as pessoas têm estado e têm gostado”. “Às vezes o ser menos procurado é uma vantagem porque quem nos procura, procura exactamente este ambiente, acho que conseguimos transformar a ameaça numa oportunidade”, acredita Paulo Rebelo, para quem o Alentejo, que agora está em voga, tem ainda espaço para mais unidades hoteleiras de cinco estrelas, desde que estas ocupem o seu lugar e tenham a sua personalidade própria e a sua dimensão adequada à região. “Não acredito hoje em turismos de massas, em projectos gigantes. Acredito em projectos pequenos de grande qualidade. Acho que cada vez mais é isso que as pessoas procuram, sentir-se em sua casa na região que visitam.” Como acontece então em Torre de Palma. 

A Fugas esteve alojada a convite do Torre de Palma, Herdade de Torre de Palma Monforte

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Como ir
De Lisboa, de carro, seguir em direcção a Évora (A6, seguir as indicações de Espanha/Évora/Santarém – do Porto, A1 e depois seguir para a A2). Sair em direcção a Espanha/Estremoz e depois seguir caminho na direcção de Vaiamonte e Monforte.

Nome
Torre de Palma
Local
Monforte, Monforte, Torre de Palma
Telefone
245038890
Website
http://www.torredepalma.com/
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