Fugas - motores

  • Rui Soares
  • O sistema de chassis FlexRide é, na prática, uma forma de multiplicar este carro por dois.
    O sistema de chassis FlexRide é, na prática, uma forma de multiplicar este carro por dois. Rui Soares
  • Há mais espaço para as pernas e os passageiros dispõem de várias comodidades.
    Há mais espaço para as pernas e os passageiros dispõem de várias comodidades. Rui Soares
  • È impossível defender a presença de tantos botões no tablier.
    È impossível defender a presença de tantos botões no tablier. Rui Soares
  • O GTC tem umas rodas gigantes.
    O GTC tem umas rodas gigantes. Rui Soares
  • Rui Soares

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Novas virtudes de um carro universal

Sim, este é um carro para a família. Mas, já se disse, responde a muito mais expectativas do que as versões base. E uma delas é o gozo pessoal do condutor. Deixando a família em casa e optando pelo modo Sport, é possível descobrir aqui qualidades dinâmicas e um temperamento fogoso que proporcionam ao condutor médio uma boa gama de experiências de condução. Ou seja, com o mesmo automóvel, já duplicámos o leque de utilizações. Só podia ser mesmo essa a ideia do construtor alemão ao conceber esta versão mais despachada de um carro familiar com provas dadas. Para mais, fê-lo com elegância (bela linha exterior) e sem soçobrar nos interiores, onde só é difícil gostar da tradição da marca de manter folgas grandes entre as peças do tablier.

E, já agora, o Astra GTC diesel chega ao mercado com um preço que arrasa a concorrência: o mais próximo, o Alfa Romeo Giulietta 2.0 JTDm-2 170cv, custa 35.000€. A partir daí, é sempre a subir...


BARÓMETRO


+
Visual, qualidade geral, comportamento, caixa de velocidades, motor, suspensão, facilidade de utilização, preço competitivo

- Travões, visibilidade a ¾, alguns materiais, pormenores de ergonomia, tablier com demasiados botões, manobrabilidade


Simpático

Apesar de os lugares traseiros serem mais pequenos em largura do que na berlina de 5 portas (duas pessoas viajam bem, a terceira irá apertada, apesar de o lugar central ser bem mais confortável do que outros similares na concorrência), há mais espaço para as pernas e os passageiros dispõem de vários arrumos, uma tomada de 12V, bolsas nas costas dos bancos da frente, luzes de leitura e, se forem só dois, apoio de braços ao centro com suporte para copos e uma caixa de arrumação. Já agora, referência para a bagageira, que mantém as dimensões interessantes, mas tem um desnível acentuado entre o fundo e a abertura da porta, complicando o manuseamento de volumes pesados. A porta abre-se carregando no emblema da marca (e a referência fica aqui porque o dispositivo está longe de ser evidente...).

Enormes
Os carros da Opel têm rodas grandes. O desenho do protótipo do GTC tinha rodas enormes. E, portanto, o GTC tem umas rodas gigantes, o que funciona bem em termos de design e até garante a altura suficiente para uma boa visibilidade (para a frente e para os lados apenas, porque os ângulos estão penalizados pelo volume dos pilares). A ampla regulação do posto de condução permite que conduzamos em posição mais rebaixada ou optar por uma mais alta, "à monovolume", e a suspensão resiste bem ao mau piso. Uma nota de desconforto para os sensores de estacionamento, que estão afinados de forma algo "histérica" - a um metro do obstáculo já apitam desalmadamente, como se a colisão fosse iminente.

Complicado
Há quem goste, há quem deteste. Mas também há regras de bom senso a cumprir. Neste caso, é impossível defender a presença de tantos botões no tablier e na consola central (demasiado volumosa, já agora). Mesmo com alguma habituação, é bem provável que nos confundamos, especialmente se tentarmos realizar algumas tarefas enquanto estamos ao volante. E a verdade é que, pesem os progressos registados na facilidade de utilização, nomeadamente nos comandos do rádio (agora com um selector rotativo, ao jeito de marcas como a BMW ou a Mercedes), há ainda algumas coisas que desafiam a paciência do utente. Por exemplo: como é que se selecciona o modo nocturno no ecrã de navegação, para não levarmos com aquele banho de luz nos olhos enquanto conduzimos no escuro?

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