Fugas - vinhos

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Dois emblemas nacionais e um intruso

Por outro lado, a sua vocação produtora tem por base vinhas velhas, com 30 anos ou mais, o que confere um perfil aos seus vinhos absolutamente distinto e superior.

O Corimbo, que custará em Portugal 28 euros, não convenceu.

O Roda (31 euros), com uma produção de 182 mil garrafas, revela já todo o potencial dos grandes Rioja, com boa fruta, enorme amplitude aromática e gustativa.

Mas é no Roda 1 e especialmente no Cirsion que toda esta riqueza se revela. Com o mesmo DNA, ambos revelam uma enorme complexidade, com aromas de frutos silvestres a combinaremse em harmonia com café, tosta e vagas sensações de couro, integrandose naquela categoria de vinhos que proporcionam experiências sensoriais únicas. Em Portugal, haverá um ou dois vinhos com a dimensão do Cirsion - custa quase 200 euros por garrafa.

A prova acabou com Vintage de 2001, um ano não-clássico mas que, dez anos depois, reconfirma a ideia de que a relação preço-qualidade dos single quinta torna esta categoria muito interessante. O Fonseca Panascal é entre os três vinhos provados o que menos tem para legar à posteridade. Os seus taninos estão vivos e chegou já àquela relação entre a herança da fruta e a maisvalia da garrafa que justifica a grandeza dos vintage.

Mas, em comparação com o Taylor's Vargellas ou com o Fonseca Guimaraens, mostra que já não dispõe do mesmo fulgor.

Pelo contrário, estas duas marcas estão em grande forma e, principalmente o Fonseca, mostram aptidão para evoluir durante muitos mais anos. Com preços que oscilam entre os 39 e os 52 euros, servem uma vez mais para se constatar que, numa simples relação de prazer-preço, os vintage são vinhos baratos quando comparados com os tintos de gama superior.

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