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Macau, uma nova Las Vegas à conquista da Ásia

Por Sérgio C. Andrade

Que o antigo território português se está a transformar na “Las Vegas da Ásia” é uma constatação confirmada pelo seu novo “skyline” e pelos números. Mas Macau, entre novos e velhos luxos, mantém ainda o recorte português.

Há uma exposição colectiva no moderno Museu de Arte Contemporânea de Macau que tem por título "O Lugar". Nela são exibidas as quatro dezenas de trabalhos que concorreram à representação a primeira na história daquele território na Bienal de Arte de Veneza 2007, com natural destaque para as duas obras escolhidas para serem exibidas na cidade italiana: "Alienação", de Wong Ka Long; e "Gôndola Macau", de Lui Chak Keong e Luigi Chak Hong. A primeira é uma representação alegórica do leão de Foshan, a mascote folclórica chinesa, levada a dialogar com o leão alado de S. Marcos, símbolo de Veneza; a segunda é um carrobicicleta feito de madeira e cartão, símbolo da fragilidade de um lugar (e de um tempo) que ninguém sabe onde vai parar.

Estas duas obras são todo um programa de leitura da realidade actual naquele ex-território português na Ásia. Macau, uma frágil "gôndola" portuguesa no Oriente, consagrada pela Unesco como Património da Humanidade em 2005 (já depois da transferência do governo do território para a administração chinesa, ocorrida a 20 de Dezembro de 1999), está a ser progressivamente "engolida", "alienada" (no sentido estrito de tornada "outra") pela imparável entrada no território dos grandes investimentos de capitais, seja vindos da América como da vizinha Hong-Kong, com o beneplácito da Grande China.

Que lugar é este, então, que o imaginário português ainda identifica como uma (cada vez mais) distante "árvore das patacas"? É a marca da presença lusíada na Ásia, com reminiscências da passagem de Camões, dos jesuítas, dos navegadores e dos comerciantes? É uma porta de entrada na grande China, mesmo que ainda delimitada pelas Portas do Cerco (leia-se: fronteiras, apesar de cada vez mais abertas)?

É uma espécie de "Holanda" asiática, cujo território foi duplicado nos últimos 25 anos (em 1982 media 14,7 kms2, actualmente tem 29 kms2), com sacrifício do mar e da baía que os pintores do século XIX registaram em belas e coloridas gravuras (e que podem ser também admiradas numa exposição no museu).

Ou Macau é tão simplesmente a nova "Las Vegas da Ásia", título já tantas vezes referido nos jornais e que, afinal, se limita a citar o declarado "sonho" do empresário americano Sheldon G. Adelson, patrão do Las Vegas Sands Corp., que com os hotéis-casinos Sands e Venetian iniciou em 2007 a viragem irremediável dos destinos da península?...


Jogar o trunfo da diversidade

No início de Dezembro, o Departamento de Turismo do Governo de Macau convidou um grupo de jornalistas portugueses a visitar o território, com o objectivo de mostrar que Macau é tudo isto em simultâneo, e que esta diversidade constitui, por si só, uma boa razão para demandar este destino que no final de 2008 vai acolher a reunião anual da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT).

Na apresentação que fez de Macau neste início do século XXI, João Manuel Antunes, director do Departamento do Turismo (Macau Government Tourist Office), cita esta diversidade como uma riqueza e uma importante diferença relativamente a paragens turísticas próximas, como Hong-Kong e Singapura, por exemplo.

"Macau é um lugar de diversidade. Ao mesmo tempo que temos um centro histórico, onde, na mesma rua, vemos templos e igrejas centenárias e museus com recheios de grande qualidade histórica, a pouca distância temos infraestruturas modernas, que não existem em muita capitais da Europa".

É este trunfo da diversidade que as autoridades de Macau estão a jogar no mapa do turismo mundial. Macau como destino para o turismo do jogo não precisa já de nenhuma apresentação especial ela surge acoplada ao imaginário Las Vegas presente em cada um dos novos investimentos que vão sendo sucessivamente anunciados.

Associar a isto as marcas patrimoniais portuguesas é, então, o principal desafio do Turismo. E a chancela da Unesco é o suporte principal desta estratégia. Não só pelo prestígio da classificação em si, mas pelo que ela pressupõe de salvaguarda dos monumentos, testemunhos e território contemplados.

A menos de dois anos da celebração do 10º aniversário da transferência da administração do território para a China, João Manuel Antunes diz que esta é uma boa altura para recolocar o nome de Macau na agenda portuguesa. "É uma ofensiva mediática. Aproveitamos estes circunstancialismos para fazermos falar de Macau, num país em que se deixou de falar de Macau há muito tempo", justifica o responsável pelo Turismo.

 
Roteiro essencial

Património da Humanidade

Para o imaginário português, Macau será ainda a terra do Jardim de Camões, das ruínas de S. Paulo e do Largo do Senado. São estes os três vértices para um passeio pelo centro histórico do território, o principal núcleo da área classificada como Património do Humanidade, a que se poderão associar outros pontos de interesse patrimonial, nomeadamente as igrejas de Santo António, São Domingos, Santo Agostinho e São Lourenço, num curioso e pacífico diálogo com templos da religião local, como os de A-Ma ou Ncha. A passagem de Camões por Macau é, como se sabe, uma tese polémica.

Nos escaparates da Livraria Portuguesa, junto ao Largo do Senado, ao lado dos últimos livros de Miguel Sousa Tavares e José Rodrigues dos Santos, há um novo livro de Eduardo Ribeiro que assegura: "Camões em Macau Uma Certeza Histórica".

Deixando de parte os termos da polémica, a realidade é que o nome, o busto e a poesia de Camões são a principal atracção para os visitantes do belo jardim com o nome do poeta, mas que os macaenses utilizam mais à sua maneira: jogam as cartas e os dados e, principalmente, utilizam-no para fazerem ginástica e desenharem as belas figuras do "Tai Chi" (arte marcial chinesa). "Aqui temos falta de espaços verdes, e as pessoas aproveitam os jardins para se resguardarem da poluição", explica Alorino Noruega, responsável pelas relações públicas do Turismo de Macau, que ciceroneou a visita dos jornalistas portuguesas na visita.

O mesmo acontece noutro interessante jardim, o Lou Lim Leoc, com o seu emaranhado de passeios, lagos, grutas, rochedos, pagodes e aflorações de bambu e de flor de lótus, por entre os quais, para além da ginástica (uma actividade omnipresente), pequenos grupos de velhos músicos interpretam ópera tradicional chinesa.

À saída do jardim de Camões, fica a sede da Fundação Oriente, um velho solar tradicional de dois pisos, fachada branca-vermelha-verde, também agora transformado em centro cultural (exibia a "World Press Photo"). Daí desce-se em direcção às icónicas ruínas de S. Paulo/Igreja da Madre de Deus, cuja fachada é o "ex-libris" da Macau portuguesa e que testemunha a presença dos jesuítas a partir do início do século XVII. A igreja integrava o complexo do colégio de S. Paulo e foi destruída pelo incêndio que se seguiu a um tufão, em 1835. Agora tem associado um museu de arte sacra, que documenta o sacrifício dos mártires cristãos que entre 1613 e 1627 foram perseguidos e crucificados pelos japoneses.

Mesmo ao lado fica a fortaleza do Monte, dentro da qual foi construído o Museu de Macau (inaugurado por António Guterres, primeiroministro, em 1998), um interessante complexo interactivo que coloca frente-a-frente e em diálogo a herança das culturas chinesa e portuguesa.

Continuando a descer, o percurso pedonal do enfiamento das ruas de Sto. António, São Paulo, Palha e São Domingos, até desaguar no Largo do Senado, proporciona ver o que de mais característico há da histórica Baixa de Macau: pequenas lojas de cores variadas, algumas com fachadas de azulejo, e a grafia portuguesa sempre presente, tanto nos reclamos como nas placas que identificam as ruas, uma certa familiaridade com os centros históricos das cidades portuguesas.

A presença, junto ao velho edifício do Senado (agora Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais), dos da Casa da Misericórdia, do Turismo e do Banco Nacional Ultramarino completam a geografia urbana da portugalidade, que se prolonga por outros espaços e edifícios, como o Farol da Guia.


Igrejas, templos e museus

Já atrás referimos os nomes de algumas das igrejas e capelas que fazem o perfil da Macau antiga e católica (o folheto do Turismo enumera 18, com as ruínas da de São Paulo em primeiro lugar).

Quantitativamente, a religião budista fica a perder, com apenas oito templos citados, o principal dos quais é o dedicado a A-Ma, que remonta ao século XVI e celebra a deusa que está na origem do nome da terra "A-Ma-Gau" significa "baía de A-Ma", divindade que salvou os navegantes numa tempestade. O templo continua hoje a ser um dos principais locais de devoção dos macaenses e visitantes chineses, que nos seus quatros altares distribuídos por uma pequena encosta queimam os panchões (pequenos foguetes), lançam notas para um recipiente com água e assim afastam os maus espíritos das suas vidas.

Há um frenesi diário de autocarros e pessoas junto deste templo, onde se sente um permanente cheiro a incenso e cera queimada, mas também se vê uma plêiade de cores vivas, que contrasta bem com as cores claras e discretas das igrejas católicas.

"Os chineses são muito supersticiosos e isso determina vários comportamentos quotidianos" explica o guia Alorino Noruega, mostrando os pequenos altares colocados nas ruas e à entrada das casas, mas também as grades que existem em quase todas as casas, "para não deixar entrar os espíritos maus, mas também para guardar os espíritos bons".

E há os museus, muitos museus o Turismo enumera 20. Já aqui referimos os de Macau e de Arte Contemporânea. Este é um moderno edifício com dois módulos ligados por uma passagem pedonal é um complexo polivalente, com um Centro de Arte Moderna e um grande auditório de mais de 1.100 lugares, onde recentemente actuou Maria João Pires e para onde estão previstas, em 2008, grandes óperas como a "Tosca", de Puccini, para além dos concertos da Orquestra de Macau.

É um centro cultural virado para o futuro, como o será o Centro de Ciência e Tecnologia, já em construção, segundo um projecto do arquitecto chinês Ieoh Ming Pei, Prémio Pritzker (1983) e autor da pirâmide do Louvre. Sobre o passado, debruçam-se, entre outros, os museus marítimo e de arte sacra na cripta de S. Paulo.

Justificam também uma visita os museus do Grande Prémio e do Vinho. O primeiro celebra uma das provas mais mediáticas do calendário automobilístico internacional (é a única corrida de Fórmula 3 com direito a designação "Grande Prémio"), e que existe desde 1954 o Triumph TR2 do primeiro vencedor, Eduardo de Carvalho, está no centro do recinto, mas há "stands" dedicados a outros ilustres ganhadores, como Ricardo Patrese, Ayrton Senna, os irmãos Schumacher e Raoul Coulthard, para além do carro de Pedro Lamy.

Mesmo ao lado está o Museu do Vinho, testemunhando as marcas e as regiões demarcadas da vinicultura portuguesa, com os trajes tradicionais de cada uma delas, mas também com referência aos vinhos chineses, sector que a China está também a começar a olhar com atenção, com a ajuda de especialistas franceses, sul-africanos e americanos.

Os casinos-hotéis, fantasias e números

O jogo, e o negócio que lhe está associado, não é uma actividade recente na vida dos macaenses. Existe desde há mais de um século, como o atesta o barco-casino actualmente em restauro num dos portos locais. Assim, quando Stanley Ho inaugurou o Hotel Lisboa na década de 1960, não estava a fazer mais do que dar expressão a uma disponibilidade cultural dos locais para o jogo.

Na sequência da transferência para a administração chinesa do território, em 2002 foram abertas três licenças para a promoção do jogo, que contemplaram a empresa de Ho (a SJM -Sociedade de Jogo de Macau), a Galaxy Casino Company (Hong-Kong) e a Wynn Resorts Ltd.

(Las Vegas). Foi assim que, a 18 Maio de 2004, a abertura do casino-hotel Sands Macao (antecipada por uma multidão de 30 mil pessoas, que forçou a entrada mesmo antes da cerimónia de inauguração propriamente dita) foi a pedra-detoque para a nova vida do território.

Em apenas cinco meses, o Sands acolheu mais de 800 mil visitantes, e os novos investimentos nesta área não se fizeram esperar. Surgiu o Grand Lisboa, o Wynn e, em Agosto deste ano, o Venetian, principal exemplo do imaginário Las Vegas e de todo o universo de artificialismo e simulacro que lhe está associado.

O Venetian, "sonhado" pelo empresário americano Sheldon G.

Adelson (com os seus três mil quartos e uma área onde caberiam 87 Boeings 747), é o grande pontapé de saída para a reprodução na avenida de Cotai, com que os macaenses ligaram as ilhas da Taipa e Coloane, de uma "Strip" idêntica à da cidade no deserto do Nevada. É um empreendimento gigantesco, que tem no seu interior o maior casino do mundo, um pavilhãoarena de 15 mil lugares (onde Pete Sampras e Roger Federer se defrontaram no "jogo do ano", a 24 de Novembro) e reproduções, em "tamanho natural", dos canais de Veneza, com gôndolas (movidas a electricidade, apesar dos gondoleiros-cantores que as "conduzem"), a ponte Rialto e a Torre de S. Marcos, mas também os frescos da Capela Sistina e a cúpula da catedral de S. Pedro em Roma, tudo sob um céu artificial que vai acompanhando o evoluir do dia (mas com uma ligeira "décalage" em relação ao tempo real, para fazer render o dia).

Os números provam que este mundo de fantasia e simulacro está a dar frutos. No primeiro dia, o Venetian recebeu 114 mil pessoas e, 17 dias depois, já lá tinha entrado o visitante 1 milhão! Como pudemos constatar, os números vão continuar a subir, ao ritmo do crescimento dos empreendimentos que estão a nascer, quais cogumelos pósmodernos, não só na Cotai Strip (Four Seasons, Shangri-la, Traders, Sheraton, St. Regis, Hilton, Conrad, Fairmont e Raffles são os hotéis que se seguem, para uma capacidade total superior a 100 mil quartos), como na marginal de Macau, também conquistada ao mar, e onde acaba de ser inaugurado outro subsidiário do imaginário Las Vegas o MGM, bem perto da The Fisherman's Wharf. Esta "Doca dos Pescadores" é igualmente um bairro-fantasia, que reproduz edifícios e cenários de várias partes do mundo, desde meio Coliseu de Roma até ao Royal Opera House, passando por um hotel da Louisiana (Rocks), um café de Paris, uma praça portuguesa (com o inevitável restaurante Camões) e. um vulcão.

Uma vez mais, os números são incontornáveis: no último ano, Macau ultrapassou Las Vegas em volume de negócios e "o investimento estrangeiro no território no mesmo período foi superior ao total do investimento na Índia", assegura João Manuel Antunes. Mais números: Macau acolheu no ano passado 22 milhões de visitantes (contra os dois milhões de 1999), e a estimativa para este ano é de 27 milhões.

Tudo isto está a acontecer ao lado, e com a "bênção" da Grande China "os chineses sabem muito bem como devem fazer as coisas", comentava Alorino Noruega sobre o modo como o país administrador está a gerir este "boom". É Macau à conquista do Mundo, e a China a fazê-lo também, através deste pequeno território, onde ainda se fala português.


INFORMAÇÔES

Como ir

O aeroporto de Macau, construído na década de 90 na ilha de Taipa, também em território conquistado ao mar, não acolhe voos de companhias europeias. O que significa que aí se chega principalmente via Hong-Kong. Para aqui pode-se viajar a partir de várias capitais e cidades europeias, como Frankfurt, que tem um voo diário da Lufthansa a viagem demora entre 10 a 12 horas (a diferença horária de Macau para Portugal é de 9 horas). A ligação a Macau faz-se directamente a partir do aeroporto de Hong-Kong pelo "ferry" (Turbo Jet), numa viagem de cerca de 45 minutos.

Onde ficar

Macau oferece actualmente mais de 80 hotéis com uma capacidade instalada superior a 16 mil quatros mas depressa esta lotação vai crescer para perto dos 100 mil. É, por isso, muito fácil encontrar alojamento, e a custos muito variados: desde o preço normal de uma pequena residencial até ao luxo "lasveguiano" da suite real do Venetian (3.500 euros para uma habitação com mais de 300m2). A oferta é cada vez maior, mas os números parecem confi rmar a fi abilidade da aposta dos investidores locais e internacionais: dos 22 milhões de visitantes em 2006, quase metade pernoitaram no território.

O que comer

Lugar de encontro e cruzamento de culturas, Macau apresenta uma gastronomia muito variada. A cozinha chinesa faz, naturalmente, a maioria da oferta, e quem quiser viver de perto o que ela tem de mais popular e genuíno deve percorrer o quarteirão em volta do Mercado Vermelho, junto à Avenida Horta e Costa (as personalidades históricas portuguesas são ainda maioritárias nos nomes das ruas, mesmo que a sua tradução para chinês signifi que algo muito diferente).

Trata-se mesmo de um mercado com esta cor, onde está centralizada a venda de carne e peixe, mas é também a designação genérica de um bairro cheio de pequenas lojas, venda de frutas e legumes, para além das "casas de comidas", onde se podem encontrar as especialidades da cozinha local, mesmo que o seu aspecto não seja o mais apetitoso para o imaginário ocidental.

Noutra gama, qualquer dos grandes hotéis (como o Wynn, que experimentámos e aconselhamos) oferece sofisticados restaurantes com comida tradicional chinesa: das entradas com crepes, "dim sam" (pequenos bolos de peixe ou carne cozidos ao vapor) e cestinhos de marisco frito até aos mais tradicionais pratos de pato à Pequim (assado e servido em dois tempos, primeiro a pele tostada com panquecas, depois o recheio picado com vários ingredientes) à garoupa adocicada ou massa frita com bambu...

Nesse cruzamento de tradições gastronómicas, o peixe e os mariscos desempenham um papel preponderante nas ementas, que os declinam à moda indiana, japonesa ou africana. Mas há também inúmeros restaurantes de cozinha portuguesa, desde o já referido Camões, na Doca dos Pescadores, aos mais afamados Litoral e Porto Interior, praticamente geminados, na nova marginal do lugar com o nome do último. Este último, propriedade do pintor e arquitecto Carlos Marreiros, apresenta um ambiente acolhedor, decorado, entre outras curiosidades, com fotografi as autografadas por fi guras como Eugénio de Andrade, Amália Rodrigues ou... Audrey Hepburn.

Também nas ilhas da Taipa e Coloane se pode usufruir da tradição lusa, como acontece, na primeira, na tasca O-Manel, um emigrante de Trancoso estabelecido em Macau já há décadas, sportinguista militante, e que oferece na sua lousa-ementa sopa de castanhas, amêijoas à Bulhão Pato ou pombo no churrasco. Em Coloane, o espaço mais verde de um território onde o verde escasseia, o Espaço Lisboa é um bom ponto de paragem na visita a uma pequena aldeia piscatória tradicional.

Se preferir casar a gastronomia com a paisagem (mais a segunda do que a primeira), pode subir os 338 metros da Torre de Macau (a 10ª mais alta do Mundo), onde um restaurante panorâmico lhe proporciona um buffet com vista rotativa.

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